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Libras - Perfil Do Interprete

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Por:   •  19/11/2013  •  3.301 Palavras (14 Páginas)  •  1.259 Visualizações

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Postura Profissional

O intérprete é a pessoa em que o surdo mantém extrema confiança, tanto profissional como pessoal. Devendo ser uma pessoa íntegra e cumprir somente com o seu papel de interpretar priorizando sempre em sua prática a ética.

O intérprete independente de seus conceitos e valores pessoais deverá sem preconceito interpretar em locais como: grupo de conscientização de homossexuais e em eventos religiosos.

O intérprete deverá manter sigilo quando for acompanhar o surdo não devendo revelar seu nome e o local aonde foi designado para atuar.

O intérprete por ser a voz do surdo e do ouvinte deverá manter sempre sua neutralidade diante de qualquer situação.

O intérprete deverá sempre estar se aprimorando, se possível, freqüentando cursos de capacitação e outros eventos que venham colaborar para o seu aperfeiçoamento profissional e na aquisição de conhecimentos sobre a cultura surda.

O intérprete precisa ter expressão facial para que o surdo possa entender melhor a situação e, principalmente, ter postura, ou seja, não atuar de forma exagerada com o intuito de chamar a atenção.

O intérprete durante a sua atuação deverá ter intervalo de vinte em vinte minutos de revezamento com outro profissional em eventos de longa duração.

O intérprete precisa ser um profissional ético tanto com os surdos como com os seus colegas de profissão. Devendo estar sempre pronto a apoiar o próximo e estar disposto para o trabalho em equipe.

Código de Ética dos Intérpretes de Língua de Sinais

1) O intérprete deve ser uma pessoa de alto caráter moral, honesto, consciente, confidente e de equilíbrio emocional. Ele guardará informações confidenciais e não poderá trair confidências, as quais foram confiadas à ele;

2) O intérprete deve manter uma atitude imparcial durante o transcurso da interpretação, evitando interferências e opiniões próprias, a menos que seja perguntado pelo grupo a fazê-lo.

3) O intérprete deve interpretar fielmente e com o melhor da sua habilidade, sempre transmitindo o pensamento, a intenção e o espírito do palestrante. Ele deve lembrar os limites da sua função particular - de forma neutra - e não ir além da sua responsabilidade.

4) O intérprete deve reconhecer seu próprio nível de competência e usar prudência em aceitar tarefas, procurando assistência de outros intérpretes e/ou profissionais, quando necessário, especialmente em palestras técnicas.

5) O intérprete deve adotar uma conduta adequada de se vestir, sem adereços, mantendo a dignidade da profissão e não chamando atenção indevida sobre si mesmo, durante o exercício da função;

6) O intérprete deve ser remunerado por serviços prestados e se dispor a providenciar serviços de interpretação, em situações onde fundos não são disponíveis.

7) Acordos a níveis profissionais devem ter remuneração de acordo com a tabela de cada estado, aprovada pela FENEIS;

8) O intérprete jamais deve encorajar pessoas surdas a buscarem decisões legais ou outras em seu favor;

9) O intérprete deve considerar os diversos níveis da Língua Brasileira de Sinais.

10) Em casos legais, o intérprete deve informar à autoridade quando o nível de comunicação da pessoa surda envolvida é tal, que a interpretação literal não é possível e o intérprete, então, terá de parafrasear de modo crasso o que se está dizendo para a pessoa surda e o que ela está dizendo à autoridade.

11) O intérprete deve se esforçar para reconhecer os vários tipos de assistência necessitados pelo surdo e fazer o melhor para atender as suas necessidades particulares.

12) Reconhecendo a necessidade para o seu desenvolvimento profissional, o intérprete deve se agrupar com colegas profissionais com o propósito de dividir novos conhecimentos e desenvolvimentos, procurar compreender as implicações da surdez e as necessidades particulares da pessoa surda alargando sua educação e conhecimento da vida, e desenvolver suas capacidades expressivas e receptivas em interpretação e tradução.

13) O intérprete deve procurar manter a dignidade, o respeito e a pureza da Língua de Sinais. E também deve estar pronto para aprender e aceitar sinais novos, se isto for necessário para o entendimento.

14) O intérprete deve esclarecer o público no que diz respeito ao surdo sempre que possível, reconhecendo que muitos equívocos (má informação) tem surgido por causa da falta de conhecimento do público na área da surdez e comunicação com o surdo.

TRADUÇÃO LIBRAS/PORTUGUÊS - DESAFIOS

Traduzir de sinais para voz é, provavelmente, o maior desafio para os intérpretes das línguas de sinais. A comunicação entre pessoas que falam línguas diferentes, depende de um bom tradutor. São muitos os conhecimentos e domínios necessários para que aconteça uma boa, coerente e real tradução.

Atualmente, temos muitos intérpretes leitores de sinais (transliteram sinal/palavra), porém, não tradutores. O bom tradutor deve saber que mais importante do que traduzir é traduzir para uma língua. Daí a importância do profundo conhecimento da sua própria língua.

Três Grandes Tipos de Tradução

Tradução espontânea: é improvisada e que não teve nada preparado. O intérprete/tradutor não teve tempo nenhum para ver previamente o texto ou a "fala" do surdo. Somente a experiência e a práxis facilitarão cada vez mais a atuação em determinadas situações, uma vez que não há como prever o que acontecerá. Exemplos: palestras não programadas, consultas médicas, entrevista para emprego, situações jurídicas, orientações e procedimentos em uma empresa.

Tradução fixa: são traduções de textos/"falas" já conhecidas, como a oração do Pai-Nosso, textos escritos conhecidos, poesias da cultura ouvinte adaptadas para a LIBRAS, textos dos Direitos Humanos, Direitos da Criança, leis, documentos oficiais, atas, peças teatrais com textos decorados. Nessas situações, provavelmente, o tradutor/intérprete terá "in loco" o material a ser traduzido. Detalhe: Ainda que o texto seja o mesmo, cada sinalizador colocará seu registro lingüístico personalizado, seu ritmo, sua poesia, sua personalidade, inclusive podendo ser diferente se comparado à última vez em que ele mesmo sinalizou esse mesmo texto - nunca falamos a mesma coisa da mesma forma duas vezes!

Tradução preparada: situação considerada ideal para uma

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