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RELATORIO ESTÁGIO IV

Por:   •  5/6/2015  •  Relatório de pesquisa  •  3.852 Palavras (16 Páginas)  •  434 Visualizações

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Centros de ciências de Vitória: Uma breve reflexão acerca das motivações e concepções de seus colaboradores

RESUMO

A socialização da ciência vem se expandindo através de diversos espaços. Dentre eles, temos os espaços não formais que desenvolvem atividades educativas formativas mais “livres”, diferentes em alguns aspectos da educação formal. Sendo assim, é necessário que as pessoas que receberão essa demanda (aqui chamados de monitores) estejam preparados para compartilhar informações e curiosidades com um publico diverso, em relação a idade, níveis sociais e de compreensão em ciências. Neste artigo, objetivamos identificar as concepções dos monitores que trabalham em espaços de educação não formal da Grande Vitoria/ES, especificamente a Praça da ciência (localizada na Praia do Suá) e o Planetário de Vitória (localizada nas dependências da UFES). A coleta de dados foi feita a partir de uma entrevista semi estruturada.

Palavras chave: espaços não formais, formação, monitores.

 

ABSTRACT

The socialization of science has been expanding through various spaces. Among them, we have spaces non-formal educational activities that develop formative 'freer', different in some aspects of formal education. Therefore, it is necessary that the people who receive this demand (here called monitors) are prepared to share information and curiosities with a diverse audience in terms of age, social levels, and understanding science. In this article, we identify the concepts of monitors working in areas of non-formal education of Grande Vitoria / ES, specifically science Square (located on Suá Beach ) and Victory Planetarium (located on the premises of UFES). Data collection was made ​​from a semi-structured interview

Keywords: spaces non-formal, training, monitors.

1.          INTRODUÇÃO

Correspondendo à demanda social existente para obtenção de conhecimento de maneira diversificada, foi criado em 1997 a Associação brasileira de pesquisa em educação em ciências, reunindo pesquisadores do campo educativo que refletem sobre experiências educativas e fornecem elementos para mudança, paralelamente à escola, complementando-a. A partir da segunda metade do século XX, apareceram novas propostas educacionais, diferentes das convencionais, onde o aluno é receptor e o professor, reprodutor; dita por Freire (1999) como “educação bancária”. As ações pedagógicas agora permitem a produção de saberes de maneira conjunta. O professor passa de transmissor para agente contribuidor da formação pessoal, e o aluno para a condição de co-criador (SILVA,2003). Somando-se com as novas teorias de aprendendizagem e propostas educacionais, os espaços não formais de educação caracterizam importantes ferramentas no processo de ensino-aprendizagem. Sendo assim, faz-se necessário um olhar mais atento para aqueles que fazem a mediação nesses espaços, procurando contribuir para a formação, qualificação e máximo aproveitamento de ambos os lados.

1.1 DISCUSSAO TEÓRICA

Atualmente, deseja-se elaborar estratégias educacionais para aproximar os alunos de experiências baseadas na aprendizagem tradicional. Estas experiências podem ser vivenciadas em diversos lugares, desde que haja um incentivo à aprendizagem. Quanto ao espaço onde se pode explorá-la, Gohn (2006) nos propõe três categorias: informal, forma e não formal. A primeira, educação informal, apresenta um desenrolar não organizado, baseia-se em experiências anteriores, na sociedade ou em família. Segundo a autora a educação formal se constrói de maneira regrada, sendo necessários disposição de tempo, local adequado, organização curricular sequencial das atividades e disciplinamento, como ocorre nas escolas. Nosso foco de estudo, a educação não formal, promove a construção coletiva do conhecimento mas sem uma organização gradual (como ocorre na educação formal), também com uma intenção formativa porém com elementos flexíveis (tempo, linguagem, conteúdo) e sem muitos regulamentos de órgãos superiores.

Jacobucci (2008) subdivide ainda os espaços não formais de educação em não instituições (representado por praias, teatros, parques, praças e ruas), onde não se dispõe de estrutura institucional, porém é possível adotar práticas educativas, e instituições (representado por museus, planetários, institutos de pesquisa e centro de ciências), que são regulamentados e possuem equipe técnica responsável pelas atividades.

Para contribuir com a diversidade pedagógica dos processos educativos, os espaços não formais procuram explorar a capacidade de raciocínio e alimentar expectativas propostas no contato com o objeto. Uma boa apresentação destes espaços não formais é capaz de provocar fascínio de seus visitantes, que geralmente é um publico misto, de origens socioculturais diferentes. Como então se deve articular um plano de visita capaz de corresponder à expectativas direcionadas? “[...] é essencial que a aula não formal não ocorra sem um bom planejamento prévio” (VIEIRA, 2005, p.18).

Não basta colocar alunos em um ônibus e tirá-los da sala de aula. A necessidade de busca de outras metodologias, conforme defende Vieira (2005), tem outras fundamentações a fim de suprir algumas carências da escola como: falta de laboratório, de recursos audiovisuais, de experimentoteca, dentre outros.

Ao popularizar estes locais, é preciso estar atento à maneira como a informação será transmitida. Barros (1992, p.61) diz: “divulgar ciência não é simplesmente falar de forma simples conceitos abstratos. É preciso antes procurar uma linguagem, fazer uma escolha: o que divulgar?”. Concordando com Vieira (2005) acerca das visitas, deve-se direcionar o objetivo que se deseja alcançar a partir do instrumento, incentivando a aplicabilidade do mesmo com o cotidiano. Visando a participação dos visitantes, articulação dos instrumentos e do espaço, durante a discussão aqui proposta nos ateremos, aos sujeitos que lá atuam. Esses possuem uma formação hibrida e bem diversificada, o que permite a interdisciplinaridade e um dialogo rico em troca de informações, porém descontraído e expandindo a escolarização formal a espaços diferenciados. A mediação pode ser realizada de diversas formas e a partir de diversos recursos, dentre eles podemos citar: por mediação humana, textos explicativos, recursos multimídias, modelos, experimentos, jogos, painéis (Moraes et al, 2007, p. 58). Mas, conceitualmente, quem são as pessoas que ali atuam? Agora iremos discrimina-los.

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