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Agressão No Esporte

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Por:   •  8/10/2013  •  2.172 Palavras (9 Páginas)  •  687 Visualizações

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Agressão no Esporte

Introdução

Nenhum campo social dá uma importância tão grande ao confronto físico entre pessoas como o esporte competitivo. Atletas atropelam, agridem, pressionam, prejudicam e até machucam intencionalmente outros atletas com o objetivo de ganhar ou de ter sucesso.

Os meios de comunicação contribuem, por meio de reportagens sobre violência no esporte, para criar imagens negativas com relação ao esporte competitivo. Por esse motivo, existe a necessidade de analisar sistematicamente as causas e os efeitos do comportamento agressivo no esporte e as possibilidades de evitar e controlar condutas agressivas.

O termo agressão é usado de diferentes maneiras. Falamos de agressão “boa”, good agression (p. ex: ir à busca de uma bola perdida no vôlei) e agressão “ruim”, bad agression (p. ex: cometer uma falta flagrante no basquete). O termo parece sugerir automaticamente associações e produzir julgamentos de valores positivos ou negativos e respostas emocionais ( Gill,1986). Entretanto, a maioria dos comportamentos agressivos no esporte e atividades físicas parece não ser inerentemente desejável ou indesejável, mas sim depender de uma interpretação. Duas pessoas assistindo a um difícil mas limpo jogo de hockey no gelo podem discordar se a batida foi boa ou ruim. É mais fácil falar de agressão se você ignora a dicotomia boa/ ruim e encarar de forma neutra, como um comportamento que você deseja entender.

Os psicólogos definem agressão como “qualquer forma de comportamento direcionado objetivando lesionar ou machucar outro ser vivo que esteja interessado em evitar tal comportamento”. (Baron, 1997:7).

Analisando essa e outras definições, emergiram quatro critérios de agressão (Gill, 1986):

Agressão é um comportamento humano.

Envolve lesões e danos.

É direcionada a outra pessoa.

Envolve intenções e motivos.

Agressão é um comportamento físico ou verbal e não apresenta uma atitude ou emoção. Envolve lesão, a qual pode ser tanto física quanto psicológica. É direcionada a outra pessoa ou a si mesmo. É um comportamento intencional. Lesões acidentais, até mesmo atirar em alguém não intencionalmente, não é considerado um ato de agressão, porque não houve intenções de machucar a outra pessoa.

O que muitos achariam de agressão boa no esporte é denominado de comportamento assertivo (assertive bebavir) na psicologia do esporte (Husman & Silva 1984) – isto é, jogando pelas regras com alta intensidade e ativação, mas sem intenção de lesionar.

Teorias da agressão

Teoria de instintos e impulsos

A teoria de instintos e impulsos (drive) parte do princípio de que agressão representa um instinto inato, espontâneo e cumulativo, o qual provoca no organismo humano uma acumulação contínua de energia agressiva, que dever ser descarregada de vez em quando.

A descarga de energia negativa depender de estímulos provocadores externos. Quanto mais tempo faltam esses estímulos, tanto mais o organismo os procura. Comportamento agressivo não só é visto de forma negativa, mas implica também em função biológica de manutenção da espécie no sentido da defesa do espaço vital, da seleção dos mais fortes e saudáveis e da formação de uma hierarquia (Freud, 1920; Lorenz, 1963).

Teoria frustação-agressão

A teoria frustação-agressão parte da hipótese que vivências de fracasso (frustrações) provocam agressões. Frustração é definida “como um impedimento de uma atividade atual dirigida a uma meta”.

O objetivo do comportamento agressivo é prejudicar intencionalmente outra pessoa ou outro objeto. Frustrações não provocam automaticamente condutas agressivas. Comportamento agressivo é uma das reações possíveis em presença de frustrações, outras reações são, por exemplo, regressão, resignação e decepção.

A conduta agressiva depende dos seguintes fatores:

Tendências agressivas;

Intensidade das frustrações passadas;

Quantidade e intensidade das frustrações;

Causas da frustração (Dollard & Miller, 1939).

Teorias de aprendizagem social

Aprendizagem por reforço

Essa teoria postula que a forma e a freqüência do comportamento agressivo dependem das conseqüências positivas ou negativas. Os reforços podem ser criados por meio de estímulos materiais, psíquicos ou sociais.

Quando mais consegue sucesso uma pessoa com uma conduta agressiva, maior é a probabilidade do aparecimento do comportamento agressivo futuramente.

A expectativa de ter sucesso com condutas agressivas é um fator importante.

Comportamento agressivo é um resultado de um reforço positivo de uma conduta agressiva (Skinner, 1938).

Aprendizagem por imitação de modelos

Essa teoria enfatiza que o comportamento agressivo é aprendido e adquirido pela observação de comportamentos agressivos e imitação de modelos agressivos.

O processo de aprendizagem de condutas agressivas é mais rápido por meio da imitação de modelo agressivo do que pela aprendizagem por meio do sucesso. O modelo agressivo causa uma modificação do comportamento e um aumento da disposição de ação. Pais que batem em seus filhos representam modelos agressivos. Nesse caso existe o perigo de que as crianças transfiram essas condutas agressivas aprendidas a outras áreas. A imitação do modelos depende do status social, da competência pessoal, da idade e do sexo, do relacionamento pessoal com o modelo e da sua valorização do mesmo (Bandura e Walters, 1964).

Com relação às diferentes posições teóricas, pode-se verificar que comportamento agressivo depende de determinantes pessoais, sociais, culturais e ambientais.

Teoria revisada da Frustração-Agressão

A teoria revisada da frustração-agressão combina elementos da hipótese original de frustração-agressão com

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