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Analise de residuos sólidos

Por:   •  13/8/2017  •  Artigo  •  3.637 Palavras (15 Páginas)  •  248 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE.

ANDRESSA SONJA PEREIRA DE CASTRO

ANÁLISE DO MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ

MOSSORÓ/RN

2016


ANDRESSA SONJA PEREIRA DE CASTRO

ANÁLISE DO MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ

Artigo técnico-científico apresentado ao Curso Técnico em Saneamento Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, em cumprimento as exigências legais como requisito parcial à obtenção do título de Técnico em Saneamento.

Orientador (a): Prof.:  M.a Rosana Nogueira Fernandes de Queiroz.

MOSSORÓ/RN

2016


ANÁLISE DO MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ

Andressa Sonja Pereira De Castro[1]

Rosana Nogueira Fernandes de Queiroz[2]

RESUMO: A geração de resíduos sólidos passou a ser um transtorno a partir do aumento da população urbana e em virtude do avanço da tecnologia, após a Revolução industrial a produção passa a acontecer em grandes proporções. O que faz também com que aumente a produção de resíduos sólidos é a forma de produção do mercado, que muitas vezes é de baixa qualidade ou quando a manutenção é mais cara que o próprio produto, isso faz com que o consumidor substitua o produto por um novo. A partir desse contexto, foi realizada uma análise da produção e gestão de resíduos sólidos no Município de Mossoró, estado do Rio Grande do Norte. A cidade possui um aterro sanitário para onde são destinados os resíduos sólidos produzido nas áreas urbanas e rurais do município. Existem, na cidade de Mossoró, duas associações que trabalham com a coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos; estas recebem apoio do município para auxiliar na redução dos resíduos que são conduzidos para o aterro sanitário e também contribuem para evitar que estes resíduos sejam levados para terrenos. O estudo foi baseado nas exigências feitas aos municípios pela Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS. Ao se fazer uma análise geral, verifica-se que o município de Mossoró evoluiu nos últimos quinze anos no manejo de seus resíduos sólidos. Sendo o segundo do estado a possuir uma disposição ambientalmente correta. Porém, após um estudo da real situação, consegue-se observar várias deficiências que interferem nos resultados.

Palavras-chave: Aterro. Coleta seletiva. Resíduos Sólidos.


1 INTRODUÇÃO

Uma das problemáticas que vem sendo debatida na humanidade desde o século passado é a questão da sustentabilidade, esse assunto foi reconhecido de forma mais abrangente através da reunião em Estocolmo em 1972, que teve como objetivo tentar equilibrar a relação do homem com o meio ambiente.

Com o advento da sociedade fordista, caracterizada como o processo de produção e de consumo em massa no mundo, surge uma notória preocupação com as questões ambientais. Porém, fatores decorrentes deste processo, como industrialização, concentração espacial, modernização agrícola, crescimento populacional e urbanização, compuseram os principais pontos de pressão e de conscientização humana sobre a problemática ambiental global. (MOTA; GAZONI; 2010 p. 17).

Uma das vertentes a respeito da sustentabilidade se encontra na gestão dos resíduos sólidos, que surgiu como um problema devido ao aumento populacional após a segunda guerra mundial, com o processo de urbanização e industrialização, fazendo com que a produção acontecesse em larga escala para atender a população.

Toda a atividade humana ou animal gera resíduos, e estes podem ser aproveitados para a manutenção da vida. A geração desses resíduos passa a ser problema quando for em quantidade e qualidade tal que impeça o desenvolvimento harmônico dos seres vivos em dado ecossistema e já vem preocupando os homens há milhares de anos, em função das epidemias de doenças surgidas pela contaminação de águas. (ADEDE Y CASTRO, 2003 p. 94).

Na Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento (Cnumad), que aconteceu no ano 1992 no Rio de Janeiro, questionou-se sobre a gestão de recursos e meios para que as políticas fossem implantadas.

No Brasil existe a Lei Nº 12.305/10 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), ela regula e faz exigências para que os Municípios façam suas gestões dos resíduos sólidos através da extinção de lixões, implantação dos aterros e da coleta seletiva de forma compartilhada com as empresas e os cidadãos.

As estatísticas feitas sobre o cumprimento da PNRS no país ainda são incompletas, pois existem municípios que não participaram do levantamento feito pelo Sistema Nacional De Informações Sobre Saneamento (SNIS) e são classificados como “sem informação”.

          O levantamento sobre coleta seletiva segundo o SNIS abrange 67,6% dos municípios, 23,7% com coleta e 43,9% ainda não possuem. Já com relação à disposição final dos resíduos sólidos a pesquisa analisa 81,7% dos municípios que apresentaram as seguintes características: 52,4% aterro sanitário, 13,1% aterros controlados, 12,3% lixões, 3,9% triagem e compostagem e os 18,3% representam o grupo dos sem informação, conforme a tabela 01. O SNIS ainda afirma que o número de municípios com lixões é bem maior, pois dos que não forneceram informação infere-se que dois terços ainda não possuem o tratamento adequado de seus resíduos, fazendo o depósito em lixões.

Gráfico 1 - Percentual da disposição final de resíduo sólidos dos munícipios no Brasil.

[pic 1]

Fonte: Sistema Nacional De Informações Sobre Saneamento (SNIS), 2014.

No Rio Grande do Norte, apenas 11 cidades atendem ao PNRS e cumprem com a correta destinação final de seus resíduos sólidos, isto é, 6,6% dos municípios. Sendo dois aterros sanitários existentes, o de Mossoró que atende apenas o próprio município e o de Ceará-Mirim, que atende mais 9 municípios incluindo-o Natal, a capital do estado. Todas outras cidades do estado têm como destinação final aterros controlados e lixões. A coleta seletiva está presente em 5,39% dos municípios norte-rio-grandense.

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