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A INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR – PRESSUPOSTOS BÁSICOS

Por:   •  30/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.251 Palavras (18 Páginas)  •  196 Visualizações

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FACULDADE DE NANUQUE – FANAN

ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA

A INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR – PRESSUPOSTOS BÁSICOS

 

CLAUDIOMAR CARVALHO LEMKE

ERNESTO JUNIOR SEBIM

JOSICLEIA DOS SANTOS FERREIRA RIGOTTI

POLIANNA CALLEGARI PIOVEZAN

REVELINO ARAUJO

NOVA VENÉCIA

2015

CLAUDIOMAR CARVALHO LEMKE

ERNESTO JUNIOR SEBIM

JOSICLEIA DOS SANTOS FERREIRA RIGOTTI

POLIANNA CALLEGARI PIOVEZAN

REVELINO ARAUJO

A INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR – PRESSUPOSTOS BÁSICOS

 

Trabalho Específico do Curso de Pós Graduação em Especialização em Educação Física Adaptada, apresentado como requisito parcial para a obtenção do Título de Especialização em Educação Física Adaptada.

NOVA VENÉCIA

2015

INTRODUÇÃO

A inclusão de pessoas com deficiência no sistema regular de ensino apresenta uma evolução histórica, se hoje ela caminha para uma mudança de paradigma em favor dessas pessoas, nem sempre esta questão foi vista assim. Quando buscamos dados a respeito das pessoas com deficiência na sociedade podemos perceber que o tratamento para com essas pessoas era de exclusão e eliminação, o que às vezes resultava em assassinato ou abandono (RECHENELI, PORTO e MOREIRA, 2008, p. 294). Em seu estudo, os referidos autores relatam que em um período da história as pessoas achavam que os deficientes eram assim por causa de algum pecado cometido na família. Em outro que eles não tinham nenhum tipo de funcionalidade para auxiliar no cotidiano da sociedade que a cada dia se tornava mais capitalista. Aos poucos essa idéia sobre as pessoas com deficiência foi se dissipando e a situação para os deficientes começou a melhorar. Segundo Gaio (2006, p.84) citado por Recheneli, Porto e Moreira (2008 p.297), essa realidade começou a mudar após a II Guerra Mundial, com a volta dos mutilados de guerra, em 1945, somando aos deficientes traumáticos e congênitos já existentes, verifica-se o despertar da Educação Física, em especial dos esportes, que pudessem atender essa clientela. Aos poucos, as pessoas com deficiência foram conquistando o seu espaço na sociedade e é nítido que houve a evolução de um período em que a vida humana não era de grande valor, para outro em que o próprio avanço tecnológico mostra a preocupação do ser humano em transformar a realidade para auxiliar aqueles que necessitam (RECHENELI, PORTO e MOREIRA, 2008, p. 297). Em âmbito nacional segundo Aguiar (2004) citado por Aguiar e Duarte (2005) no Brasil a inclusão social vem acontecendo e se efetivando a partir da Constituição da República Federativa de 1988, no qual estudos nessa área começaram a acontecer.

A Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) acrescentou na luta a favor da inclusão. Para Rodrigues (2003, p. 68), a Declaração “é uma verdadeira „carta magna‟ da mudança de paradigma da escola integrativa para a educação inclusiva”, a escola deixa de apenas aceitar pessoas com deficiência, para ser o principio da inclusão dessas pessoas na sociedade. Em seu estudo Gorgatti e Júnior (2009, p.120), descrevem que na Declaração de Salamanca a principal idéia era de orientar as escolas para que fossem inclusivistas, considerando que ao atingirem a educação para todos, as escolas devem ser o ponto de partida para a criação de comunidades solidárias e de uma sociedade que seja capaz de incluir. No Brasil a inclusão de pessoas com deficiência se intensificou ainda mais após a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 20 de dezembro de 1996. Segundo Souto, Lima, Silva e Henrique (2010) a LDB reforça os preceitos constitucionais quando no capitulo 5 dá tratamento especifico a Educação Especial nos artigos 58, 59 e 60, se opondo a qualquer forma de exclusão e garantindo, desta forma o direito à educação escolar a todos os cidadãos.

Nessa perspectiva a inclusão historicamente vem se intensificando nas esferas sociais e no âmbito educacional. Com isso, a educação inclusiva se materializa na transformação do sistema educacional em sistema educacional inclusivo (ROTH, 2006). Transformação essa, que é resultado dos movimentos sociais que foram se firmando ao longo da história. A Educação Física como disciplina inserida no currículo da educação brasileira tem como dever incluir pessoas com deficiência em suas aulas. Mas a cultura desportiva e competitiva, historicamente dominante nas propostas curriculares da Educação Física, pode criar resistências à inclusão de pessoas que são encaradas como menos capazes para um bom desempenho numa competição (AGUIAR e DUARTE, 2005, p. 225). Além desse pressuposto, a educação física se depara com mais alguns dilemas, como a falta acessibilidade, impossibilitando o acesso facilitado às dependências da escola, a falta de formação inicial e continuada dos professores para trabalhar com pessoas com deficiência, o que muitas vezes trás a exclusão dos mesmos nas aulas de educação física, independente da deficiência. Neste contexto, verifica-se que o processo de inclusão é algo que está começando a ter evidencia na Educação Física em nosso país, mas ainda constata-se a falta de estudos nessa área. Considerando a necessidade de pesquisa e organização das poucas publicações já existentes no campo que relaciona a inclusão de pessoas com deficiência na educação física escolar, objetivou-se identificar e analisar estudos referentes aos referidos temas, para isso foi elaborada uma revisão sistemática de literatura.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS – PRESSUPOSTOS BÁSICOS

O presente estudo se caracterizou como uma revisão sistemática de literatura tomando como principal ferramenta os referenciais teóricos (CERVO; BERVIAN, 1996). Foram selecionados por meio de busca eletrônica artigos das bases de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online) e CAPES, publicados entre janeiro de 2003 a janeiro de 2013. As referências consultadas que preencheram os critérios de inclusão foram avaliadas independentemente do periódico. Para levantamento foram utilizados os descritores: “inclusão e deficientes”, “inclusão e Educação Física” e “Educação Física e deficientes” presentes no título ou nos resumos dos artigos, conforme descritores em ciências da saúde (DECs). Definiu-se como critérios de inclusão para a pesquisa artigos em português envolvendo os descritores citados acima, disponíveis em formato digital, bem como critérios de exclusão os estudos de Monografias, Teses e Dissertações. Inicialmente foram listados 120 estudos (44 no SciELO e 76 no CAPES). Após a leitura dos títulos foram excluídos 100 estudos por não se enquadrarem a junção dos descritores selecionados anteriormente. Posteriormente foi realizada a leitura dos 20 resumos e somente 15 estudos se enquadraram nos critérios de inclusão.

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