Alunos com Síndrome de Down nas aulas de Educação Física

TEMA: Alunos com Síndrome de Down nas aulas de Educação Física

- a síndrome de down, sua definição e as suas características principais;

Carvalho & Maciel (2003), apoiados nas novas concepções para deficiência mental apresentadas pela American Associciation on Mental Retardation (AMMR), definem a deficiência intelectual como um quociente de inteligência (QI) inferior à média, ligada as limitações adaptativas em pelo menos duas áreas das seguintes habilidades: autocuidado, comunicação, vida no lar, adaptação social, uso de recurso na comunidade, saúde e segurança, funções acadêmicas, determinações, lazer e trabalho, dos quais tenham surgidos antes dos 18 anos. Isso significa que a criança com deficiência intelectual tem dificuldade em aprender a realizar atividades comuns quando comparadas às pessoas sem este tipo de deficiência.

A síndrome de Down geralmente é provocada por fatores genéticos, responsáveis por causar a triplicação do cromossômica 21. Os fatores de riscos podem ocorrer em três fases: pré-natal, período perinatal ou pós-natal (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).

De acordo com a American Psychiatric Association (2014) a Síndrome de Down está inclusa entre as deficiências intelectuais, sendo causada por uma alteração genética que se dá na formação do bebê, no início da gestação. O grau da deficiência intelectual provocado pela síndrome é variável, e o coeficiente de inteligência pode variar desde valores inferiores a 40 até valores que se enquadra no nível leve ou moderado.  Nesta síndrome, a linguagem geralmente é comprometida, e a visão é na maior parte dos casos relativamente preservada. Por meio das interações com o outros, a criança portadora da Síndrome de Down pode se desenvolver bem.

- a inclusão dos alunos com síndrome de down nas aulas de educação física;

A prática da Educação Física escolar tem como objetivo inserir o aluno em um ambiente que ele consiga interagir socialmente e culturalmente através do conceito da prática da atividade esportiva como meio de desenvolvimento das dimensões cognitivas, afetivas e motoras.

De um modo geral a Educação é um direito concedido para todos com ou sem deficiência. Nesse contexto é dever do professor de Educação Física inserir todos os alunos inclusive no que se refere a inclusão escolar, para que os alunos aprendam e progridam.

Como toda criança, o aluno portador de síndrome de Down tem suas características físicas limitadas, mas com a mesma capacidade de aprender. Diante disso poderemos focar as aulas frisando em uma maior repetição da atividade antes de modifica-la, pois assim a criança acaba por copiar os movimentos.

O professor deve preocupar-se em elaborar atividades que sejam compatíveis com as suas limitações, bem como a cada acerto durante a brincadeira oferecer um feedback positivo a fim de que a mesma não fique frustrada diante das dificuldades.  

- as possibilidades de intervenção pedagógica nas aulas de educação física;

O atendimento às crianças com necessidades especiais, que neste caso é portadora da síndrome de Down deve ser gradual, pois estas não conseguem absorver uma quantidade de informações muito extensa e respeitar o ritmo da criança a fim de que haja estimulação adequada para o desenvolvimento das suas habilidades. Segundo Souza (1998):

“Em situações de ensino-aprendizagem de atividades motoras com pessoas   portadoras da Síndrome de Down, há que se levar em consideração as peculiaridades dos indivíduos, as quais podem se apresentar através de déficits motores e sensoriais. Os portadores de Deficiência Mental e, especificamente, os indivíduos com Síndrome de Down, possuem dificuldades em prestar e manter a atenção, bem como em selecionar a informação relevante e descartar a irrelevante” (p.5).