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Por:   •  2/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.703 Palavras (15 Páginas)  •  295 Visualizações

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QUALIDADE NO ATENDIMENTO x CLIENTE SATISFEITO 11 Programa de Qualidade no Atendimento da SEFAZ e seus Reflexos Junto aos Clientes/Usuários. Carlos Alberto Moura Pinheiro2 2 Luis Henrique Guimarães Brandão3 3 Maria de Jesus Santos Novaes4 4 Rodolfo Luiz Peixoto de Mattos Santos5 Profº Orientador: Milton Correia Sampaio Filho6 5 RESUMO Nas últimas décadas, com o avanço tecnológico, a oferta de serviços aumentou consideravelmente. O foco hoje é o cliente. Se as empresas públicas ou privadas oferecem mais serviços, constatam-se a necessidade de se coletar mais dados e informações sobre os possíveis clientes/usuários que irão demandar estes serviços. Estes, por sua vez, com o aumento destas ofertas, tornam-se mais exigentes, pois, já não aceitam a ineficiência no atendimento oferecido. Alguns autores acreditam que a receita do bom atendimento está principalmente no tratamento cortês dispensado ao cliente/usuário. Outros defendem, sobretudo, a conscientização dos seus servidores ou funcionários da necessidade de se quebrar antigos paradigmas e investir em treinamento e em novas práticas de gestão. O Programa de Qualidade no Atendimento da SEFAZ, pesquisas da UFBA e constatação de objetivos e resultados. Palavras-Chave: Atendimento, Cliente/Usuário, Qualidade, Serviços, Servidores, Modelo de Gestão, Mudança de Cultura. Programa de Qualidade no Atendimento. 1 Artigo cientifico a ser entregue como conclusão do curso de pós-graduação em Gestão Tributária da UNIFACS - Universidade Salvador –, turma 2003. 2 Graduado em Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual de Santa Cruz –UESC, Especialista em Direito Tributário pela Universidade Federal da Bahia – UFBA, Agente de Tributos Estaduais da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, cpinheiro@sefaz.ba.gov.br 3 Bacharel em Ciências Econômicas e Direito pela Universidade Federal da Bahia – UFBA, pós-graduado em Direito Tributário Material e Processual Estadual pela Universidade Federal da Bahia – UFBA, cursando especialização em Direito Civil na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia-UFBA. Agente de Tributos Estaduais da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, lbrandao@sefaz.ba.gov.br 4 Bacharela em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, Especialista em Direito Tributário pela Universidade Federal da Bahia – UFBA. Agente de Tributos Estaduais da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, mnovaes@sefaz.ba.gov.br 5 Graduado em Engenharia Mecânica pelo ITA-SP, mestre em Engenharia Mecânica pela PUC-RJ, Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, rmattos@sefaz.ba.gov.br 6 Mestre em Informação Estratégica pela Universidade Federal da Bahia – UFBA.Especialista em Administração pela Universidade Salvador – UNIFACS, graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, professor de Cursos de Extensão, Graduação e Pós-Graduação na Universidade Salvador – UNIFACS, Faculdade de Tecnologia – FTE e de graduação nas Faculdades Jorge Amado, Consultor nas áreas de gestão estratégicas, gestão do conhecimento, inteligência competitiva, Membro consultivo da EngeAr-empresa júnior de Engenharias e Arquitetura da UNIFACS, miltonsampaio@aol.com. 2 Conceito de Qualidade Existem várias definições para o termo “qualidade” na literatura, não havendo um consenso entre os diversos autores. Dentre as diversas definições, podemos citar como principais as que se referem à abordagem transcendental que considera qualidade como sendo uma característica de excelência, inata ao produto, intrinsecamente ligada a sua marca. E a que se refere à abordagem baseada no usuário, já que nesta a preocupação maior será a de satisfazer as necessidades do cliente, relacionando as especificações do produto ou serviço com as reais expectativas do consumidor. Dentre todas estas definições, um enfoque maior será dado a que se refere à abordagem baseada no usuário