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Resumo Do Desempenho Dos Alunos Do Ufba

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Por:   •  22/1/2015  •  836 Palavras (4 Páginas)  •  315 Visualizações

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QUEIROZ, Delcele M.; SANTOS, Jocélio T.dos. “Sistema de cotas e desempenho de estudantes nos cursos da UFBA”.In:________. Cotas raciais no Brasil: a primeira avaliação. 1ed.Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2007, v. 1, p. 115-135.

Graduada em Pedagogia, Delcele Mascarenhas Queiroz possui mestrado em Educação e doutorado em Educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Coordena o Grupo de Pesquisa Educação Desigualdade e Dicversidade. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Fundamentos da Educação, trabalhando principalmente em assuntos como: acesso de negro ao ensino superior e cotas.

Queiroz se mostra uma defensora dos direitos necessários para a sociedade afro-brasileira, que desde tempos mais remotos, ao decorrer de todo o processo evolutivo histórico-brasileiro, esse corpo social sofreu com a submissão perante ao homem branco. E, ainda hoje surportam essa desilgualdade na sociedade brasileira, sendo essa injustiça realmente perceptível no sistema educacional, exclusivamente na educação superior.

Em um dos seus diversos capitulos publicados que retratam a questão da exclusão do cidadão negro na área da formação acadêmica, Queiroz buscou corroborar através de pesquisas e, com a colaboração do antropólogo e professor do Departamento de Antropologia da UFBA e diretor do Centro de Estudos Afro-Orientais (Ceao-UFBA) Jocelio Teles dos Santos, que o sistema de cotas para oriundos de escola públicas implantado na UFBA trouxe resultados significativos, ao contrário do que muitos pensavam que poderia surgir um déficit de estudantes preparados e futuros profissionais qualificados causados por esse novo sistema.

Em 37 dos 61 cursos oferecidos pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), a nota mais alta na primeira fase do vestibular foi de alunos que se inscreveram no sistema de cotas do Programa de Ações Afirmativas. A primeira conclusão do relatório é que a maioria dos cotistas (87,9%) foi classificada para a segunda fase exclusivamente por seu desempenho nas provas, e não por conta da origem escolar, etnia ou cor.[1] Com relação à eficácia do sistema de cotas neste caso específico, a pesquisa encontrou que em 15 cursos as vagas disponíveis não foram preenchidas. Houve expressiva ineficácia registrada em oito cursos, em que menos de 5% das vagas foram preenchidas graças ao programa. Em contrapartida, o sistema de cotas da UFBA alcançou, em 16,4% dos cursos, resultados muito eficazes e, em particular no curso de Medicina, a influência das cotas foi decisiva.

“A relatório-análise é preliminar, mas já indica que o perfil de quem senta nas cadeiras da Ufba e anda pelos corredores dos campi vai mudar.

“Alunos de escola pública foram, sem as cotas, 46,1% do total de inscritos e 37,4% do total de classificados, com desempenho geral apenas 8,7% mais baixo que os candidatos oriundos de escolas particulares. Em 27 cursos, eles se classificaram ultrapassando o limite das cotas (45%), e concorrendo com os demais candidatos, de igual para igual.”

Esses dados demonstram o quanto são infundados os temores daqueles que viam na adoção do sistema de reserva de vagas o risco da desqualificação do ensino universitário. Confirmando achados de pesquisa anterior (Queiroz, 2003), o que demonstram essas informações é que a nossa universidade pública é um espaço

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