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A DIVERSIDADE CULTURAL E A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DAS SOCIEDADES ORIGINÁRIAS DAS AMÉRICAS

Por:   •  22/11/2021  •  Resenha  •  1.756 Palavras (8 Páginas)  •  296 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

HISTÓRIA DA AMÉRICA I

BRENDA FIGUEIROA DE SANTANA

DIVERSIDADE CULTURAL E A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DAS SOCIEDADES ORIGINÁRIAS DAS AMÉRICAS  

SÃO CRISTÓVÃO

2021

BRENDA FIGUEIROA DE SANTANA

DIVERSIDADE CULTURAL E A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DAS SOCIEDADES ORIGINÁRIAS DAS AMÉRICAS 

                           Paper apresentado à disciplina de

 História das Américas I como

 requisito para obtenção de nota.

SÃO CRISTÓVÃO

2021

RESUMO: O tema desta pesquisa é sobre a importância do estudo das sociedades originárias para a compreensão da História da América se relacionando ao campo da história dos indígenas vinculado ao campo da antropologia histórica. O objetivo da presente pesquisa é analisar a relevância de se estudar os povos originários da América. Para tal pesquisa foram feitos leituras e fichamentos de algumas referências bibliográficas como Lima (2010), Silva (1988), Ramos (1986), Laraia (1986) e Portugal, Hurtago (2015). Por fim, pode-se concluir que faz-se necessário ensinar e desconstruir estereótipos e preconceitos para que os indivíduos possam entender a importância vital, e não apenas simbólica, dos povos indígenas para a nossa sociedade.

PALAVRAS-CHAVE: Cultura, História das Américas, Pesquisa, Sociedades Indígenas.

  1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

É comum que chamemos os povos da América de Índios, mas foi um nome dado pelos europeus, é mais apropriado chamarmos de sociedades indígenas ou sociedades originárias ou chamar pelo nome de cada sociedade, por exemplo, Astecas, Maias, Tupi Guarani, Guarani-Kaiowá, etc. A chegada dos europeus mudou completamente a vida dos indígenas que viviam na América do Sul, mudando suas identidades e com isso os europeus passaram a ser colocados como agentes históricos invisibilizando as sociedades originárias desse continente.

As sociedades indígenas são diferentes culturalmente e em sua língua, apesar de alguns quesitos serem comuns entre elas, mas cada um com suas regras em específico. Não existe desigualdades sociais dentro delas, tudo é compartilhado, a terra e o que ela oferece são para todos que ali vivem, pois a terra para as sociedades indígenas é mais que o meio de subsistência, é o “suporte da vida social e está diretamente ligada ao sistema de crenças de conhecimento” (RAMOS, 1986. P.13), além de não existir noção de propriedade privada entre eles.

Na Antropologia Histórica é onde podemos encontrar os meios para identificar os aspectos de uma sociedade em um determinado tempo ou época. É na criação de símbolos e na organização mental, e social dos indivíduos que a Antropologia Histórica encontra seu campo, ou seja, é na observação de processos culturais de uma sociedade que ela se desenvolve. Podemos estudar os processos culturais das sociedades originárias para entendermos a construção da América.

Para o antropólogo Roque de Barros Laraia, cultura não é algo determinado geograficamente nem biologicamente, é um processo que nasce da interação entre as pessoas a partir do desenvolvimento da inteligência, domínio dos símbolos e dos meios de comunicação entre esses indivíduos.

As sociedades indígenas sul-americanas possuem bastante diferenças em termos de organização política, econômica e cultural, mas isso diminuiu com a invasão dos europeus no século XVI, erradicando muitas diferenças sociopolíticas entre essas sociedades e criando uma uniformização cultural. Além da história indígena ao longo desses anos ter passado a ser contada pelos colonialistas e não pelos próprios indígenas. Apesar de existir a lei de número 11.645/08, que obriga o ensino de História e Cultura afro-brasileira e indígena nas escolas brasileiras, as representações nos livros didáticos e a abordagem dos professores ainda é eurocêntrica.

Diante do exposto, podemos nos questionar sobre a importância do estudo dessas sociedades originárias da América e o que podemos aprender com elas e sobre o nosso continente a partir desse estudo.

  1. METODOLOGIA

O objetivo do presente paper é analisar a importância do estudo das sociedades originárias para a compreensão da História das Américas e o que podemos aprender com elas. Inicialmente foi realizada a leitura de textos sobre antropologia histórica e sobre o conceito de cultura a partir de Roque de Barros Laraia para buscar um entendimento mais aprofundado em um campo específico de estudo, que é o da cultura dos povos originários.

Em seguida começaram os estudos sobre as sociedades indígenas com base nas obras, indicadas pelo professor Eduardo Pina da disciplina de História da América, de Alcida Ramos e Aracy Lopes da Silva, “Sociedades indígenas” e “Índios” onde foram abordados os aspectos das sociedades formulando discussões históricas, metodológicas e maneiras de estudar os aspetos culturais daquelas sociedades.

Depois analisou-se um livro intitulado “Representações culturais da américa indígena” organizado por Ana Raquel Portugal e Liliana Regalado de Hurtado, onde contém alguns artigos que abordam sobre o ensino básico de história e a importância de uma representação indígena nos livros didáticos que não estejam ligados a padrões eurocêntricos e negativos sobre os indígenas.

Por último, se fez uma revisão em alguns livros didáticos de História para refletir como os indígenas são ensinados nas escolas e quase nada é falado e quando cita é algo no geral e não aborda as diferenças e diversidades dos povos indígenas, dando a entender que é uma sociedade única com os mesmos costumes e línguas.

Durante as leituras foram realizados fichamentos de cada texto a serem utilizados durante a construção do trabalho.

  1. ESTADO DA ARTE OU REVISÃO DA LITERATURA

Para Laraia (2005), a cultura é influenciada pelos indivíduos que a influencia também gerando um processo de contínua transformação. Ela é absorvida desde o nascimento pelo ser humano formando um sistema de padrões presentes em todas as sociedades, que determinam a forma de viver daquele povo nos âmbitos sociais, políticos, econômicos, religiosos, dessa forma, entendidos e compartilhados por todos e o mesmo ocorre nas sociedades originárias da América.

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