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A História da Sexualidade I – Direito de morte e poder sobre a vida

Por:   •  22/5/2021  •  Resenha  •  593 Palavras (3 Páginas)  •  259 Visualizações

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Colegiado de Filosofia
Centro de Formação de Professores

Disciplina: Filosofia Política I
Docente: Giovana Carmo Temple
Discente: Tâmara Laís Queiroz da Silva

RESENHA: História da Sexualidade I – Direito de morte e poder sobre a vida

Foucault começa o capítulo dizendo que “Por muito tempo, um dos privilégios característicos do poder soberano fora o direito de vida e morte” (p.127). Isto é, o poder soberano, que diversas vezes vinha através de um monarca, de um governante muito opressor, um soberano, ele tinha o direito de decidir sobre a vida e a morte. Por vezes esse exercício de poder vinha quando a vida do soberano estava sendo ameaçada ou também como forma de castigo para um sujeito que estivesse fora da “ordem”.

Em um direito de poder assimétrico que esta relacionado a escolha de causar a vida ou a morte chama-se “necropolpitica”. Onde o poder soberano (Estado) intervém na morte do cidadão, sendo que o próprio decide quem irá morrer, como uma forma de ordem e controle populacional. Vale ressaltar que essas ferramentas tirânicas para o controle dos corpos, que não é uma política voltada para à vida, mas sim para a morte. “O pode era, antes de tudo, nesse tipo de sociedade, direito de apreensão das coisas, do tempo, dos corpos e, finalmente, da vida; culminava com o privilégio desse apoderar da vida pra suprimi-la.” (p. 128)

Na esfera privada por exemplo, a vida, a família, o dono da casa é quem decidia todas as coisas (tendo escravos ou não), tendo assim o controle dos corpos que habitavam naquele território. As grandes guerras também são exemplos desse domínio, visto que muitos morrerão nas batalhas, aí também está um controle do soberano sobre os corpos, tendo em vista que ele não vai à guerra, ele apenas dar a ordem para uma defesa da pátria.

Com a chegada do Estado Moderno (que é outra estrutura de poder) a mudança é  para o controle sobre a vida, surge então uma nova administração dos corpos, temos os índices de natalidade e mortalidade (sistema de instrução) numa sociedade, por exemplo. O poder agora é para uma garantia social, para a eficiência dos corpos, as clínicas surgem para usar essas ferramentas, para salvar, para consertar e não mais para o direito sobre a morte, e linhas gerais, é o poder disciplinar. Segundo Foucault “A velha potência da morte em que se simbolizava o poder soberano é agora, cuidadosamente, recoberta pela administração dos corpos e pela gestão calculista da vida.” (p. 131)

A política de sangue é substituída pela política da sexualidade, sendo ela a dimensão mais eficaz onde o poder é dirigido, justamente pelo fato de está no mais escondido do ser. A sexualidade então irá se manifestar para o controle de toda a população, porque “tudo é sexo”, tudo é “pulsão”. Ela está envolvida como um princípio regulador, o que a torna pública e não mais privada, isso é o que chamamos de  biopoder. O filósofo nos garante que: “O sexo é acesso, ao mesmo tempo, à vida do corpo e à vida da espécie. Servimo-nos dele como matriz das disciplinas e como princípio das regulações. (p. 137) É a vontade de saber é o controle e poder, sendo a sexualidade é o controle de gestão da vida, por isso é importante uma educação sexual mais liberal, o biopoder ocupa o lugar central, porque a sexualidade envolve todo o corpo.

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