visto que esta tende a englobar todas as demais abordagens, focando as necessidades do cliente. Satisfazer as exigências do cliente diante do atual cenário mundial cada vez mais globalizado tornou-se uma preocupação constante na vida das organizações, sejam elas públicas ou privadas, entretanto, tal tarefa exige mudanças não só estruturais, como também práticas de gestão e treinamento, bem como quebra de antigos paradigmas. Embora seja clara a necessidade atual de se prestar também um serviço público com primazia, ainda é nitidamente perceptível nos órgãos públicos um atendimento que não se ajusta às exigências dos clientes, sejam elas pelas mudanças estruturais que o sistema exige ou simplesmente pela forma irrelevante com que o assunto é tratado no âmbito destas organizações. Todavia, as vantagens de se prestar um atendimento com excelência são evidentes: confiabilidade, imagem positiva e conjugação de objetivos da empresa com as necessidades e expectativas dos clientes/usuários. Conceito de Atendimento Conforme Aurélio Buarque de Holanda (1986) “Atendimento é o ato ou efeito de atender” e que consiste em “dar ou prestar atenção, tomar em consideração, levar em conta, ter em vista, considerar”. Estes significados no final da década de 80 se entrelaçaram de forma contundente ao exercício da cidadania, uma vez que os requerentes de bens e/ou serviços, seja na iniciativa privada, seja no serviço público, passaram gradativamente a conhecer seus direitos e como cidadãos, exigiram uma prestação de serviço que os satisfaçam, sob pena protestarem ou representarem nos órgãos de controles, como Corregedoria, Ministério Público, Poder Judiciário, etc. Tal postura, aliada à vontade política do gestor público fez com que no início da década de 90 se buscasse um novo modelo de gestão pública focado em resultados e orientado para o cidadão. O que é Cliente Cliente é aquela pessoa que habitualmente requisita um bem e/ou serviço junto à outra pessoa física ou jurídica. Toda e qualquer pessoa que bate às portas do serviço público pleiteando a 3 resolução de uma demanda, antes de ser um cliente, é um cidadão. Ela possui direitos e obrigações, sendo que o seu primeiro direito junto à instituição é o de ser bem atendido, deixando-o plenamente satisfeito. Segundo MATOS, (2000): Uma organização deve considerar “cliente” todo aquele que freqüenta, consumindo quaisquer de seus serviços, sofrendo qualquer tipo de impacto ou influência ou mantendo qualquer tipo de contato com pessoa ou setor da empresa.” Recentemente, o usuário do serviço público passou a ser denominado como “cliente”, ou seja, hoje o indivíduo inserido e participante da sociedade em que vive torna-se cidadão e assume um papel diferenciado com direitos e deveres ao grupo, comunidade, sociedade. A cidadania é a plena participação do indivíduo na sociedade, exigindo seus direitos e cumprindo seus deveres. Nesta linha de pensamento faz-se necessário o desenvolvimento de comportamentos positivos no atendimento aos clientes para proporcionar sua plena satisfação e as informações que a SEFAZ necessita para atingir este objetivo devem ser buscadas com os próprios clientes. O que é Satisfação O que é satisfação? No dicionário de Aurélio Buarque de Holanda (1986), está conceituado esse termo como “ato ou efeito de satisfazer-se; contentamento, alegria, deleite, aprazimento, sentimento de aprovação”. Quando se trata de uma organização e de sua relação de prestação de serviço a clientes, podemos dizer que o cliente satisfeito é aquele que percebe que o atendimento da organização é, pelo menos, igual àquele que se esperava. No atendimento de um pleito junto a um órgão público, a palavra satisfação além dos velhos conceitos, abraça também a necessidade do exercício da cidadania. O cliente/cidadão para atingir o contentamento, a alegria, o deleite, tem que ser bem atendido e conseguir o objetivo de sua postulação de maneira rápida, o que chamaríamos de pronto-atendimento. Essa é a filosofia empregada hoje nos Serviços de Atendimento ao Cidadão-SACs e também nas Coordenações de Atendimento da Inspetorias Fazendárias