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A Mídia é o Quarto Poder

Por:   •  16/11/2016  •  Dissertação  •  1.700 Palavras (7 Páginas)  •  341 Visualizações

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Trabalho de Geografia

1ª Manchete: New York Times

Dilma Rousseff’s Impeachment Isn’t a Coup, It’s a Cover-Up

(Impeachment de Dilma Rousseff Não é um Golpe, É um Acobertamento)

– O Brasil deu um grande passo em direção ao impeachment da presidente Dilma Rousseff no domingo, quando a Câmara dos Deputados votou para enviar seu caso ao Senado, que quase certamente irá encaminhá-la para um teste. Agora parece provável que a presidente será afastada do cargo e substituída por Michel Temer, seu vice-presidente. Os partidários de Dilma estão furiosos, seus oponentes extremamente felizes e os políticos corruptos estão respirando um suspiro de alívio.

Na sessão televisionada no domingo (17/04), os membros do congresso explicaram suas decisões para votarem pelo impeachment. Eles votaram "para a paz em Jerusalém", "para os caminhoneiros", "para os maçons do Brasil" e "por causa do comunismo que ameaça este país”. Muitos poucos membros do congresso basearam seus votos nas acusações que foram efetivamente interpostas contra a presidente: que ela violou as normas em matéria de finanças públicas.

Aqueles na oposição afirmam que desejam enviar uma mensagem sobre o bom governo de Dilma. Mas a verdadeira razão que a presidente está sendo acusada, é que o sistema político brasileiro está em ruínas. Seu impeachment irá fornecer uma distração conveniente, enquanto outros políticos tentam obter suas próprias casas em ordem.

Uma enorme investigação de corrupção, conhecida como Operação Lava Jato, explodiu no sistema político. No início, quando a investigação começou em 2014, os investigadores acusaram membros do Partido dos Trabalhadores de esquerda de Dilma de usar a Petrobras, a companhia estatal de petróleo, ao comércio de propinas de favores políticos. Há cada vez mais evidências de que esse tipo de prática é comum entre os partidos políticos brasileiros. A investigação se expandiu para incluir uma série de figuras no espectro político, incluindo cerca de 50 políticos e um punhado de líderes empresariais.

Ao contrário de muitos políticos brasileiros, Dilma não é acusada de aceitar suborno ou dinheiro de negociação de favores. Mas ela é uma presidente fraca e impopular. A economia estagnou, graças em grande parte à queda dos preços das mercadorias globais e má gestão econômica durante o seu primeiro mandato. Ela foi forçada a cortar gastos e implementar medidas de austeridade dolorosas. Em suma, ela é um alvo fácil para a raiva do público.

Derrubar Dilma - mesmo sob acusações não relacionadas com a investigação de corrupção original - seria um final de temporada agradável a Operação Lava Jato: a catarse de proporções épicas. Constituiriam também corruptos, políticos de direita, o maior círculo eleitoral no Congresso, com um adiamento do escrutínio público.

O mentor desta estratégia é Eduardo Cunha, o chefe da Câmara dos Deputados do Brasil, que levou conduziu o processo de impeachment. Ao mesmo tempo em que ele estava começando o processo contra Dilma, Cunha estava sendo investigado por acusações de corrupção que incluem lavagem de dinheiro e aceitação de subornos. Até agora, a sua estratégia de turvar as águas tem funcionado perfeitamente: O processo de impeachment prossegue, mudando o foco de problemas legais do Sr. Cunha. Muitos dos membros do Congresso que votaram pelo impeachment no domingo estão esperando obter a mesma sorte.

Muitos observadores no Brasil também temem que um governo liderado por Michel Temer, o vice-presidente, poderia chegar a um grande acordo, com outros partidos para “desgarrar” a investigação. Isto poderia ser alcançado através da aprovação de leis que tornam futuras iniciativas anti-corrupção mais difíceis, ou substituindo as pessoas a cargo da Polícia Federal. Mesmo se tudo isso falhar, muitas das pessoas que votaram pelo impeachment de Dilma no domingo esperam que os juízes sejam mais brandos quando não estiverem sujeitos à pressão pública e extensa cobertura da mídia.

Os partidários de Dilma afirmam que seu impeachment iminente é parte de um golpe. Não é. Está sendo seguido um procedimento legal, e parece provável que Dilma infringiu a lei. Mas isso não significa que está certo.

A crise provocada pelos escândalos da Operação Lava Jato deveria ter sido parte do processo doloroso – e extraordinário – de estabelecer um sistema judicial de funcionamento e combate à corrupção no Brasil. Mas a queda de Dilma não é a conclusão lógica dessa história feliz. Longe de ser o início de uma nova era, ele pode muito bem vir a ser o caminho da velha classe política reafirmar o controle do país - e escapar da prisão.

Minha opinião: O texto tem como objetivo principal, informar o leitor sobre a situação política brasileira atual. A cobertura do NYT é importante, não apenas como formadora de opinião nos Estados Unidos (a posição política do país é de “neutralidade”), como também, pela viagem de Dilma Rousseff ao país em que acabou buscando apoio (há quem diga que o país pode demonstrar interesse na situação atual, assim como demonstraram no golpe de 1964). Percebe-se também que o jornal enfatiza os problemas de corrupção no cenário político brasileiro, não apontando explicitamente defesas partidárias (apesar de não poupar críticas em relação à gestão da presidente), mas mostrando que em ambos os lados (esquerda e direita), pode-se observar comportamentos que devem ser reavaliados com maior seriedade.

2ª Manchete: Carta Capital

Entenda os próximos passos do impeachment contra Dilma Rousseff

A Câmara dos Deputados autorizou neste domingo (17/04) a abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. A decisão, no entanto, não significa que Dilma tenha de deixar o Palácio do Planalto imediatamente.

Conforme definido pelo Supremo Tribunal Federal, depois da votação na Câmara, caberá ao Senado definir se há razões para a continuidade da ação, o que deve acontecer em cerca de um mês. O pedido de impeachment será enviado na segunda-feira (18/04) ao Senado, que é composto por 81 integrantes. A previsão é que a denúncia seja lida em plenário na Casa no dia 19 de abril.

A partir de então, o Senado terá de criar uma comissão especial com 21 participantes para

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