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Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN)

Por:   •  2/11/2019  •  Tese  •  2.532 Palavras (11 Páginas)  •  166 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO

Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN)

Departamento de ciências sociais (DCSO) – Prof. Luiz Muramatsu

Disciplina: SOCIOLOGIA 2 – Código: CSO – 04677 – turma 01

Curso: Ciências Sociais – 2 período – 2019-1 – IC2 – sala 06.

REVISÃO PARA A TERCEIRA, QUARTA  E QUINTA PROVA

Textos (fontes) que foram estudados em sala de aula e que compõem a matéria da prova:

  1. SALAMA, Pierre e VALIER, Jacques - Uma introdução à economia política, Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 1975. Cap. 2 - A extorsão da mais-valia: a exploração dos trabalhadores, pp. 37-57. 
  2. COLETIVO DA UNIVERSIDADE DE BERLIM - Guia para a leitura do capital, Secção VI – Acumulação de Capital. Lisboa: Ed. Antídoto, 1978. pp. 95-103
  3. MARTINS, José de Souza — “O Que São as Relações Capitalistas de Produção”, In: Martins, José de Souza, -Os Camponeses e a Política no Brasil, Petrópolis, Vozes, Cap. V. item 1, pp. 151-159.

Obs: todos os textos encontram-se na copiadora do IC-2

 

REVISÃO

  1. SALAMA e VALIER - A extorsão da mais-valia: a exploração dos trabalhadores. 

         Neste texto os autores procuram explicar os seguintes pontos: a) como a mais-valia é extraída dos trabalhadores, b) quais são as formas de aumentar a mais-valia, c) como se distribui a mais-valia entre vários capitalistas. Comecemos pelo a). Visto que sãos os trabalhadores que produzem a mais-valia, os autores procuram explicar primeiro como a força de trabalho dos trabalhadores, historicamente, virou mercadoria.  Em seguida eles mostram o que é a mercadoria força de trabalho e como se determina o seu valor. Pra tanto eles mostram a diferença entre valor da força de trabalho e preço da força de trabalho (salário). O salário expressa em dinheiro o valor da força de trabalho. O salário é o preço da força de trabalho. É expressão monetária do seu valor. O salário exprime o  valor da força de trabalho mas não do trabalho. O salário cobre apenas o valor da força de trabalho e não todo O TRABALHO, ou para ficar mais claro, o salário cobre apenas o valor da força de trabalho do trabalhador  mas não cobre tudo que o TRABALHO deste trabalhador produziu.  . Pois O TRABALHO é valor de uso e o trabalho não tem valor embora gere valor. O que tem valor é força de trabalho. Outra coisa: Assim como o preço de uma mercadoria pode estar abaixo ou acima do seu valor, o salário pode estar abaixo ou acima do valor da força de trabalho. Isto vai depender da lei da oferta e procura.  Por isso falamos em níveis dos salários.  Da mesma forma que tem mercadoria que demora mais tempo do que outra para ser produzida (e por isso tem mais valor), um trabalhador pode demorar mais tempo para se formar do que outro (e por isso valer mais). Por isso falamos em hierarquia de salários.  Mais tempo de formação, portanto, valor da força de trabalho maior e isto se reflete no salário. Porém observar que temos uma hierarquia objetiva (não natural) mas frequentemente há também uma hierarquia subjetiva devido a preconceitos arraigados dentro de uma cultura (machista e racista por exemplo) em que o valor da força de trabalho, por exemplo, de homens e mulheres serem, objetivamente iguais,  pois tiveram o mesmo tempo de formação e especialização embora, pelo fato de um homem (ou branco) e outro mulher (ou negro) o salário daqueles é maior, definindo uma hierarquia subjetiva.

Explicação da mais-valia pelos autores. “A mais-valia é a diferença entre o valor criado pela força de trabalho e quanto esta força de trabalho custou.” Os autores fazem antes uma análise dos processos da troca e a função do dinheiro nas trocas antes da efetivação do capitalismo pleno. Os processos das trocas anteriores são estes: 1. Troca direta ( M1 -  M2). 2. Troca mediatizada pelo dinheiro: M1-D-M2 e 3. Troca que resulta no lucro D-M-D´ (se diz: D, M, D linha).  É este terceiro tipo de troca que caracteriza o dinheiro como capital. Mas ainda neste último esquema D-M-D´, embora seja o esquema do capital, é ainda a fórmula geral do capital. Ou seja, fórmula geral porque não especifica se este D´ nasce na circulação ou na produção. Por isso este esquema se desdobra em um outro, mais específico do atual sistema capitalista, onde a mais valia brota na produção:

                                                                     mp[pic 2][pic 3]

D     M            P    M`    D´[pic 4][pic 5][pic 6][pic 7]

                                                                     ft[pic 8]

Onde: D = dinheiro, M = mercadoria , mp = meios de produção, ft = força de trabalho, P = processo de produção (fábrica), M´= mercadoria que contém mais valia e D´= capital, que neste caso nasceu na produção e não a circulação (comércio). Lembrando que, para se chegar na produção (fábrica) foi preciso primeiro começar pela circulação (comércio), pois foi preciso comprar (na circulação, comércio), meios de produção (mp) e força de trabalho (contratar trabalhadores) É o momento D-M. E só depois fazer com que esta força de trabalho operasse na produção produzindo produtos (mercadorias). Uma vez produzidas (estas mercadorias) são lançadas novamente na circulação (comércio) para venda. É o momento M´-D´.

b) Duas formas de aumentar a mais valia: a absoluta e a relativa. Para entender como a mais-valia é aumentada é preciso entender o que é taxa de mais-valia (que é m/v). A mais valia absoluta é obtida aumento o tempo de trabalho excedente mantendo fixo o tempo de trabalho necessário. A mais-valia relativa é obtida diminuindo o tempo de trabalho necessário mantendo fixa a jornada de trabalho. Esta diminuição é devido ao aumento da produtividade que é geral em todos os setores da sociedade. A mais-valia relativa quando aparece na história do capitalismo não faz desaparecer a mais valia absoluta, pelo contrário, a reforça.

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