da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia. Ela foi adotada em função dos resultados das pesquisas, sistematicamente aplicadas, pelo Governo do Estado da Bahia através de convênios com a Universidade Federal da Bahia. Vale ressaltar, que em virtude de procedimentos específicos e prazos determinados na legislação, alguns tipos de processos não podem ser atendidos no ato do pedido, porém para que a satisfação e a excelência de qualidade no atendimento se verifiquem, necessário se faz à tramitação célere e a comunicação ao requerente de todos os passos do processo. Gestão pela Qualidade O movimento da gestão pela qualidade corresponde a um modelo gerencial que teve como iniciadores W. Edwards Deming e Joseph M. Juran nos USA, e foi introduzido e aperfeiçoado no 4 Japão, durante a ocupação aliada em 1945. Com este modelo, as organizações passaram a atribuir a determinados funcionários a função de inspecionar os produtos para verificar se os mesmos estariam de acordo com as especificações originais. Essa inspeção consistia no registro dos defeitos detectados após a conclusão do processo produtivo. À medida que as organizações foram se tornando mais complexas em função do seu crescimento, da diversificação e inovação e das exigências dos clientes, foi necessário implementar medidas que pudessem assegurar o padrão dos produtos ou serviços além de identificar o grau de satisfação dos clientes. A tendência foi à busca de uma metodologia que estabelecesse parâmetros capazes de sinalizar os índices de defeitos apresentados, evitando a sua ocorrência. A engenharia da qualidade e a administração foram às áreas que mais se empenharam em pesquisar métodos e práticas que contribuíssem para a avaliação e melhoria da qualidade, embora sob diferentes pontos de vista. Para a norma ISSO 9000 (2000) qualidade é o grau no qual um conjunto de características inerentes e que satisfazem as necessidades ou expectativas dos clientes. Com a mesma linha de raciocínio, Campos (1999), assim afirmou: “a qualidade de um produto ou serviço é medida pela satisfação total do consumidor”. Enquanto para a engenharia, a definição de qualidade pressupõe estar de acordo com as especificações técnicas estabelecidas (Philip Crosby, 2001). Vale ainda citar W.Edwards Deming (1990), segundo o qual qualidade não significa perfeição, mas a produção eficiente com qualidade, de acordo com a expectativa do mercado. Para a SEFAZ, a “Gestão pela Qualidade Total se apresenta como método mais adequado, pela possibilidade de mudanças de paradigmas e estabelecimento de uma nova mentalidade de gerenciamento. Entendido como um processo gerencial no qual todas as pessoas, de todos os setores, em todos os níveis hierárquicos da organização cooperam para promover a Qualidade Total”. (Apostila entregue aos funcionários nos Cursos de Qualidade desenvolvidos pela SEFAZ sob a Coordenação da Diretoria de Recursos Humanos-DRH). Como se Mede Qualidade em Serviços Medir qualidade, ou seja, o desempenho efetivo dos processos comparando com o desempenho preestabelecido como desejável é fundamental para se conhecer, antecipadamente o resultado final. Com a medição é possível identificar desvios potenciais ou já existentes, de modo a permitir a correção tempestiva de rumos. Para que se perceba como é possível realizar “medições” no campo da qualidade em serviços, de forma semelhante ao que se faz quando se trata da produção de bens tangíveis, é necessário, primeiro que se compreenda como o assunto pode ter aspectos, digamos, palpáveis. A medição pode se dar em sete dimensões: VALIDADE: supõe-se que o Serviço seja aquilo que prometeu ser e efetivamente é. DISPONIBILIDADE: é a condição de o Serviço estar disponível, quando o cliente precisar dele. PRECISÃO: é a mais técnica das dimensões. Exatidão no cumprimento de horários, nos parâmetros pré-estabelecidos. 