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O Ensino de Ciências: Conteúdos e Metodologia

Por:   •  13/8/2022  •  Resenha  •  870 Palavras (4 Páginas)  •  116 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTUDUAL DE SANTA CRUZ[pic 1]

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO- DCIE

DISCIPLINA: Ensino de Ciências: Conteúdos e metodologia

DOCENTE:  Viviane Briccia do Nascimento

DISCENTE: Damirianis de Souza Cardoso N° de matricula: 20181645

Por que devemos defender um Ensino de Ciências para todos e que características esse ensino deve ter (utilizando em contraste o Ensino tradicional)?

No artigo “Para uma imagem não deformada do trabalho cientifico” de Daniel Gil Péres e outros autores (PÉRES et.al. 2005) discutem as visões (de)formadas dos docentes sobre os estudos cientifico, para obter resultados realizaram uma pesquisa estratégica com grupos de professores em formação inicial e continuada. A pesquisa foi realizada em dois momentos, o primeiro colocando os docentes e futuros professores em situações reais de investigação e o segundo momento foi uma análise aprofundada de artigos sobre a educação cientifica, este estudo teve o intuito de conscientizar e modificar suas próprias concepções epistemológicas sobre a natureza da ciência.

Nos resultados da pesquisa os autores determinaram que as visões (de) formadas dos próprios docentes sobre o estudo cientifico e ensino de ciências coincidiu com a conclusão da análise dos artigos, pois esta visão deformada origina-se na própria universidade e nos artigos acadêmicos produzidos influenciando fortemente na visão e pratica do professor.

        Os autores destacam sete deformações sobre os estudos científicos, partindo do equívoco de considerar o estudo cientifico socialmente neutro e descontextualizado desconectando a relação ciência e sociedade. Quanto ao método cientifico afirmam que os professores e artigos apresentam uma visão popular através da concepção empírico-indutivista sem embasamento teórico e experimentação infalível determinando o papel neutro da observação e experimentação e negligenciando a investigação e hipóteses.

        PÉRES et.al (2005) salienta que essa visão de empírico extrema é transmitida na escola visto que o ensino utiliza somente o livro sem experimentação real, me recordo que na primeira aula da disciplina Metodologia e Métodos do Ensino de Ciências a professora pergunta memórias sobre o ensino de ciências e as memoráveis positivas sempre são marcadas por experimentos na sala de aula e associação com a vida e sociedade enquanto como aspectos negativos foram citadas as aulas e atividades para decorar o conteúdo. Além disso, os autores ressaltam deformações interligadas, como a ciência rígida como conjunto de métodos a serem realizados de forma mecânica e aproblematica e ahistorica tratando-se da transmissão de conhecimentos sem problematizar suas origens e evolução o que não é possível pois, como afirma Bachelard (1938), “todo o conhecimento é a resposta a uma pergunta”.

Os autores apontam também o equívoco da visão individualista e elitista da ciência, como se os conhecimentos adquiridos fossem frutos de um gênio isolado ignorando o trabalho coletivo. Ao imaginar o cientista o mesmo sempre é caracterizado como uma figura masculina, que trabalha sozinho e esta visão transmite a ideia do estudo cientifico ser especialmente para indivíduos extremamente dotados transformando a ciência inacessível.

Por fim, os autores concluem que a ciência não se baseia em somente um método, existem vários métodos e a pesquisa cientifica deve está amparada em bases teóricas e essas visões deformadas dos professores sobre o ensino de ciências perpetua na sala de aula e pode comprometer a interação dos alunos com a ciência e prejudicar na formação do futuro cientista.

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