TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Abordagens

Pesquisas Acadêmicas: Abordagens. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/3/2015  •  4.002 Palavras (17 Páginas)  •  378 Visualizações

Página 1 de 17

Abordagem tradicional

É um tipo de abordagem na qual os padrões são muitos respeitados, o que é diferente é muito discriminado, por exemplo: não se aceitava que as crianças escrevessem com a mão esquerda, para se ter uma ideia da discriminação quem não escrevia com a mão esquerda era chamado de desobediente. Durante as aulas as carteiras deveriam estar sempre em perfeita ordem.

A abordagem tradicional é caracterizada pela concepção de educação como um produto, já que os modelos a serem alcançados são pré-estabelecidos. Trata-se, da transmissão de ideias selecionadas e organizadas logicamente.

Este tipo de concentração de educação é encontrado em vários momentos da história permanecendo atualmente sob diferentes formas.

É caracterizada por ser muito rígida e centrada no professor onde o aluno apenas escuta as prescrições que lhes são fornecidas por autoridades exteriores.

O papel do professor é basicamente o de transmitir certos conteúdos que são predefinidos e constituem o próprio fim da existência escolar. Pede-se ao aluno a repetição automática dos dados que a escola forneceu ou a exploração intelectual dos mesmos.

O professor exerce o papel mediador entre o aluno e os modelos culturais. Simplificando pode-se dizer que o professor é o agente e o aluno o ouvinte.

Portanto trata-se de uma concepção e uma prática educacional que persiste ao longo dos anos, em suas diferentes formas e que passaram a fornecer um quadro referencial para todas as demais abordagens que ela se seguiu.

Na concepção tradicional, o homem é considerado como um homem acabado, “pronto” e o aluno um “adulto em miniatura” que precisa ser atualizado.

O professor já traz o conteúdo pronto e o aluno se limita passivamente à escutá-lo. A didática tradicional quase que poderia ser resumida em: “dar a lição” e “tomar a lição”. A utilização frequente do método expositivo, pelo professor, como forma de transmissão de conteúdo, faz com que muitos concebam o magistério como uma arte centrada no professor.

A maioria das criticas feitas a esse tipo de ensino, é por causa da sua forma de intervenção onde somente o professor tem o direito de fazê-la, limitando-se a fornecer receituários.

A inteligência, ou qualquer outro nome dado à atividade mental, seja uma faculdade capaz de acumular e armazenar informações. Evidenciasse o caráter cumulativo adquirido pelo indivíduo por meio de transmissão. Além disso, existe uma preocupação com o passado que é tido como modelo a ser imitado como lição para o futuro.

O professor torna-se o grande maestro do aprendizado, sendo ele o principal no contexto da sala de aula. No entanto o educador é o centro do processo do ensino e o educando é o objetivo a ser moldado.

Pode-se afirmar também que as tendências englobadas por este tipo de abordagem possuem uma visão individualista do processo de educação, não propiciando ao indivíduo liberdade de criação.

Antigamente tinha-se certo respeito, ou melhor, dizendo medo da forma com que os professores tratavam os alunos, rigorosamente, de forma totalmente autoritária, e ai daquele que não obedecia.

É um receptor passivo das informações que lhes são fornecidas, não tem o direito de se expressar. Para os tradicionalistas o homem é considerado como uma espécie de tabula rasa, na qual são expressas progressivamente, imagens e informações fornecidas pelo ambiente. O homem era um mero receptáculo de informações.

A realidade é algo que será transmitido ao indivíduo principalmente pelo processo de educação formal, além de outras agências, tais como família, igreja. O mundo nesta abordagem é considerado externo ao indivíduo e este irá se apossando gradativamente de uma compreensão, à medida que se defronta com modelos.

Para facilitar o entendimento pode-se aplicar a expressão educação bancária, que foi proposta por Paulo Freire, que é a tipologia que mais se aproxima do que se entende por ensino nesta abordagem, ou seja, uma educação que se caracteriza por “depositar” ao aluno, conhecimentos, informações, dados, fatos, etc.

Algumas frases de Rubem Alves referente a essa abordagem:

“Como são e têm sido as escolas? Que nos diz a memória? A imagem: uma casa, várias salas, crianças separadas em grupos chamados "turmas". Nas salas, os professores ensinam saberes. Toca uma campainha. Terminou o tempo da aula. Os professores saem. Outros entram. Começa uma nova aula. Novos saberes são ensinados. O que os professores estão fazendo? Estão cumprindo um "programa". "Programa"...

“Ditas essas palavras, você, mãe, dá início a um programa de culinária, uma receita depois da outra, na ordem certa. Cada dia sua filha deve aprender uma receita e, uma vez por mês, você faz uma avaliação da aprendizagem. Ela deve ser capaz de repetir as receitas”.

“Nas outras escolas (por onde passei) cada um está na sua sala, cada um tem os seus meninos, no seu cantinho, e todo o resto não é nada. Tudo é compartimentado: há a porta, há a parede, há a chave”...

“Os seus olhos mostraram-me confronto, compaixão e certeza. Aprendi muito nesse dia. Confronto, compaixão e certeza são tônicos de aprendizagem. Há escolas que os intencionalizam”.

“Quem é o objeto privilegiado de ensino dos professores? Bons alunos ou maus alunos?”

“O trabalho escolar era exclusivamente centrado no professor, enformado por manuais iguais para todos, repetições de lições, passividade”.

...”a estória do menino de carne e osso e alma de gente ao qual a escola transforma num adulto de madeira, rígido e triste como Pinóquio”

“A "indisciplina" é a filha dileta do autoritarismo e da permissividade”.

“O modelo do professor fechado a sete chaves na sua sala (cela) de aula, "orgulhosamente só"no desempenho, mais ou menos ritualizado e raramente refletido, das tarefas curriculares que lhe cabem (ou ele julga caberem-lhe), é ainda hoje o "modelo" prevalecente entre os professores e nas escolas do 1º ciclo”.

“Durante alguns anos, permanecemos cegos para o que não existe. Só descobrimos o olhar para dentro e começamos a pressentir o que não existe quando se nos impõe ou nos é imposta a necessidade de interrogar e compreender o que vemos fora de nós. Esse é o primeiro momento mágico da educação.”

“o regresso a uma escola de caserna “pura e dura” – não resiste à meridiana verificação”

...

Baixar como (para membros premium)  txt (25.4 Kb)  
Continuar por mais 16 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com