5 RAPIDEZ: característica de o serviço ser cumprido dentro da expectativa do cliente quanto a prazos, de acordo com a sua expectativa. RESPEITO ÀS NORMAS: cumprimento da legislação e respeito à ética. SOLUÇÃO DE PROBLEMAS: é a eficácia, ou seja, a efetiva resolução do problema apresentado pelo cliente/usuário. CONFIABILIDADE: é o cliente/usuário não duvidar de que o que foi prometido será cumprido. É, talvez, a dimensão mais importante de serviço. Programa de Qualidade no Atendimento da SEFAZ Os objetivos básicos do Programa de Qualidade no Atendimento da SEFAZ são: I – Desenvolver a conscientização no servidor/atendente da importância e direito do cliente/usuário em obter o melhor atendimento possível; II – Equipar as Coordenações de Atendimentos das Inspetorias Fazendárias e Postos SACs de equipamentos de última geração, bem como treinar e reciclar constantemente os servidores/atendentes; III – Estimular o hábito de se obter o serviço pretendido através da Internet, inclusive disponibilizando computadores para os clientes/usuários nas unidades, que orientados por um servidor, passem a utilizar tais serviços na própria empresa; IV – Buscar incessantemente a excelência na qualidade de atendimento em todos os níveis na Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia. O atual enfoque de cidadania e a vontade política do Gestor Público implementaram a partir de 2001 um programa de gestão voltada para a busca incessante na excelência da qualidade no atendimento a todo e qualquer cidadão que pleiteasse um serviço junto à Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia-SEFAZ. Foi criada a Diretoria de Atendimento (DIRAT) que com uma equipe especializada passou a aplicar a nova política definida, através de ações como a aquisição de equipamentos de informática de última geração, contratação de mão de obra temporária para reforço nas equipes das Coordenações de Atendimento das Inspetorias e postos dos SACs, aplicação de cursos e seminários para os funcionários, bem como o acompanhamento sistemático da política adotada. Concomitantemente aos esforços descritos no parágrafo anterior, a SEFAZ passou a disponibilizar vários dos seus serviços através da Internet, onde o cliente/usuário após receber senha eletrônica, passou a usufruir alguns serviços virtuais, retirando a presença física nas Inspetorias Fazendárias e nos Postos SACs, melhorando consideravelmente o tempo de espera e a qualidade nos serviços daqueles que necessitam se deslocar para o atendimento presencial. 6 Pesquisas de Satisfação no Atendimento Paralelamente aos investimentos na melhoria do atendimento, tem sido desenvolvida e aplicada na instituição uma metodologia de mensuração dos resultados práticos obtidos. Assim é que, a partir do ano de 2001, a SEFAZ firmou contrato com a Universidade Federal da Bahia-UFBA para aplicação de pesquisas junto aos clientes/cidadãos nas Inspetorias Fazendárias e Postos SACs. Essas pesquisas tiveram como objetivos gerais: • Avaliar o nível de satisfação com os diversos serviços oferecidos nas Inspetorias Fazendárias e Postos de Atendimento e conhecer o perfil dos usuários desses serviços. • Conhecer a opinião dos usuários sobre os auto-serviços já oferecidos em geral, e mais em particular: o MAE (Monitor de Atendimento Eletrônico) o AIDF (Autorização de Impressão de Documentos Fiscais) pela Internet o SAL (Sistema de Atendimentos em Lojas-Inspetorias Fazendárias) • Atendimento no Plantão Fiscal Nas pesquisas, realizadas diretamente com os usuários dos serviços “in loco”, através de entrevistas pessoais com preenchimento de questionário estruturado, foram feitas várias perguntas referentes à satisfação, para cada um dos serviços acima, abordando-se os seguintes principais tópicos: • Presteza / agilidade no atendimento; ● Tratamento do atendente; • Tempo de espera para ser atendido; ● Atenção e interesse dedicados ao assunto; • Tempo gasto no atendimento; ● Domínio e clareza das informações fornecidas; • Finalização da operação com sucesso; ● Satisfação geral com o atendimento. Foram abordadas também questões com relação ao grau de satisfação do usuário com as condições das instalações físicas, nos seguintes tópicos: • Localização / facilidade de acesso; ● Facilidade de estacionamento do veículo; • Layout das instalações: ● Conforto das instalações; • Asseio das instalações; ● Comunicação visual. 