ANALISE LOGISTICA DE IMPORTAÇÕES ORIUNDAS DOS ESTADOS UNIDOS

UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS

CIÊNCIAS ECONÕMICAS

GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO - COMÉRCIO EXTERIOR

Gustavo Dias Villagran dos Santos

ANALISE LOGISTICA DE IMPORTAÇÕES ORIUNDAS DOS ESTADOS UNIDOS

São Leopoldo

2016

Gustavo Dias Villagran dos Santos

ANALISE LOGISTICA DE IMPORTAÇÕES ORIUNDAS DOS ESTADOS UNIDOS

Relatório apresentado como parte da avaliação de Estágio Supervisionado, na área temática de Logística Internacional, no curso de Administração - Comércio Exterior, pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS

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São Leopoldo

2016

Relatório de Atividades de Estágio

1. Caracterização da Empresa

A Forjasul, empresa do Grupo Tramontina, é uma indústria especializada na produção de peças forjadas para diversos segmentos. Seus produtos, fabricados no parque industrial de Canoas, são utilizados nas indústrias automotiva, naval, siderúrgica, petrolífera, de implementos agrícolas e principalmente em redes de transmissão e distribuição de energia elétrica.

A empresa possui mais de 60 anos de história, e atualmente conta com cerca de 200 funcionários diretos. No Brasil a empresa foi a primeira na fabricação de ganchos para ancoragem de plataformas marítimas utilizadas na exploração de petróleo. O pioneirismo também existiu na fabricação de eletroferragens e de ganchos com resistência de até 134 toneladas, forjados em matriz fechada.

 A sua alta capacidade de produção também é acompanhada pela exclusividade em certos produtos, como o torno de bancada, com todos os seus componentes fabricados em aço forjado, exclusivo na América Latina.

 A empresa atualmente trabalha com cinco linhas de produtos, sendo elas: eletroferragens, ferramentas, forjados sob encomenda, ganchos, acessórios para movimentação e fixação de materiais.

Nos últimos anos vem crescendo constantemente, aumentando seu faturamento e numero de funcionários, apesar da situação econômica brasileira que a instabilidade política do país tem abalado.

Além disso, vem ganhando espaço no mercado internacional em todos os segmentos em que atua. Após um hiato de alguns anos sem negociar com o exterior, retomou as exportações no ano de 2012, após mudanças culturais dentro do ambiente da organização (VIEIRA, 2009).

As importações também têm crescido, principalmente no ano de 2016 com o desenvolvimento de uma linha de produtos que possuem componentes especiais, que a empresa necessita comprar de um fornecedor que está localizado nos Estados Unidos da América.

1. Diagnóstico e Problematização Organizacional

A empresa desenvolveu um novo produto através de um parceiro americano que vende componentes para a montagem de tal produto. Os itens importados se tratam basicamente de tubos de alumínio, com peso ao redor de duzentos gramas e dimensões de vinte centímetros de comprimento e três centímetros de diâmetro, com pequenas variações, principalmente internas, entre os tipos de componentes.

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Figura 1 – Foto do componente importado dentro de embalagem

As quantidades adquiridas são variantes, porém, dado o tamanho e o peso da carga, a embalagem utilizada para transporte sempre é a mesma. O material é transportado em pequenas caixas de papelão, que não podem ser empilhadas, e que são colocadas em cima de um estrado que possui comprimento e largura de um metro e vinte centímetros. Finalmente, é utilizado plástico para enrolar o estrado e fixar as caixas em cima do mesmo.

Devido ao fato dos processos de importação destes componentes terem sido iniciados recentemente, através de uma parceria que ocorreu em um curto período de negociação, somados a cultura pouco formal da empresa, não houve a realização de um estudo de mercado ou de previsão de vendas relacionados a esta linha de produtos. Sendo assim, cada venda realizada pela Forjasul Canoas deste novo produto representa um processo de importação, para que seja possível completar a montagem do produto final e entrega do pedido. Esta forma de atuar acaba aumentando o custo do produto por conta dos valores de frete e internação da mercadoria, ainda mais elevado pelo fato de todas as importações desta origem serem transportadas via aérea (ALVARENGA; NOVAES, 1994).

A rota de frete praticada em cada processo de importação varia conforme disponibilidade de vôos, situação dos aeroportos quanto a recebimento e envio de cargas, tarifas e tempo de transito. Independente da rota, o fornecedor, após o fechamento da venda e recebimento do respectivo pagamento, disponibiliza a mercadoria na cidade de Los Angeles. Os custos e responsabilidade de frete são todos do importador, que contrata um agente de cargas para realizar o serviço de transporte e nacionalização da mercadoria. Atualmente, a empresa estudada atua apenas com um agente de cargas em todas as suas importações oriundas dos Estados Unidos.

No Brasil, a carga chega até a Forjasul Canoas através de veículo próprio, que realiza a coleta da carga no Banrisul Armazens Gerais (Bagergs) localizado na cidade de Canoas, ou no Terminal de Cargas (Teca) localizado no aeroporto da cidade de Porto Alegre. O primeiro local é escolhido apenas quando o aeroporto de chegada está localizado em São Paulo, caso em que se opta por transportar a carga via rodoviária até Canoas para nacionalização.

O custo do frete é o mais elevado dentre todos os custos decorrentes do transporte realizado em cada operação de importação da empresa. Conforme analisado juntamente ao agente de cargas supracitado, as taxas de combustível, movimentação de carga, armazenagem, emissão de documentos e demais custos são bem inferiores ao frete aéreo, que chega ser dez vezes mais elevado que o transporte marítimo em determinados casos. A justificativa para utilização do transporte aéreo, segundo a empresa, é devido à urgência que o material é requerido em fábrica, para finalização da produção. Isto se deve ao fato da empresa sempre importar tais componentes apenas quando recebe a ordem de compra do produto.

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