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Filme Escritores Da Liberdade

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Por:   •  25/5/2014  •  1.067 Palavras (5 Páginas)  •  487 Visualizações

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O título do filme é deveras interessante. Quantas analogias suscitaria? Conta história verdadeira. Glamorizada, por migrar da realidade à ficção, imanta outras realidades. Até que ponto nos inserimos nela?

Eis uma intenção: utilizarmos o filme em prol de alguma melhoria do trabalho educacional. Nesse aspecto podemos trocar figurinhas com ele. As escolas, de modo geral, vivem algumas das dificuldades encenadas na trama: os alunos marginalizados emoldurados pelas mazelas sociais, a falta de diálogo entre o mundo dos jovens e o mundo tradicional da escola, a pouca interação entre docentes e alunos na construção de pontes efetivas e afetivas na aquisição do Conhecimento desejado para prosseguir com êxito nos estudos.

Pude vislumbrar, no filme, uma situação que pode acontecer sem alardes em algumas de nossas salas de aula. Algo de encantamento e coragem, vivido por uma professora que transforma o caos do viver e o silêncio das vozes dos seus alunos em palavras vivas e protagonistas. Pelo trabalho por ela conduzido, a escrita dos estudantes ganha cores e atitudes na trajetória de cada um. Mora em papel. No percurso da turma rebelde, o aprimoramento humano e o da escrita ganham o lugar de livro publicado para atingir olhares leitores desconhecidos. Com a redescoberta da palavra, tantas vidas se revestem de esperança para construir histórias possíveis, capazes de mudanças. E então, aprimoradas, como num escrito: no emergir da primeira versão é preciso investir na dinâmica da língua para aprimorar sua última versão. Espera-se, a melhor.

Talvez o filme possa ser bem visto por professores e alunos que queiram encontrar algum caminho na busca de sentido para um fazer coletivo. Para fortalecer o diálogo, compreenderem-se e se animarem na realização de um projeto construtivo para ambos. Pode ser incentivo para algum professor incomodado com o status quo e que precisa encontrar saídas produtivas para o inconformismo instalado no cotidiano da instituição. Todo educador, a meu ver, deve ser movido por esperanças e atitudes. Nesse sentido, criar um projeto de escrita na qual a palavra ganha força e vida da realidade é altamente motivante e instigador. Assim, “Escritores da Liberdade” pode ser eficaz. Pode ser altamente inspirador a educadores que desejam realizar algum projeto de escrita que contemple de fato as vozes dos seus alunos com todas as cores do real.

São fatos vividos pela professora Erin Gruwell, por volta de 1992 em Los Angeles, num panorama de quase guerra de bairros mais pobres causado por gangues e movidos por tensões raciais que servem de base para a criação do longa.

O drama é vivido por alunos adolescentes, entre 14 e 15 anos, inseridos numa sala de aula de uma turma considerada ”problema”. Motivada por seus ideais, Erin assume a tarefa de ensinar esses adolescentes rebeldes, intolerantes ou indomáveis, desacreditados por um sistema educacional deficiente. Chega cheia de expectativas, imaginando que corresponderiam ao seu modelo educacional. Mas, ocorre a frustração. Por um lado, pelos primeiros encontros amorfos, as brigas, os desencontros e as insatisfações constantes, a ponto de ser ignorada. Por outro, o não desistir e a mudança da atitude profissional que a faz crescer e realizar-se ao criar uma proposta de trabalho que mobiliza os alunos. Fala com eles por meio da música, busca conhecê-los de fato, lança a oportunidade de falarem de si próprios, dos medos, angústias e da violência. Erin reaprende a olhar os alunos no real, evidenciando alguns atributos que possuem, encontrando potencialidades para utilizá-las na reestruturação dos seus procedimentos.

Com a conquista da confiança, inicia-se a superação das dificuldades. Lança, com o aval da classe, um projeto de escrita em diários, cuja fonte inspiradora é “O diário de Anne Frank”: os alunos leem o livro e, a partir da leitura, registram em seus diários o que sentirem vontade de escrever a respeito da suas próprias vidas. Os alunos percebem a necessidade da tolerância em vista das barbáries que aconteceram e acontecem no mundo. Entendem que a mudança de suas vidas depende consideravelmente das suas atitudes.

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