7 Metodologia da Pesquisa O universo de interesse das pesquisas realizadas é composto por todos os clientes das Inspetorias Fazendárias e dos Postos de Atendimento da Região Metropolitana de Salvador. Em cada uma dessas Unidades, foi realizada uma pesquisa descritiva quantitativa numa amostra probabilística aleatória simples de 96 entrevistas, para assegurar um intervalo de confiança de 95% e uma margem de erro amostral de + ou – 10%. Nos Postos de Atendimento, foi definida uma amostra de 68 entrevistas, o que assegura um nível de confiança de 90% e margem de erro de + ou – 10%. A escala de notas utilizada foi a seguinte, sendo que na apresentação de resultados foi utilizada a terminologia correlata constante da coluna à direita, mais apropriada para pesquisas deste tipo: NOTA CONCEITO APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS 1 Péssimo Muito insatisfeito 2 Ruim Insatisfeito 3 Regular/ Razoável Mais ou Menos Satisfeito/Insatisfeito 4 Bom Satisfeito 5 Ótimo Muito Satisfeito Para análise dos resultados, foram definidos os parâmetros de desempenho a seguir: % DE NOTAS 4 e 5 NÍVEL DE DESEMPENHO DE 1 A 24 Péssimo DE 25 A 49 Ruim ou Baixo DE 50 A 69 Regular/razoável ou Médio DE 70 A 84 Bom ou Alto DE 85 OU SUPERIOR Ótimo/Muito bom ou Muito Alto Foram ainda definidos da seguinte forma os atributos relativos aos atendimentos avaliados: • Tempo de espera para ser atendido — Tempo decorrido entre a chegada do cliente à Inspetoria e o início do atendimento em si, quando esse está em frente ao atendente. • Presteza / agilidade no atendimento — Rapidez e empenho demonstrados pelo funcionário em realizar as atividades e tarefas necessárias parta o atendimento do cliente. • Tempo gasto no atendimento — Tempo decorrido entre o início e a conclusão do atendimento. • Tratamento dos atendentes — Extensão com que o funcionário utiliza comportamento e modos profissionais e corteses enquanto atende ou trabalha com o cliente. 8 • Atenção e interesse dedicados ao assunto ou problema — Grau de empenho e cuidado demonstrados pelo funcionário ao assunto/problema do cliente. • Domínio e clareza das informações fornecidas — Extensão com que as informações são transmitidas pelo funcionário de modo seguro, claro e compreensível para o cliente. Resultados da Pesquisa Realizada em 2003 Na pesquisa realizada no ano de 2003, comparativamente aos obtidos nos anos anteriores, podemos perceber claramente, no gráfico número 1 a seguir, a evolução do desempenho da Inspetoria de Simões Filho neste item, onde a faixa de clientes satisfeitos passou de 79,1% em 2001 para 98% em 2003, confirmando a eficácia do trabalho desenvolvido em treinamento e melhoria das instalações neste período. GRÁFICO 1 EVOLUÇÃO DO DESEMPENHO DA INSPETORIA DE SIMÕES FILHO PRESTEZA / AGILIDADE NO ATENDIMENTO 76,3 98,0 13,4 79,1 1,0 21,6 7,5 2,1 1,0 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 2001 2002 2003 Satisfeitos Med. Satisfeitos Insatisfeitos Fonte: Pesquisa SEFAZ /Universidade Federal da Bahia-UFBA No gráfico 2, observa-se que na Inspetoria do Iguatemi houve um avanço significativo entre 2001 e 2003, diminuindo de 44,9% para 13,1% a faixa de clientes Insatisfeitos e Medianamente Satisfeitos. 9 GRÁFICO 2 EVOLUÇÃO DO DESEMPENHO DA INSPETORIA DO IGUATEMI DOMÍNIO E CLAREZA DAS INFORMAÇÕES RECEBIDAS 69,5 86,9 32,7 12,1 55,1 22,1 12,2 8,4 1,0 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 2001 2002 2003 Satisfeitos Med. Satisfeitos Insatisfeitos Fonte: Pesquisa SEFAZ /Universidade Federal da Bahia-UFBA Também se verifica no gráfico 2, que foi elevado de 55,1% para 86,9% o percentual de clientes Satisfeitos. Entretanto, se estamos trabalhando com a meta da Qualidade Total, ainda há 13,1% de clientes não satisfeitos, e mesmo considerando que numa inspetoria do porte do Iguatemi, esse resultado já é muito bom, porém há campo para melhoria e é preciso identificar os pontos fracos. GRÁFICO 3 SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO DE IMPRESSÃO DE DOCUMENTOS VIA INTERNET INSPETORIA DE SIMÕES FILHO OPINIÃO DO CONTRIBUINTE 13,4 1,0 73,2 12,4 Facilita o seu trabalho Dificulta o seu trabalho ou É indiferente