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A GERAÇÃO, DIFUSÃO E ALAVANCAGEM DO CONHECIMENTO

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Por:   •  9/5/2013  •  1.299 Palavras (6 Páginas)  •  433 Visualizações

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A GERAÇÃO, DIFUSÃO E ALAVANCAGEM DO CONHECIMENTO

O homem não tem ouvidos para aquilo que a experiência não lhe deu acesso.

Friedrich Nietzsche

A gestão do conhecimento vem se tornando uma grande prioridade das organizações pela urgência e necessidade de diferenciação por meio do conhecimento de forma a tornar-se clara fonte de duradoura competitividade sustentada entre outros aspectos pelas tecnologias de informação e conhecimento. Contudo, antes de falar de tecnologias específicas é preciso destacar processos eminentemente humanos pelos quais o conhecimento nasce, se multiplica e se propaga.

Nonaka e Takeuchi (1995) desenvolveram um modelo dinâmico de criação do conhecimento ancorado no pressuposto crítico de que o conhecimento humano é criado e expandido por meio da interação social entre o tácito e o explicito. Eles chamaram essa interação de "conversão do conhecimento" com acentuado destaque para o fato de este ser um processo social que envolve os indivíduos. Os autores indicam que "na visão racionalista, a cognição humana é um processo dedutivo de indivíduos, mas um indivíduo nunca é isolado da interação social quando percebe as coisas". Portanto, por meio do processo de "conversão social, o conhecimento tácito e o conhecimento explicito se expandem tanto em termos de qualidade quanto de quantidade" (NONAKA; TAKEUCHI, 1995, p. 67).

Os modos de conversão do conhecimento

Para continuar com Nonaka e Takeuchi (1995), destaca-se que esses autores desenvolveram um modelo que relaciona o processo de inovação aos conhecimentos tácitos e explícitos presentes numa organização. Para eles o modelo ocidental reconhece primordialmente o conhecimento explícito, aquele que pode ser facilmente sistematizável e comunicável. O modelo oriental por outro lado entende que o conhecimento é o resultado do processamento de informações e aproveitamento de visões subjetivas e intuições de todos os integrantes da organização. Isso implica que o conhecimento tácito, aquele que está na mente das pessoas, é amplamente aceito e constitui o ponto de partida da inovação.

Dessa forma as empresas criadoras de conhecimento são as que, sistematicamente, criam novos conhecimentos, os propagam por toda a organização e rapidamente os incorporam aos novos produtos e serviços. Segundo Nonaka e Takeuchi (1995, p. 80) esse processo se dá a partir de uma espiral do conhecimento baseada no comprometimento pessoal em quatro modos de conversão entre o conhecimento tácito e o explícito, que envolve tanto o indivíduo quanto o grupo, a organização e o ambiente. São eles: (1) de conhecimento tácito em tácito, que é chamado de socialização; (2) de conhecimento tácito em explícito, chamado de externalização; (3) de conhecimento explícito para explícito, chamado de combinação e (4) de conhecimento explícito em tácito ou internalização, conforme ilustrados na figura abaixo:

Figura 2: Modos de conversão do conhecimento

Fonte: Adaptado de NONAKA; TAKEUCHI (1995; p. 80-81)

Por meio da socialização experiências são compartilhadas e o conhecimento tácito como modelos mentais e habilidades técnicas são criadas. A experiência constitui a essência desse modo de aprendizagem. O aprendiz adquire o conhecimento não necessariamente por meio da linguagem, mas pela observação imitação e prática. Para os autores "a mera transferência de informações muitas vezes fará pouco sentido se estiver desligada das emoções associadas e dos contextos específicos nos quais as experiências compartilhadas são embutidas".

Externalização constitui o mais relevante processo de conversão de conhecimento. Por esse modo o conhecimento tácito articula-se em conceitos explícitos. Nonaka e Takeuchi (1995, p. 71) indicam que as metáforas, analogias, modelos, conceitos ou hipóteses tornam-se meios de expressão do conhecimento, pois quando se tenta conceitualizar uma imagem, basicamente se expressa por meio da linguagem. Esses autores consideram que "a escrita é uma forma de converter o conhecimento tácito em conhecimento articulável", de alta relevância, pois quando um técnico de serviços escreve o que sabe, multiplica seu saber.

A combinação é o processo pelo qual o conhecimento é combinado por meio da troca de documentos, reuniões, conversas ao telefone ou redes de comunicação computadorizada. Diferentes conjuntos de conhecimento explícito e conceitos de diversas origens se combinam e se reconfiguram dando origem a um conhecimento novo. A educação formal admite esse tipo de conversão, e para os autores, é nesse ponto do processo de criação de conhecimento que surge os primeiros protótipos e modelos reais.

Internalização é o processo de incorporação do conhecimento explícito ao conhecimento tácito, que se relaciona diretamente com o "aprender fazendo", como quando um técnico de serviços lê o manual e absorve o conhecimento a ponto de não precisar dele no próximo trabalho. Nonaka e Takeuchi (1995, p. 77) dizem que "quando são internalizadas na base de conhecimentos tácitos dos indivíduos sob a forma de modelos mentais ou ‘know-how’ técnico compartilhado, as experiências através da socialização, externalização e combinação tornam-se ativos valiosos".

Para que o conhecimento explícito se torne tácito, é necessária a verbalização e diagramação do conhecimento sob a forma de documentos, manuais ou

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