A UTILIZAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: UM ESTUDO DE CASO

A UTILIZAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO: UM ESTUDO DE CASO

RESUMO: Este estudo é importante para ampliar conhecimentos na área administrativa financeira, conhecendo melhor as rotinas e dificuldades de uma média empresa.

O mesmo tem como objetivo analisar a atual situação do departamento financeiro e fluxo de caixa da empresa MP Engenharia Ltda, descrever as ações que podem ser tomadas a partir da análise do fluxo de caixa da empresa e como as informações apresentadas podem contribuir para o processo de decisão no que tange a aplicação e captação de recursos. Utilizando-se de estudo de caso fundamentado por uma pesquisa bibliográfica, o estudo mostrou que a empresa analisada precisou de adequação nos processos para elaboração do fluxo de caixa, e após a implantação de medidas de correção, adota uma demonstração de fluxo de caixa assertiva no seu processo de decisão. Portanto, a empresa realiza uma gestão eficiente dos seus recursos, consegue otimizar a relação custo x beneficio, minimizando a ocorrência de custos indesejáveis e aportes financeiros extras, contribuindo significativamente para uma ascensão financeira da empresa.

Palavras-chave: Gestão. Fluxo de caixa. Tomada de Decisão.

1. INTRODUÇÃO

Nas empresas de médio porte, a atividade financeira é geralmente atribuída a um alto dirigente da empresa, como um Gerente de finanças e subordinado a ele encontra-se o coordenador, o tesoureiro, os analistas de Contas à Pagar e a Receber e por sua vez os assistentes. O tesoureiro é responsável pela gestão de fluxos de caixa, pela tomada de decisões de dispêndio de capital e pela elaboração de planos de financiamento. O coordenador cuida da gestão operacional como um todo no departamento financeiro e os demais trabalham para apoiar a assertividade final.

É de extrema importância um bom controle do fluxo de caixa, principalmente em uma empresa de médio porte que busca atender o mercado regional e está em expansão pelas principais capitais brasileiras, como é o caso da empresa MP Engenharia. Sendo por competência ou realizado, “o fluxo de caixa conciso com a realidade” incentiva a empresa a buscar fontes de recursos próprios ou de terceiros a fim de não perder oportunidades de investimento e crescimento, tornando-a mais estruturada perante os concorrentes e mais confiável aos acionistas, fornecedores e clientes.

1 Graduada do curso de Administração com ênfase em Finanças da União Educacional Minas Gerais S/A –

UNIMINAS. ([e-mail])

Dentro da área financeira, é importante destacar o fluxo de caixa da empresa, que se torna cada vez mais o centro nervoso de qualquer organização, sendo ela estruturada ou iniciando suas atividades no mercado. Por isto, administrar bem este instrumento e suas responsabilidades financeiras resultará em um bom resultado para empresa durante os anos de sua existência, enfrentando crises e situações de risco.

O ciclo operacional de uma construtora civil inicia-se com a compra de áreas ideais para construção e encerra-se com entrega de imóveis aos mutuários. Durante esse período, ocorrem vários outros eventos que caracterizam o ciclo econômico e o ciclo financeiro. O ciclo operacional é a soma do prazo de rotação dos estoques e prazo de recebimento das vendas.

Será analisada a estrutura financeira da empresa acima com o intuito de detectar falhas e com o objetivo de melhorar as decisões gerenciais. Será analisado também o modelo de Fluxo de Caixa adotado, bem como as decisões a que dá suporte, tentando-se destacar o impacto de uma boa gestão deste instrumento no desempenho da empresa como um todo.

2. Referencial Teórico

2.1. A Administração Financeira

A Administração Financeira é o ramo da Administração que utiliza técnicas para controlar, da forma mais eficaz possível, aspectos como concessão de crédito para clientes, planejamento, análise de investimentos, bem como os meios viáveis para a obtenção de recursos para financiar operações e atividades da empresa, visando o desenvolvimento e evitando gastos desnecessários e desperdícios, tendo em vista os melhores “caminhos” para a condução financeira da empresa.

Essa área pode ser considerada como o “sangue” ou a gasolina da empresa, a qual possibilita o seu funcionamento de forma correta, sistêmica e sinérgica, passando o “oxigênio” ou vida para os outros setores. Para tanto, precisa circular constantemente, possibilitando a realização das atividades necessárias, sobreturo o controle eficaz das entradas e saídas de recursos financeiros, os quais podem ocorrer na forma de investimentos e empréstimos (entre outros) mas sempre visando a viabilidade dos negócios, proporcionado não somente o crescimento mas o desenvolvimento e estabilização.

Por falta de planejamento e controle financeiro muitas empresas declaram falência no terceiro ano de sua existência, apresentando insuficiência ou inexistência de suporte financeiro para sua organização. Isso ressalta a importância de uma boa gestão financeira, sendo necessárias as informações do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício, nos quais se contabilizam dados e através dos quais se pode analisar detalhadamente informações que darão suporte para a tomada de decisão.

Segundo quem? A administração financeira pode ser dividida em áreas de atuação, que podem ser entendidas como tipos de meios de transações ou negócios financeiros. São estas:

a) Finanças Corporativas: abrangem na maioria, relações com cooperações (sociedades anônimas).

b) Investimentos: referem-se a recursos depositados de forma temporária ou permanente em certo negócio ou atividade da empresa, em que se deve levar em conta os riscos e retornos potenciais ligados ao investimento em um único ou em uma combinação de ativos financeiros. Os ativos financeiros são classificados no Balanço Patrimonial em investimentos temporários e em ativo permanente (ou imobilizado). Este último deve ser investido com sabedoria e estratégia, haja visto que podem afetar o índice de liquidez da empresa.

c) Instituições financeiras: são empresas intimamente ligadas às finanças, onde analisam os diversos negócios disponíveis no mercado de capitais– podendo ser aplicações, investimentos ou empréstimos, entre outros – determinando qual apresentará uma posição financeira suficiente à atingir determinados objetivos financeiros, analisados