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Análise do artigo “A África nos filmes infantis: uma análise de Madagascar”

Por:   •  3/9/2017  •  Resenha  •  1.280 Palavras (6 Páginas)  •  340 Visualizações

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Análise do artigo “A África nos filmes infantis: uma análise de Madagascar”.

        

Análise do artigo “A África nos filmes infantis: uma análise de Madagascar”.

1. O título lhe parece adequado ao texto? Confirme sua resposta a partir das seguintes informações: número de palavras que compõem o título; palavras-chave presentes no título.

O título é adequado e deixa claro do que se trata o artigo, ele não é muito extenso, é completo e passa a ideia central do artigo.

2. Quais são as palavras-chave que acompanham o resumo? Elas estão de acordo com o resumo e o texto? Você indicaria outras?

As palavras-chave "África, representação, pedagogia cultural e estudos culturais" estão de acordo com o texto e demonstram claramente do que se refere o artigo e quais são os aspectos analisados no texto.  Outras palavras-chave que poderiam ser utilizadas são: Análise crítica, visão binária, crítica cinematográfica.

3. O resumo dá uma ideia clara do conteúdo do texto? Para responder, localize no resumo: tema, objetivo, metodologia e referencial teórico da pesquisa comunicada pelo artigo.

O resumo informa claramente as principais informações do artigo e são bem  especificados nas palavras chave selecionadas, indicando o tema central, que é a África nos filmes infantis. Seu objetivo é analisar como as  representações sobre a África e os africanos são divulgadas pelos filmes infantis de animação com foco em  Madagascar 1 e 2.. A metodologia de pesquisa utilizada foi a etnografia da tela, que guiou e embasou os argumentos levantados neste artigo, onde a autora fez referência à inspiração na vertente pós-estruturalista os estudos culturais em educação. O resumo indica referencial teórico já na informação da metodologia de pesquisa indicada.

 4. Qual(is) é(são) o(s) tema(s) e o(s) objetivo(s) da pesquisa?

O objetivo da pesquisa é analisar que representação sobre a África que é feita através dos filmes Madagascar 1 e 2, considerando que os mesmos exercem uma pedagogia cultural e consequentemente tem força para criar ou reforçar uma visão geral sobre o continente africano e seus habitantes, reforçando a imagem do  senso comum de que a  África é um continente selvagem, habitado por seres exóticos e com uma cultura inferior.

 5. Qual é o material empírico da pesquisa?

Os próprios filmes, que reforçam ideias estereotipadas sobre o continente africano.

6. Qual o referencial teórico da pesquisa? Localize no texto e na lista de referências: o campo/área de estudos, principais autores e conceitos utilizados.

 Os principais conceitos utilizados como referência teórica para a pesquisa do artigo em análise são as ideias de representação, performatividade e cinema. A influência do cinema como artefato cultural é trabalhado sob a perspectiva dos autores LOURO e TEIXEIRA. Os de representação com "produção de significados" e performatividade são trazidos por SILVA e BUTLER. Há, ao longo do texto, outras bases teóricas para reforçar argumentos e ideias da autora, os autores citados deram uma base mais consistente para a análise dos filmes e construção da pesquisa.

7. Quais são os resultados/argumentos principais estabelecidos a partir da pesquisa apresentada pela autora?

 A autora argumenta que os filmes estão inseridos em um processo que fortalece estereótipos historicamente construídos sobre a África, situando como um ambiente exclusivamente perigoso, selvagem, e habitado por seres exóticos. Reafirma também a oposição entre natural e cultural, valorizando o segundo elemento, e associando o continente africano ao primeiro. Nesse sentido, ela aponta a representação que se faz dos habitantes do continente como seres exóticos, selvagens e estranhos, caracterizando as pessoas da cidade como mais capazes em função do uso da tecnologia e capacidade de manipular o meio.

        Na atividade proposta, nos foi solicitado que analisássemos o artigo da autora Maria Carolina da Silva Caldeira no sentido de reeducar nosso olhar perante as informações que nos são fornecidas, neste caso, textualmente. Ao fazer a primeira leitura tomamos como verdade cada palavra e as considerações da autora, inicialmente, o texto nos remete ao questionamento sobre o que conhecemos sobre o continente africano e de que forma essas referências foram construídas. Conforme os filtros da análise foram aparecendo, a clareza e compreensão do texto foram ficando mais evidentes, e sua ideia muito mais absorvida.  A pesquisa da autora mostra sua relevância no campo da educação a medida que aponta para a necessidade de problematizar vários artefatos culturais, nos convidando a reavaliar nossas ideias sobre determinados assuntos, rompendo o senso comum. Os argumentos citados no trabalho, num primeiro contato, parecem forçados, e esse estranhamento foi causado, possivelmente, por ideias construídas ao longo de nossa formação. No entanto, surgiu o questionamento sobre o que eu nos é passado sobre o continente africano e sua cultura, e de que forma constituimos essas ideias, considerando  que tais ideias são baseadas no senso comum, e o  pouco contato com tal cultura.                                                                         O artigo nos traz os conceitos de representação, performatividade e cinema, indicando que tais conceitos serviram de base para guiar os argumentos sustentados pela autora, apontando para a a observação de fatores como a etnografia da tela, aliados à análise de aspectos cinematográficos, como linguagem, fotografia, trilha sonora, diferentes tipos de plano de fundo, opções de montagem, entre outros A ideia de cinema como um artefato cultural é trabalhada sob grande influência das obras das autoras Guacira Lopes Louro e Inês Teixeira. Os conceitos de representação como "produção de significados" e performatividade são trazidos no texto por Tomaz Tadeu Silva, Henry Giroux e Judith Butler. Há, ao longo do texto, outras bases teóricas para reforçar argumentos e ideias levantadas no artigo, no entanto, quanto à sua metodologia de pesquisa, os autores citados fornecem uma base mais consistente para a análise dos filmes e construção da pesquisa.                                                                 Considerando a representação como um processo de produção de significados, e utilizando-se do demais conceito trabalhados, a autora analisa que além de os filmes reforçarem estereótipos sociais que já pairam sobre o continente africano, reafirma-se também a ideia de que a África é um continente atrasado em relação a civilização e povoado por seres “selvagens”. Ainda reforçando essa ideia, a paisagem que aparece no filme é descrita como natural, mas mesmo assim desorganizada e por vezes até mesmo caótica e perigosa. É feito ainda, uma comparação subjetiva entre os habitantes do continente com os habitantes da cidade, onde os habitantes do meio urbano se sobressaem em diversos aspectos do, tanto os personagens humanos quanto animais reforçam essa ideia, por sua capacidade de uso da tecnologia e manipulação do meio, enquanto os habitantes do continente continuam sendo mostrados como seres exóticos, estranhos e selvagens. Levando em consideração as representações, e considerando que o material de análise envolvido exerce  uma função pedagógica social, a autora finaliza seus argumentos afirmando que é necessário problematizar estes artefatos culturais, que são na maioria das vezes considerados neutros e naturalizados, afim de que possamos ser mais críticos em relação a esses materiais.

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