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Análise Crítica do Filme Ponto de Mutação

Por:   •  10/3/2017  •  Resenha  •  568 Palavras (3 Páginas)  •  6.607 Visualizações

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DISCIPLINA: MEIO AMNIENTE E SAÚDE PÚBLICA E SAÚDE PÚBLICA

PROFESSOR: Dr. GONÇALO MENDES DA CONCEIÇÃO

Análise crítica do filme: Ponto de Mutação

Géssica Maria Gomes do Nascimento

O Filme “Ponto de Mutação” baseado no livro de mesmo nome do escritor Fritjof Capra, traz uma reflexão sobre as ações humanas no contexto do desenvolvimento, na busca de um progresso econômico e equilibrado de modo que os recursos naturais futuros não sejam comprometidos. É um retrato crítico dos modos de exploração e sustentabilidade da espécie humana ao longo do tempo, principalmente sobre a idade contemporânea.

A obra se passa em um castelo medieval na França e se baseia no diálogo entre três pessoas, um político, um poeta e uma cientista (física), que tentam compreender os mecanismos que regem o mundo. No discurso é possível perceber o confronto entre duas visões diferentes, a mecanicista e a sistêmica.

A Cientista faz uma dura crítica à visão cartesiana em que os políticos veem o mundo. Descartes via o mundo como um relógio, onde é possível reduzir ao monte de peças onde analisado cada parte é possível entender o todo. Ela critica dizendo que essa ideia é ultrapassada e que a sociedade deve urgente mudar essa visão de mundo. De acordo com a cientista, o mundo tem que ser visto como um todo, analisando as relações entre cada objeto que compõem a natureza e entender que as pessoas estão inseridas nessas relações. . A cientista afirma que se devem abrir os horizontes para modelos sistêmicos, escapando do conforto dos processos, onde temos o controle, mas muitas vezes não a compreensão. E que não se pode olhar para os problemas globais como se fossem fatos isolados, tentando entendê-los e resolve-los separadamente. Mas, defende uma visão holística, onde os fatores se correlacionam e estão de forma direta ou indireta ligados uns aos outros, devendo então, serem trabalhados em conjunto.

O político discute e em alguns pontos chega até aceitar algumas ideias da cientista, mas o grande desafio que ele aponta é: como concretizar essas ideias na política e como fazer com que as pessoas (os eleitores) consigam entender essa visão sistêmica. A cientista por sua vez fala que é necessária mudar a maneira que se enxerga o mundo, o que perpassa diretamente pela educação.

O poeta, por sua vez, demonstra o lado humano da questão. Afirmando sentir-se constrangido ao ser comparado a um sistema ou a um relógio. Questionando que os sentimentos, as relações de existência são bem mais complexas do que a explicação que se tentam dar as teorias.

Nesse contexto, observam-se as diferentes visões das personagens envolvidas e que elas não necessariamente estão certas ou erradas, mas, incompletas. E o discurso foi de suma importância, pois permitiu que cada personagem colocasse a sua ideia de mundo e a partir de então muitos pontos puderam ser esclarecidos, permitindo que os três chegassem a uma ideia amistosa sobre a realidade.

Nessa perspectiva, Fritjof Capra buscou em sua obra não necessariamente criticar o cientificismo e a visão de mundo de Descartes, mas, demonstrar que a sobrevivência humana, que é ameaçada por uma visão de mundo mecanicista e uma fragmentada, só será possível se as pessoas forem capazes de mudar radicalmente os métodos e os valores contidos na nossa cultura individualista e materialista atual em relação à nossa tecnologia de exploração do meio ambiente. Buscando uma visão holística e fraterna entre os seres humanos e entre estes e a natureza, em todos os seus aspectos.

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