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AS PESSOAS DESPRETIGIADAS FALAM TUDO ERRADO: DO PRECONCEITO AOS PARADIGMAS DE TRABALHAR A LÍNGUA CULTA.

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Por:   •  7/7/2014  •  4.281 Palavras (18 Páginas)  •  596 Visualizações

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RESUMO

Este trabalho apresenta elementos que comprovam o tratamento da língua hoje em dia, que é demasiadamente proporcional ao mundo em que se vive. Uma língua é caracterizada pela sua forma de comunicação e interação social, existente desde o princípio de sua utilização como comunicação verbal independentemente da forma como a fala foi ou é colocada em um determinado contexto. Será abordada de forma clara e objetiva a distinção entre fala e língua, com a diferenciação entre linguagem formal e não-formal. Além de trazer, como uma das propostas de ensino mais eficientes de língua materna, o trabalho com a variação linguística. A qual aos poucos vem sendo utilizada, porém ainda existem aqueles que apostam num ensino baseado em normas e regras julgadas corretas e que não admitem qualquer outra variação.

Pretendemos refletir sobre a relação entre o ensino de Língua Portuguesa, a inclusão e/ou exclusão social do aluno e a consciência que ele tem das diversidades linguísticas. Isso porque, para que o aluno possa ser livre de preconceitos linguísticos, ele precisa ter a consciência da diversidade e do valor que a ela é atribuído. Essa consciência pode ser realizada por meio do ensino crítico de Língua Portuguesa.

Palavras-chave: Preconceito linguístico; Ensino; Língua.

ABSTRACT

This paper presents evidence that they treat language today, which is too proportional to the world in which we live. A language is characterized by its form of communication and social interaction, existing from the beginning of its use as verbal communication regardless of how the speech was or is placed in a certain context. Will be addressed in a clear and objective way to distinguish between speech and language, to differentiate between formal and non- formal language. Besides bringing, as one of the proposals for more efficient teaching of mother tongue , working with linguistic variation. To which gradually has been used, but there are still those who rely on a standards -based teaching and judged correct rules and do not admit any other variation. We intend to reflect on the relationship between the teaching of the Portuguese language, the inclusion and / or exclusion of the student and the awareness he has of linguistic diversity. That's because, for the student to be free from linguistic prejudices, it must have the awareness of diversity and the value that is assigned to it. This awareness can be achieved through critical teaching Portuguese.

Keywords: Linguistic Prejudice; Education; Language.

SUMÁRIO

1.INTRODUÇAO............................................................................................06

2.DESENVOLVIMENTO................................................................................08

2.1 Parâmetros Curriculares Nacionais.........................................................08

2.2 Preconceito Linguístico..........................................................................11

2.3 A desconstrução do preconceito linguístico............................................13

CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................15

REFERÊNCIAS.............................................................................................17

1. INTRODUÇAO

O ensino de Língua Portuguesa vem sendo muito discutido e analisado em relação a suas implicações para a vida do aluno tanto dentro quanto fora de um ambiente acadêmico. Isto, pois, percebe-se que mesmo tendo o Português como língua materna e com um mínimo de 09 anos de estudos de Língua Portuguesa, considerando Ensino Fundamental e Médio, os alunos ainda saem das escolas incompetentes em relação ao seu próprio idioma, ou seja, muitos saem sendo considerados como analfabetos funcionais.

E além dessa falta de competência em relação à Língua Portuguesa, ainda saem carregando alguns mitos em relação a este ensino e a este idioma. Mitos como “Português é muito difícil”, “As pessoas sem instrução falam tudo errado”, “O certo é falar assim porque se escreve assim”, “É preciso saber gramática para falar e escrever bem”, dentre outras concepções equivocadas sobre tudo que envolve a Língua Portuguesa, desde seu ensino até o seu próprio uso.

E isso colabora para um processo mesmo que inconsciente de exclusão social. Ou seja, o aluno que foi durante anos exposto ao conceito de certo e errado em relação ao Português e de que as pessoas que falam de forma errada são pessoas bobas e/ou inferiores, pois não receberam a educação adequada.

BAGNO (2007) defende que a Língua Portuguesa, como todas as outras línguas é como um rio corrente está sempre em movimento, sempre em transformação, considerando vários aspectos como tempo, região e a própria evolução que esta sofre naturalmente e que o que se ensina nas escolas com o nome de Português nada mais é do que apenas um recorte rígido, inflexível e muitas vezes inútil deste rio que é o idioma. Ou seja, o ensino do Português culto, do padrão, do formal, ou a chamada Gramática Normativa tem a sua importância considerando que é esta “versão” do Português que deve ser usada e aplicada em muitos contextos na vida do aluno, dentro e fora da escola. No entanto, o mesmo deve ser ciente de que é apenas mais uma variável, dentre várias outras, que ele deve saber como e onde aplicá-la. E que pessoas que não dominam esta norma culta não são inferiores ou com menores capacidades, são apenas pessoas que não foram expostas a um ensino formal, legitimado da Língua Portuguesa. Que esta pessoa pode “se dar bem” em muitos outros contextos em que estará usando a Língua Portuguesa, no entanto, em outra variável como a informal, a coloquial, a oral, dentre outras.

A Gramática Normativa não deve ser tratada como o ponto alto do conhecimento a ser alcançado e que qualquer pessoa que tenha então dominado esta “fera” chamada Língua Portuguesa pode ser considerada uma pessoa bem sucedida e que não terá problemas para produzir um texto, falar em público,

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