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Antropologia

Por:   •  27/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  465 Palavras (2 Páginas)  •  196 Visualizações

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Como já aprendemos, a lei passa a existir com o surgimento da escrita, passa de ser apenas costumes e se torna legítima, mesmo sendo em gravuras nas pedras, pinturas na paredes das cavernas. Pode-se dizer então que a escrita existe em função da lei, e a lei habita a escrita.

Nos primórdios da humanidade era escrita em espaços inesperados, como nos corpos dos escravos, servindo também como punição, assim surgiram as tatuagens.

Nas sociedades primitivas eram feitos vários tipos de rituais de iniciação, onde jovens passavam a serem homens e a fazerem parte das tribos, sendo que a maioria deles eram feitos a base de torturas, tendo como meta provocar o sofrimento. Essas torturas tinham como objetivo marcar o corpo dos jovens e também deixar a lembrança através das cicatrizes, podendo-se assim afirmar que o corpo é uma memória. Esses rituais serviam como pedagogia, pois ensinavam aos jovens que ninguém é superior e nem inferior a ninguém.

Com isso é possível formar uma tríplice aliança entre, corpo, escrita e lei, onde as cicatrizes nos corpos são textos inscritos da lei primitiva.

As sociedades primitivas eram consideradas sem Estado, portanto incompletas, mas buscavam sempre suprir essa falta, mesmo que em vão. Mas como compreender a existência dessas sociedades, sendo que, as próprias sociedades existem para o Estado? É onde entra a face do etnocentrismo, onde sua convicção é que a história possui um sentido único, e que passam por etapas, começando pela selvageria até chegar na civilização.

Essas sociedades arcaicas são vistas de forma negativa, pela falta do Estado, da escrita, da história e do mercado, mas contudo demonstraram grande capacidade de satisfazer suas necessidades, independente da inferioridade tecnológica, construíram instrumentos, descobriram a agricultura, existindo assim uma economia de subsistência, essa economia é dada pela limitação do tempo às atividades produtivas. Os indivíduos dessa sociedade arcaica trabalhavam apenas quatro horas por dia, pois para eles, a produção é projetada sobre a reconstituição do estoque de energia gasto, e nada poderia estimula-los a produzirem mais, ou seja, alienar seu tempo em um trabalho sem finalidade.

Quando a atividade produtiva passa a ser trabalho alienado onde alguns tiram proveito dos outros, é sinal de que a sociedade não é mais primitiva.

O aparecimento do Estado realizou uma grande divisão tipológica entre selvagens e civilizados, um dos motores foi a revolução neolítica, mas o que causou mesmo a ruptura foi a revolução política, que conhecemos também como Estado.

Estado é o instrumento que a classe dominante utiliza para exercer sua dominação sobre as classes dominadas, ou seja, para o aparecimento do Estado se faz necessário a divisão da sociedade em classes sociais antagônicas.

Portanto as sociedades primitivas são sociedades sem Estado pois não possuem essa divisão social.

A essência da sociedade arcaica é exercer o poder absoluto e completo sobre tudo que a compõem, mas precisam ser comunidades pequenas.

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