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Conscientização da aplicação do poder naval

Por:   •  2/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.822 Palavras (16 Páginas)  •  130 Visualizações

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            01 - Conscientização Da Aplicação Eficaz Do Poder Naval

           

02 – Ramon L. P. Dos Santos    

           

03 – O presente artigo tem o intuito de explicitar a origem e evolução do poder naval brasileiro ao longo da história, apresentando em paralelo, visões relativas ao pode naval como a do Contra-Almirante Alfred Thayer Mahan, um dos principais autores relativo ao tema. Enfatiza-se principalmente alguns fatores comportamentais surgidos após a primeira guerra, onde se percebeu que o fator motivacional é de extrema importância para a vida militar. Considerando o desenvolvimento no percorrer das duas grandes guerras por parte das forças envolvidas e o grande enfoque ao fator motivacional dos militares, como ferramenta importante para a manutenção eficaz da soberania. Percebemos que nos momentos de pico da marinha os homens apresentavam o moral elevado, coisa que não é visto nos dias atuais, embora, haja a necessidade de um poder naval qualificado e capacitado para as demandas da atualidade, sobretudo, da Amazônia Azul que apresenta riquezas incalculáveis.  

           

 04 – Palavras Chaves: Marinha Do Brasil; Poder Naval; Amazônia Azul; Fator Humano.

         05 - O Contra-Almirante Alfred Thayer Mahan, da USN, foi o autor que mais influenciou a teoria de emprego do Poder Naval e o desenvolvimento da estratégia marítima. Nascido em 1840, Mahan graduou-se na United States Naval Academy em 1859. Em 1890, publicou seu mais famoso livro, intitulado “The influence of sea power upon history, 1660-1783”, que trata da relação entre a guerra naval e as políticas internacional e marítima da Europa.Conquistar o domínio, ou comando, do mar era para Mahan a razão precípua da existência das marinhas. A expressão “Sea Power”, cunhada por Mahan, foi usada por ele algumas vezes com a atual acepção de poder marítimo e, em outras ocasiões, com o sentido de Poder Naval. Mahan ressaltou a importância da formação de “consórcios navais” transnacionais que cooperassem entre si, em prol da segurança do comércio marítimo.Torna-se perceptível a eleição de três aspectos centrais no pensamento de Mahan: o acesso ao mar, o controle das rotas comerciais e o desenvolvimento dos litorais. O historiador norte-americano ainda ressalta especial importância a outros fatores tais como a localização geográfica, a configuração física e a extensão da costa, propensão para assuntos marítimos de um determinado povo e o empenho governamental na preparação e aplicação do poder marítimo.

      O Poder Naval admite considerações diferentes em virtude do ponto de vista do observador e do momento vivido na historia ou na atualidade. Como exemplo disto temos a visão expansionista de Mahan buscando o domínio do mar, defendendo o emprego ofensivo e ostensivo do poder naval em função do momento histórico vivido pelos Estados Unidos no final do século XIX, em ascensão sociopolíticaeconômica e territorial buscando afirmação internacional. Ou uma visão mais conservadora como foi o caso de Herbert William Richmond, nascido em 1871, na Grã-Bretanha. Richmond foi oficial da Marinha Real Britânica que se tornou professor de História na Universidade de Cambridge. Publicou o livro “Statemen and Sea Power”, onde o autor aponta quais seriam – em sua ótica – os principais elementos que compunham o conceito de “sea power” ou poder marítimo.A Grã-Bretanha neste período era potência colonial dominante, visava a garantir o que havia conquistado no cenário mundial, desta forma, Richmond  adotou uma visão, relativa ao emprego do poder naval visando consolidar e manter as coisas como estavam.

          Estas duas concepções envolvendo o emprego do poder naval para defesa, manutenção e desenvolvimento do litoral e do mar incluindo todos os meios necessários para isto e interagindo com a políticaeconomica, desenvolvem forcas navais distintas, com propósitos e características gerais diferentes, objetivando fins específicos. Desta maneira visando se adequar aos aconselhamentos de órgãos internacionais e com o desenvolvimento de uma conscientização política acerca da defesa nacional, em 2011 a presidente Dilma Rousseff promulgou o Decreto n. 7438, de 11 de fevereiro de 2011, que estabeleceu princípios e diretrizes para a elaboração do Livro Branco de Defesa Nacional, documento que, em conjunto com a Estratégia Nacional de Defesa e com a Política Nacional de Defesa, elucida a atuação e as atividades de defesa em nosso país.  base doutrinária relativa aos assuntos militares em geral que, muitas vezes ficam restritas aos meios militares.Com clara influência dos pensamentos de Alfred Mahan e Herbert Richmond, se faz importante citar as definições que o Livro Branco trouxe acerca do Poder Marítimo e do Poder Naval, onde consta:

           “PODER MARÍTIMO — Projeção do poder nacional, resultante da integração dos recursos de que dispõe a nação para a utilização do mar e das águas interiores, quer como instrumento de ação política e militar, quer como fator de desenvolvimento econômico e social, visando a conquistar e manter os objetivos nacionais”.

        “PODER NAVAL — Parte integrante do poder marítimo capacitada a atuar militarmente no mar, em águas interiores e em certas áreas terrestres limitadas de interesse para as operações navais, incluindo o espaço aéreo sobrejacente. Compreende as Forças Navais, incluídos os meios navais, aeronavais próprios e de fuzileiros navais, suas bases, posições de apoio e suas estruturas de comando e controle, logísticas e administrativas, bem como os meios adjudicados pelos poderes militares terrestre e aeroespacial, entre outros, quando vinculados ao cumprimento da missão da Marinha e submetidos a algum tipo de orientação, comando ou controle de autoridade naval”.

 

            06 - No período das grandes navegações, séc. XV a XVIII, impulsionados por motivos político econômicos da época o homem se lança no desconhecido marítimo, e sob domínio basicamente espanhol e português, sobretudo o português.

             No século XIX, Napoleão Bonaparte tornou-se soberano do império da França, seu objetivo era apoderar-se de toda a Europa. Porém o mesmo não conseguiu com as forças militares e navais da Inglaterra. Para enfrentá-los, Napoleão decretou o Bloqueio Continental, determinação que vetava os países da Europa de negociar com a Inglaterra. Neste momento da história, Portugal e Inglaterra eram velhos cúmplices. A saída encontrada, em conluio com os ingleses, foi a mudança da comitiva portuguesa para o Brasil. Em novembro de 1807, sob proteção da força naval inglesa, D. João, sua linhagem e a nobreza que o rodeava mudaram-se para o Brasil.

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