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Análise contra a empresa Monsanto

Por:   •  27/1/2018  •  Abstract  •  1.413 Palavras (6 Páginas)  •  151 Visualizações

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“Produzir. Conservar. Melhorar vidas.”. Será?

“Produzir. Conservar. Melhorar vidas.”. Esse é o principal slogan da empresa líder mundial em vendas de herbicidas a base de glifosato e principal produtora de transgênicos do mundo. As propagandas da multinacional Monsanto falam constantemente em respeito à saúde humana, à terra em que se produz e ao futuro sustentável. Mas possui um histórico extenso de polêmicas envolvendo aquilo que propaga respeitar.

A Companhia Monsanto é uma empresa multinacional de agricultura e biotecnologia. Sua sede oficial é nos EUA, mas esta empresa tem diversos polos espalhados pelo globo, incluído o Brasil. É a líder mundial em vendas de herbicidas e sementes transgênicas, além de desenvolver tecnologia para a produção de animais. Teve seu nome destacado no cenário político brasileiro após a polêmica retirada da obrigatoriedade de especificação de produtos com uso de transgênicos.

Essa empresa se destaca em nível mundial por duas áreas de atuação: a produção de herbicidas e pesticidas, também denominados de agrotóxicos e a tecnologia de sementes geneticamente modificadas, conhecidas por transgênicos. O “carro-chefe” da empresa é, o mundialmente utilizado, herbicida Roundup. Que segundo a propaganda da empresa seria um herbicida sem riscos para a saúde humana, mas que – segundo especialistas – é um agrotóxico responsável por diversas doenças, dependendo do nível e do tempo de exposição ao seu principal agente, o glifosato. Esta exposição tem sido relacionada a patologias como: TDHA, Alzheimer, Anencefalia, doenças cardíacas, hipotireoidismo e na produção de células cancerígenas, principalmente no câncer de mama e de cérebro.

A empresa alega que seus produtos têm aprovação e validação em testes nos países onde a empresa vende seus produtos. A principal delas está em seu país sede, a FDA (Food and Drougs Administration), a maior agência controladora dos EUA. Entretanto, há um largo histórico de polêmicas e escândalos ligando esta agência à Monsanto. O principal escândalo sobre a relação entre empresa e agência, diz respeito a estratégia de porta-giratória na década de 90, em que gerentes de alto-escalão alternavam entre cadeiras da FDA e da Monsanto, o que traz em si o questionamento sobre a isenção da agência responsável em avaliar os produtos desta empresa. Outro escândalo ligado a relação promíscua da Monsanto com agências de controle de alimentos se deu no Canadá, onde os ministros da Saúde e da Agricultura canadenses denunciaram a proposta de “lobby” no valor de 2 milhões de dólares para que estes ajudassem na aprovação dos transgênicos como produto natural e não como modificado geneticamente, para que não passasse por avaliações diferenciadas. A companhia reconheceu que ofereceu os 2 milhões de dólares, mas alegou que não era suborno e sim uma contribuição para o governo canadense investir em tecnologia agrícola.

E este último é o principal investimento futuro desta empresa, sementes transgênicas. A empresa anuncia de forma quase profética este produto. Como a garantia de um futuro sustentável para humanidade, um futuro com a possibilidade de produção de alimentos suficientes para que ninguém no globo terrestre passe fome. Essa profecia, todavia, não vem se cumprindo. Segundo o relatório divulgado durante o Fórum Social Mundial de 2005, a companhia estaria contribuindo para ampliação da fome e da miséria no mundo, monopolizando boa parte do comércio de alimentos e produção agrícola mundial.

Esse monopólio é considerado por ambientalistas e cientistas como o grande risco dos transgênicos para o futuro da humanidade. E já tem produzido polêmicas em vários países em quem vendem seus produtos. Um exemplo disso foi a Índia, onde a produção de algodão entrou em crise, graças a dependência que é causada pelos transgênicos da Monsanto, que fez com que os produtores tivessem que adquirir a sementes da Monsanto, encarecendo o produto, criando a necessidade de se ter outros produtos desta empresa para o seu cultivo, endividando-os com processos sobre o royalities das sementes. Como resultado disso, muitos pequenos fazendeiros perderam sua capacidade produtiva, o que levou a protestos e suicídios em massa, relatado no livro “Semente do suicídio” da ativista indiana Vandana Shiva.

Ao contrário do que aparenta a propaganda acerca dos transgênicos, como o futuro limpo e sustentável da produção mundial de alimentos, o que se vê é uma danosa dependência de um pacote básico que envolve adubo, agrotóxicos e sementes transgênicas que, pelo direito de patente adquirido, geram royalities a Monsanto. Um pacote que não é opcional, já que as sementes da multinacional foram criadas para suportar e depender desses produtos, com o agravante que as sementes, uma vez que adentram na região, produzem alterações genéticas em outras sementes que futuramente forem plantadas na região. Um caso que explica essa situação é o da produção de milho no México, principal produto agrícola do país. O vizinho do país sede desta empresa possui uma legislação que protege o milho produzido em seu território, não permitindo que sementes produzidas em outro país ou tecnologias genéticas adentrem no país. Mas, curiosamente, foi constatado que já há alterações genéticas nas produções que estão ligadas as modificações genéticas da Monsanto. E uma das explicações possíveis para isso seria a entrada de produtos manufaturados com base em sementes de milho transgênico, o que exemplifica a influência genética dessas sementes.

No Brasil, a multinacional possui um enorme mercado, tanto no uso de agrotóxicos quanto no de sementes geneticamente modificadas. A produção agrícola brasileira lidera o ranking de utilização de agrotóxicos e é uma das mais permissivas com relação ao uso de transgênicos. Uma relação interdependente, pois quanto mais sementes modificadas, maior a quantidade de agrotóxicos necessária. Caminhando no sentido oposto ao de países desenvolvidos, que restringem e fiscalizam fortemente o uso desses dois expedientes. Levando o país ao alarmante número de 28% da sua produção agrícola insatisfatório para o consumo, o que demonstra que no país se consome alimentos fora do padrão internacional, colocando em risco a saúde de todos os brasileiros. Há estudos e documentários por todo o mundo demonstrado a relação nefasta entre os produtos da Monsanto e o aumento de patologias e casos de morte por envenenamento, principalmente em moradores de regiões onde se utiliza agrotóxico.

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