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A Importância da Inteligência nas Operações de GLO no Rio de Janeiro

Por:   •  17/9/2021  •  Artigo  •  1.066 Palavras (5 Páginas)  •  78 Visualizações

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A cada ano que passa, o Exército Brasileiro vem sendo cada vez mais empregado em ações de garantia da lei e da ordem, também conhecidas como GLO. Missões em que a instituição militar atua como polícia em determinada região, afim de restabelecer a ordem no momento em que os poderes locais já não conseguem mais.

Em ambientes como as favelas do Rio de janeiro, de grandes extensões, enorme quantidade de civis e de difícil acessos, nos quais não se tem tanto conhecimento do interior da região, é complicado empregar uma força treinada para guerras internacionais, sem as informações necessárias. É nesse contexto que a inteligência militar aparece como solução, se apresentando como um instrumento de essencial importância nessas missões.

            Desde muito tempo a inteligência militar já se mostra de extrema importância no que se refere a guerras. Sun Tzu já dizia “Se você conhece o inimigo e a si mesmo, não tema o resultado de cem batalhas. Se não conheces nem o inimigo e nem a si, perderá todas as lutas” (p.28, 2006).  É possível observar isso tanto em momentos que ela foi utilizada, como em ocasiões em que foi deixada de lado, tendo um resultado indesejado. Um exemplo disso foi Napoleão, que ignorou essa “ferramenta” ao tentar invadir a Rússia. Quando chegou lá, encontrou um cenário muito diferente do que ele imaginava, o frio intenso e portando materiais e roupas impróprios para aquela região. Foi surpreendido e perdeu a batalha.

Nos conflitos urbanos, em que se encontra as GLO`s, não é diferente. Muito mais importante do que armas de última geração, equipamento e veículos avançados, é a quantidade de informações que um lado consegue juntar do outro. Antes das tropas do Exército Brasileiro subirem uma favela, eles passam um tempo estudando e obtendo dados sobre o inimigo. A quantidade dessas informações obtidas determinará o tempo que a operação irá durar e o número de baixas que serão evitadas.

As comunidades do Rio de Janeiro são constituídas por milhares de casas construídas de forma irregular, uma colada ou em cima da outra, todas muito parecidas. As ruas são pequenos becos e vielas, de difícil acesso, nos quais a maioria não é possível passar com veículos. Além disso, esse ambiente é propicio a ter diversos esconderijos, nos quais só os bandidos que estão acostumados com aquela região conhecem. Por ser um local de muitas residências, o número de cidadãos que lá moram e enorme. Esses fatores fazem com que operações nesses lugares se tornem complicadas, pois não é difícil para um bandido se passar por morador não envolvido, ou um militar confundir e atirar em um civil por engano, ou ainda um grupo de militares ficarem encurralados em um beco por não conhecerem a área. Confirma-se isso na fala do coronel Vladimir Schubert Ferreira, conforme citado por STOCHERO (2012) “No confronto urbano, nós não podemos ver o inimigo do outro lado. O traficante, o ladrão e os suspeitos estão no meio do povo”

Para lidar com esses problemas é que as informações obtidas através da inteligência servem. Um militar disfarçado empregado naquele meio, se passando por um morador, um vendedor ambulante, ou até mesmo por um bandido, pode passar algum tempo se infiltrando, obtendo informações úteis à operação, e até mesmo enfraquecendo o inimigo antes que as tropas precisem invadir.

Outra forma que a inteligência pode ajudar é através de imagens aéreas feitas por um helicóptero, avião ou drones. Eles podem passar sobrevoando a região fazendo o reconhecimento das rotas que podem ser usadas na hora de invadir, dessa forma a tropa já vai chegar no local sabendo por onde é melhor de passar e onde se encontram os alvos, filmar a rotina dos bandidos, onde eles ficam e o que fazem, identificar através de imagens quem são os líderes e quantos bandidos fazem a proteção deles e muito mais.

Para combater o problema dos criminosos que se passam por moradores inocentes, o Exército tem um sistema muito eficiente e que facilita muito essas operações. É o chamado “carômetro”. Um sistema de reconhecimento, no qual é armazenado imagens de todos os bandidos, que foram obtidas através dos outros métodos acima expostos, e que é utilizado durante a operação para realmente identificar quem são os inimigos. Essa ferramenta usada pela inteligência é de extrema importância, pois além de agilizar o trabalho, permite que o EB venha prender somente os criminosos, e não prenda um civil por engano.

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