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Compreensão do Texto Intimidade e Estranheza Reflexões Sobre a Situação Clínica

Por:   •  1/6/2020  •  Resenha  •  401 Palavras (2 Páginas)  •  313 Visualizações

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Estagiária: Letícia Herdy Gontijo

Grupo: ICB – Fenomenologia                         Período: Matutino

Compreensão do Texto: Intimidade e Estranheza: reflexões sobre a situação clínica

A partir dos estudos de Freud a respeito das alucinações negativas em pacientes em estado hipnótico surgiu o questionamento referente a qual interlocutor se destinaria a fala do paciente. Frente a este questionamento, em seu capítulo “Intimidade e Estranheza: reflexões sobre a situação clínica”, Rehfeld discute o direcionamento da palavra e a possibilidade de escuta por meio de uma analogia a Fala Poética apresentada por Celan que discute a posição do poeta ao se dedicar a sua obra sem depender necessariamente de um ouvinte.

No texto encontramos uma crítica à neutralidade adotada pela psicanálise afirmando sobre a ingenuidade prática em relação aos seus próprios fundamentos então, nos apresenta uma nova maneira de nos mantermos neutros frente as situações clinicas, uma posição que difere da de um observador passivo, mas que assume uma presença ativa que, por meio do silencio, permite o ressoar da questão do paciente. Rehfeld nos apresenta a neutralidade como uma abertura ao desconhecido, mas não apenas como um ainda-não-conhecido e que se buscará conhecer, e sim como aquilo que pode ser “descoberto” como tal o é, como desconhecido. A neutralidade é nos apresentada como abertura da palavra e como condição de inesgotabilidade da fala.

O filósofo apresenta a intimidade relacionando-a à estranheza, pois para ele a clínica pode ser espaço de estranhamento e intimidade e se constituir como lugar de aparecimento. A dimensão poética aberta pela situação clínica se mostra, ao mesmo tempo, como a instauração da dimensão ética pautada na possibilidade de um encontro autêntico, onde não se encontra o oferecimento de respostas prontas à questão que o indivíduo desconhece como sendo sua, e por meio de sua fala encontrará a resposta à sua fala. Desta forma, torna-se necessário que a resposta venha de dentro, ainda que venha de fora retornará ao que ouve como o movimento de sua própria descoberta.

 Segundo o texto, o espaço aberto pela presença silenciosa do analista gera estranheza e esta por ser compreendida como uma dimensão fundamental da existência humana e deve ser compreendida, existencial e ontologicamente, como um fenômeno mais originário e, é por meio desse sentimento de estranheza frente ao silêncio do terapeuta que se torna possível qualquer relação.

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