Não conhece a AIDF Fonte: Pesquisa SEFAZ /Universidade Federal da Bahia-UFBA 10 Com objetivo de avaliar o impacto sobre o cliente dos serviços disponibilizados via Internet, tomando como foco neste momento a solicitação de Autorização de Impressão de Documentos Fiscais, observamos que grande parte dos clientes afirma que facilita seu trabalho, sugerindo o acerto da SEFAZ em disponibilizar tais serviços, que não só facilitam o trabalho das Inspetorias, mas também a vida dos contribuintes. Entretanto, a pesquisa apontou ainda 12,4% de clientes que afirmam terem seu trabalho dificultado por tal serviço. É preciso então identificar o porque de tais afirmações, a fim de verificar onde está a resistência ou dificuldade encontradas pelos clientes, e avaliar que ações podem ser desenvolvidas para facilitar ainda mais a utilização de serviços via Internet. Escolhemos apenas os três tópicos acima, pois não seria possível analisar completamente os resultados das pesquisas neste artigo por falta de espaço, porém maiores detalhes podem ser obtidos no relatório da pesquisa citado nas Referências Bibliográficas. Considerações Finais Tanto na iniciativa privada como no serviço público, o atendimento ao cliente é o “tendão de Aquiles” de qualquer Organização. Na iniciativa privada é a própria vida da empresa, pois é o cliente que gera os recursos para sua manutenção no mercado. Indaga-se: E para o serviço público, o que significa atender bem, uma vez que quem mantém este serviço é o contribuinte desconhecido e que não está ligado diretamente ao serviço público? A velha máquina datilográfica, a falta de material de expediente, a ausência e/ou má vontade dos funcionários e os armários cheios de processos “decoravam” os ambientes das repartições públicas em um passado não muito remoto, pois pouco se importava se o atendimento foi realizado e qual o grau de satisfação do atendido. Gradativamente este quadro vem mudando, principalmente pelo exercício de cidadania das pessoas que batem à porta do serviço público. A SEFAZ, justiça se faça, vem dinamitando este passado e investindo fortemente no atendimento ao cliente/usuário, dotando as Coordenações de Atendimento das Inspetorias e os Postos localizados nos SACs de equipamentos de última geração, material de expediente e pessoal qualificado, além de manter cursos e treinamentos constantes para os funcionários. Como bem aborda Condorcet Rezende no seu trabalho “Relações Fisco X Contribuinte”, o mundo atual já não comporta uma relação de gato x rato entre o Fisco e seu “clientecontribuinte”, sendo que a SEFAZ já assimilou este pensamento, melhorando significativamente os atendimentos pessoais e virtuais, buscando, a passos largos, a excelência de qualidade. Referências Bibliográficas FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa, 2ª Edição revista e ampliada, Nova Fronteira, 1986. 11 GARVIN, David. What does “Product Quality” really mean? Sloan Management Review. USA, v26 n, P 25-43, FALL 1984. GIANESI, Irineu G. N., CORRÊA, Henrique Luiz. Administração estratégica de serviços: operações para a satisfação do cliente. São Paulo: Atlas, 1994. LOBOS Júlio. Encantando o cliente Externo e Interno. 9ª Ed. Revisada, São Paulo: J. Lobos, 1993. MATOS, Ciomara Lobo. Avaliação e análise do desempenho dos processos de serviços numa agência bancária: sob a ótica de seus clientes e funcionários da linha de frente. Florianópolis 2000. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Gradação em Engenharia de Produção, UFSC, 2000. MORGAN, Gareth, Imagens das Organizações, Trad. Cecília Whitaker Bergamini, Roberto Coda São Paulo, Atlas, 1996. PRESTES MOTA, Fernando C.; BRESSER PEREIRA, Luiz C. Introdução à organização burocrática. 6. São Paulo: Brasiliense, 1988. REIS, Luís Souza Dias. Gestão da Excelência na atividade bancária. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1998. Universidade Federal da Bahia – UFBA. – Pesquisas de Qualidade de Atendimento: Inspetorias Fazendárias e Postos SACs da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, nos anos de 2002 e 2003.

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