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As Dificuldades Que Idosos E Suas Famílias Vivenciam Com A Questão Do Envelhecimento.

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Por:   •  23/11/2013  •  1.324 Palavras (6 Páginas)  •  685 Visualizações

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1- Introdução:

A cada ano que passa, vem aumentando a expectativa de vida e consequentemente o número de idosos, que muitas vezes acabam por apresentar inúmeras dependências da família, amigos e órgãos públicos, devido a condições normalmente relacionadas às doenças. Essa dependência trás dificuldades aos familiares e os próprios idosos, haja vista que as ocorrem o esgotamento físico e mental, dificuldades financeiras, entre outras situações dos membros que cuidam dos idosos dependentes.

2- As dificuldades do envelhecimento:

A questão do envelhecimento aliada à dependência atualmente vem se tornando um problema de saúde pública. Uma vez que a cada dia é crescente o contingente de idosos dependentes, dada ao aumento da expectativa de vida e os problemas de saúde ligados ao envelhecimento.

Célia Pereira Caldas (2002, p. 02) em seu artigo “Envelhecimento com dependência: responsabilidades e demandas da família” situa o problema da dependência dos idosos como um desafio da saúde pública e que precisa ser refletido segundo duas condições: “(a) as condições necessárias à manutenção dos cuidados com as pessoas idosas e dependentes na comunidade; e (b) as condições que a família realmente dispõe no meio urbano brasileiro para ser responsabilizada pela assistência a esse contingente populacional.”

Fato é que as famílias enfrentam grandes dificuldades para prestar atendimento adequado, haja vista que muitas vezes existe a falta de recursos financeiros, falta de capacitação para os cuidados e mesmo ausência de um familiar que possa cuidar do idoso. De outra sorte, o auxílio do poder público é praticamente inexistente, pois as políticas públicas para esta faixa etária são precárias.

Para a autora, um dos motivos que levou ao crescente aumento da utilização dos serviços de saúde é o avanço da população idosa com mais de 85 anos, que normalmente apresentam doenças crônicas e limitações funcionais, que levam ao aumento da demanda de atendimento na área da saúde e mesmo da necessidade de atenção da família. (CALDAS, 2002, p. 02)

No mesmo sentido, Karsch (2002, p. 02) afirma que “a frequência das doenças crônicas e a longevidade atual dos brasileiros são as duas principais causas do crescimento das taxas de idosos portadores de incapacidades.”

Neste panorama, importante que se realize a prevenção das doenças crônicas e degenerativas, a assistência à saúde dos idosos dependentes e o suporte aos cuidadores familiares. Este é um desafio para o sistema de saúde instalado no Brasil.

Utilizando-se das palavras de Hazzard et. al. (1994, apud, CALDAS, 2002, p.02), afirma-se que as doenças mais comuns que aparecem entre os idosos são “a demência, fraturas de quadril, acidentes vasculares cerebrais, doenças reumatológicas e deficiências visuais. Essas situações reduzem a capacidade do indivíduo de superar os desafios ambientais.”

Segundo os autores, a família modernamente vem se tornando a única fonte de recursos disponíveis para os cuidados dos idosos, há uma carência em uma rede de suporte aos idosos, ficando a responsabilidade unicamente com os familiares. Estas famílias em muitos casos não recebem ajuda financeira, especialmente do INSS, e afirmam que seria de grande valia tal auxílio, pois as condições de miserabilidade atingem as camadas populacionais menos favorecidas.

Para Karsch (2002, p. 01) no Brasil há uma falta de visibilidade sobre os problemas do envelhecimento com dependência, tais aspectos não fazem parte das políticas públicas, mas ainda estão muito restritas as dificuldades familiares e às entidades asilares.

Saad (1991, apud, CALDAS, 2002, p.02) afirma que com base em suas pesquisas “fica claro que a tarefa de amparar os idosos está quase que exclusivamente sob a responsabilidade das famílias, já que a organização comunitária também se mostra bastante incipiente.”

As autoras argumentam que as famílias infelizmente não estão preparadas para assumir os encargos com os cuidados dos idosos, que muitas vezes exigem cuidados quase que iguais aos fornecidos nos hospitais. Além do despreparo das famílias, nas pesquisas aparecem as reclamações por falta de orientações aos cuidadores dos idosos, apoio pessoal, consultas médicas mais frequentes com vistas a garantir melhores condições de vida aos idosos, auxílio em transporte, etc. Estas são apenas algumas das reclamações efetuadas pelos familiares de idosos.

Caldas (2002, p. 03) fala de outro problema que afeta as famílias brasileiras, sendo que “necessidade de assistência permanente ao enfermo gera um custo elevado para os familiares, pois, atualmente, nenhum sistema de atenção à saúde prevê uma oferta suficiente dos serviços necessários a uma população portadora de dependências com crescimento exponencial.”

Desta forma, as famílias acabam por apresentarem dificuldade em cuidar de seus idosos, pois além do desgaste emocional, a situação envolve, muitas vezes, um alto custo financeiro. Quantificar quais são estes custos, seria de fundamental importância para a formulação de políticas públicas aos idosos, pois apesar das legislações, na prática os programas de atendimento e suporte à família com idosos em situação de dependência são ineficientes ou inexistentes.

Para falar da problemática em questão, Caldas (2002, p.03) afirma que “o termo "dependência" liga-se a um conceito fundamental na prática geriátrica: a "fragilidade".

A fragilidade por sua vez

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