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Analise Crítica Curta Metragem o Crime de Aristóteles

Por:   •  30/9/2019  •  Resenha  •  647 Palavras (3 Páginas)  •  189 Visualizações

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O crime de Aristóteles é um curta-metragem brasileiro de 17 minutos lançado no ano de 2018, dirigido por Juca Badaró e Renata Semayangue e produzido por Adriana Santana e Renata Semayangue.

O curta traz uma historia sobre cárcere e violência contra a mulher, que é apresentada logo na primeira cena, onde o agressor, vivido pelo ator baiano Bertrand Duarte, agride a personagem da atriz Jenny Muller a obrigando a pintar quadros para uma exposição artística organizada pelo próprio.

Após a agressão, a personagem Virgínia é deixada no chão e é nos mostrado algumas cenas da sua suposta rotina na casa, onde ela aparece pintando, fazendo higiene pessoal e se locomovendo entre cômodos. Quando ela percebe a chegada do agressor, tenta se esconder, mas ele a faz sair para vê-lo. Ele então começa um dialogo onde tenta convencê-la de que o que esta fazendo é para o bem dela e de sua carreira.

Em seguida nos é mostrado o inicio dessa história. A jovem estudante de artes está encantada com o personagem Theo e vai com ele até a sua casa. No principio ele a trata bem e ela se sente a vontade, mas logo percebe que ele a trancou dentro de casa e não deixou nenhuma saída. Logo o cárcere privado evolui para violência física e mental, e a personagem se vê sem saída.

Após um longo período, ela é finalmente liberada durante uma noite depois de ter terminado todo o trabalho imposto e não temos mais sua perspectiva. Vemos então o personagem Theo com uma nova mulher, repetindo o mesmo processo do inicio que praticou com Virgínia. Neste momento, ele recebe a notificação de que sua antiga prisioneira, Virgínia Sarasvati está realizando uma exposição e não hesitou em comparecer.

Mas ao chegar ao local o homem se surpreende, pois não há nada exposto, além da própria Virgínia no centro do salão, que se mantém calada durante suas perguntas. Ao seu redor surgem varias mulheres, e Theo e o público logo se dão conta de que são suas vitimas. Essas mulheres, em uma quantidade assustadora, encurralam o personagem, que sofre seu destino.

Um dos pontos principais desse curta é a dominação imposta pelo homem sobre as mulheres, e como elas ainda não se sentem seguras pela busca de justiça convencional. Foi retratado um relacionamento abusivo, onde o agressor utilizava violência mental e física, além privação de liberdade, mas que mesmo após a liberação da vitima, continuava impune. O personagem masculino transparecia uma aura de poder e conhecimento, que provavelmente era usada ao seu favor em qualquer situação de acusação. Tendo em vista a ultima cena, nota-se que os casos provavelmente nunca foram levados a frente ou foram desacreditados, o que o levou a fazer cada vez mais vitimas e acreditar que não haveria penalidade.

Isso nos leva ao outro ponto, a subestimação da mulher. Como dito, o personagem se acostumou à falta de temor aos seus atos e o poder de suas vitimas, o que o levou ao destino final. Ele permaneceu incrédulo ate o último momento, na presença do movimento de mulheres que finalmente puderam praticar suas vinganças orientadas pela personagem Virgínia, que as deu empoderamento.

E então o último ponto, como os meios de comunicação social poderiam ter evitado a maioria dos casos. Embora haja campanhas de alerta e conscientização, a denúncia de abuso ainda é um tabu em algumas comunidades. Muitas não acreditam que haverá resultados, e mesmo quando confiam nisso, podem acabar se decepcionando. Há muitos casos do tipo, em que a vitima pode até mesmo ser levada ao desacreditamento. Porém, o que pode levar a essa mudança, é a intensificação de alerta nas mídias, sem desvalorizar qualquer denúncia. O assunto deve ser tratado com mais freqüência fora do âmbito jornalístico, como em novelas que atraem grande publico, por exemplo, além de campanhas publicitárias, para que as vitimas ou pessoas ao redor não se sintam mais coagidos.

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