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Resenha livro

Por:   •  8/4/2015  •  Resenha  •  1.246 Palavras (5 Páginas)  •  163 Visualizações

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Augustus Nicodemus Gomes Lopes, O sermão escatológico de Jesus: análise da influência da apocalíptica judaica nos escritos do Novo Testamento, Fides Reformata, p. 2.

O Sermão Escatológico de Jesus – Uma Análise da Apocalíptica Judaica

 

 

Conforme o autor, o sermão escatológico de Jesus tem sido considerado em alguns círculos de erudição Bíblica como sendo uma obra apocalíptica tipicamente Judaica, conforme podemos ver no texto ambos compartilham imagens, linguagens, expressões e temas comuns, porém, podemos ver que externamente há profundas diferenças quanto aos temas básicos, como por exemplo, a visão do mundo presente, a concepção messiânica, e o lugar de Israel e também dos gentios na história e no Fim.

É evidente que ambos, tanto Jesus e os Apóstolos quanto a apocalíptica Judaica existente em Israel tinham como fonte comum, o Antigo Testamente e especialmente o livro de Daniel, assim também, podemos ver que existia naquele período uma cultura de plena atmosfera apocalíptica que saturava alguns ambientes do primeiro século.

Podemos concluir então, que Jesus e os discípulos tinham uma maneira diferente de interpretar as Escrituras do Antigo Testamento. Sua hermenêutica, por exemplo, embora fosse semelhante à rabínica, era basicamente diferente no modo como ela era feita, pois a de Jesus era controlada pela maneira como Ele mesmo abordava, neste caso, totalmente cristológica. O exemplo desta forma hermenêutica de Jesus é o seu sermão escatológico de Marcos 13 onde aborda tanto a história, assim como o fim (eschaton) a partir de uma forma totalmente cristológica.

É importante saber que no Novo Testamento o mistério da Igreja (o corpo invisível de Cristo) nos é revelado. De forma diferente do Antigo Testamento, cujos textos proféticos tinham como alvo principal a nação de Israel, o Novo Testamento desloca o foco para a Igreja.

O rei anunciado pelos profetas veio para Israel (João 1.11), entretanto, conforme a própria profecia havia predito, o Messias foi rejeitado pela nação.

A vinda do Messias, o seu nascimento, a sua obra, morte e ressurreição, estão relatadas, em especial, nos Evangelhos.

O evangelho segundo Mateus foi endereçado aos judeus, por isso frequentemente observamos citações das profecias, para mostrar aos judeus que Jesus era o Messias prometido pelas Escrituras.

Marcos escreveu tendo como alvo os romanos e Lucas os gregos; quanto ao apóstolo João, este procurou mostrar à todos os homens a divindade de Cristo e a sua maravilhosa graça. (ver João 20.30,31)

Após a morte, ressurreição e assunção de Jesus aos céus, encontramos a história da Igreja escrita no livro de Atos dos Apóstolos; neste livro vemos o início da Igreja e a expansão do Evangelho.

A doutrina para a Igreja se encontra nas epístolas escritas por Paulo, Tiago (irmão do Senhor), Pedro, Judas (também irmão do Senhor) e João; sendo que o maior conjunto é o das epístolas paulinas. O livro de Hebreus é anônimo.

O Apocalipse é o livro essencialmente escatológico do Novo Testamento.

Enquanto a palavra semente em Mateus é traduzida da palavra grega “sperma” a palavra semente em Lucas 8.11 é traduzida da palavra grega “sporos”, mostrando que a semente tanto é a Palavra quanto àqueles que a levam.

Ao mesmo tempo em que a Verdade é semeada, Jesus afirma que o inimigo semearia a mentira. Esta semente falsa é contrária a semente da parábola anterior.

Se os responsáveis por cuidar do campo não houvessem dormido, teriam impedido a mistura da mentira.

O Senhor disse que a Igreja professante (ou seja, os membros que se declaram crentes) cresceria rapidamente, mas dentro dela estão abrigados os falsos cristãos.

A árvore da parábola é a igreja, as aves são os filhos do maligno. Repare que na primeira parábola estas aves “comem” a semente, não no sentido de aceitar a Palavra ou guardá-la no coração, mas sim no sentido de impedirem que caíssem no coração do homem. Estes falsos crentes fazem oposição a Verdade.

Mesmo com a corrupção doutrinária interna, o Senhor guardará para si o seu povo, conforme observamos nas parábolas seguintes.

Não obstante toda apostasia, o Senhor Jesus deu a sua vida por nós e isso nos garante a salvação. No meio de toda corrupção existe uma Igreja verdadeira.

Deus, pela sua soberania e onisciência, já nos conhecia de antemão. A parábola do tesouro escondido mostra que o campo (mundo) foi comprado pelo homem (Jesus), o qual pagou caríssimo preço por ele. Jesus deu a sua vida pelo mundo (João 3.16), pois sabia que nele havia um tesouro escondido. Este tesouro somos nós; a Igreja invisível, os eleitos de Deus.

A Igreja verdadeira também é comparada com uma pérola de grande valor, e, apesar de toda corrupção existente no meio dos que se declaram crentes, será preservada pelo Senhor; visto que foi comprada por alto preço, ela pertence ao seu Senhor. Esta Igreja verdadeira cresceu; não instantaneamente como a massa fermentada, mas aos poucos foi formada, tal qual uma pérola preciosa.

Mt 24 - Para entendermos esta passagem, precisamos atentar para a observação feita pelo Senhor à respeito do templo (1,2) e observarmos as três perguntas feitas pelos discípulos ao Senhor no v3. Estas perguntas se referiam à Israel, logo, as respostas dizem respeito aos judeus.

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