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Consorcio Modular

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Por:   •  1/10/2013  •  1.940 Palavras (8 Páginas)  •  436 Visualizações

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Consórcio Modular

A grande competitividade entre as empresas, fez com que elas tomem iniciativas, como por exemplo, redução de custos e novos processos.

Em 1995 a Volkswagen do Brasil desenvolveu como uma nova forma de processo, o consórcio modular, que é uma parceria entre cliente e fornecedor. Nesse caso, a Volks é responsável pelo prédio e os fornecedores pelos móveis.

A Volks não era uma tradicional montadora de caminhão, mas nos anos 80 participou de uma joint venture com a Ford, onde surgiu a Autolatina. Mas a parceria não durou, em 1996 cada empresa voltou para seus respectivos donos. Após essa dissolução a Volks queria estabelecer uma relação com os fornecedores, algo que não tinha na Autolatina, mas era desenvolvida pela Ford Brasil.

Quando foi definido que iriam usar o conceito do consórcio modular, era hora de escolher quem seriam seus fornecedores-parceiros. Foram analisadas cerca de 53 empresas, entre elas nacionais e internacionais. Entre essas, foram escolhidas 7 empresas, sendo 3 alemãs; 2 americanas; 3 nacionais; e uma formada pela junção de 2 nacionais e 1 japonesa. Antes a Volks tinha mais de 400 fornecedores, agora são 7, e todos dentro de uma mesma planta. Isso fortalece a relação entre as partes.

O planejamento da produção, manutenção das máquinas são da responsabilidade dos fornecedores e da Volks juntos. Mas a responsabilidade pelo projeto (fabricação, funcionamento e montagem dos módulos no veículo) é de responsabilidade dos fornecedores.

Os fornecedores representam 80% da força de trabalho necessária ao fornecimento de valores ao cliente. De 1.565 empregados apenas 265 são funcionários Volks, e apenas 60 estão no chão de fabrica, o resto esta concentrado na área de vendas e marketing.

A Volks investiu nessa planta US$ 250 milhões, e os fornecedores US$ 42 milhões mais a responsabilidade dos maquinários e materiais para poder desenvolver o trabalho. Foi estabelecido em contrato entre as partes que a montadora iria amortizar os investimentos feitos pelos fornecedores. Eram pagos por parcelas fixas independente do volume. E uma parcela variável que depende do volume aceito pelo controle de qualidade da Volks. Os riscos dos fornecedores são considerados mínimos, já que são remunerados pelo o que realizaram e não por uma previsão, que geraria um excesso de estoque.

Os fornecedores não têm muita chance de cobrar um valor acima do que realmente é, pois a Volks participa de todas as negociações de matéria prima.

As empresas que entraram como fornecedores parceiros e vão estão dentro da planta junto com seu cliente, têm ótimas oportunidades de aprendizado, que na maioria das vezes estão restritas ao domínio da montadora. Já a montadora terá que avaliar o risco de compartilhamento de seus conhecimentos e informações.

Os fornecedores tiveram grandes desafios ao aceitar participar do consórcio modular, Temos dois exemplos de situações diferentes. A VDO, que tinha uma tradição na montagem de velocímetro, tacômetros e congêneres. Mas na Volks teriam que se responsabilizar por todo o módulo incluindo o painel de instrumentos.

A empresa teve que se desdobrar e correr atrás de novas tecnologias, e teve que aprender a administração a nova situação. A Bridgestone e a Borlen tiveram que aprender a trabalhar juntas, pois eram responsáveis pelas rodas e pneus dentro da planta Volks.

Consórcio Modular - O novo paradigma do modelo de produção

Em todo o mundo o processo de produção ligada ao automobilismo sempre esteve sujeito a melhor tecnologia em inovar, tendo como responsabilidade a maior capacitação na organização da produção. O Consórcio Modular se constitui-se na transferência de atividades que antigamente seria da parte da empresa e de seus fornecedores, caso esta atividade continue surgindo bom efeito com certeza futuramente terá tudo para ser o novo paradigma do modelo de organização da produção e da organização em várias áreas da economia mundial.

A Estrutura Modular se destaca como principal inovação. Devido à necessidade de garantir maiores ganhos de produtividade como vantagem competitiva surge este tipo de organização. Com essa inovação as organizações relacionadas a essas áreas terão um diferencial no mercado, com isso, serão capazes de realizar projetos, montar sistemas, realizar a montagem do produto final e gerir a sua própria cadeia de fornecedores. Assim as estratégias das empresas ligadas ao ramo mudarão, pois se anteriormente as mesmas focalizavam suas estratégias na gestão da produção, agora com o Consórcio Modular, o foco passará a ser no projeto do produto, qualidade, distribuição e marketing. E o foco na produção passa a ser de responsabilidade dos fornecedores que anteriormente se preocupavam somente em entregar os sistemas para montadora.

O primeiro projeto do Consórcio Modular surgiu na Indústria Automobilística na fábrica da Volkswagen em Resende no Rio de Janeiro. O projeto foi feito por Jorge Ignácio Lopez de Arriortua, e o mesmo também já estudava essas inovações na forma de organização industrial quando trabalhava na General Motors. Com o Consórcio Modular gerando um novo modelo de produção, encontramos um aumento na capacitação de fornecedores e transferência tecnológica dos produtos promovidos pela indústria e pelo estreitamento das parcerias, tornando os elos mais profundos.

A modulação da produção acarretou mudança do foco das empresas e em seguida em toda área produtiva, na indústria automobilística anteriormente o foco era a montagem, com o surgimento do Fordismo. Depois houve o surgimento da terceirização com Sloan na GM.E nos dias de hoje as empresas estão focando seus negócios no projeto, qualidade, distribuição e comercialização de seus produtos, depositando confiança na montagem com seus parceiros. Como a indústria automobilística foi sempre referência em termos de modelo de produção no mundo, espera-se que os demais setores industriais sigam a mesma linha de modularização, surgindo assim um novo sistema de produtos sem fábricas, ancorados em suas marcas.

Com isso, as indústrias líderes em diversos setores econômicos deverão reordenar suas atividades em função da nova estratégia, focando a sua estratégia no desenvolvimento do design, arquitetura global do produto, política de marketing e comercialização. Procurando assim a integração com os parceiros em uma política bem definida de transferência tecnológica, tornando os fornecedores em co-fabricante. Espera-se assim, uma revolução da forma de organização empresarial, atribuindo grandes mudanças na forma de organizar a produção e o trabalho.

O consórcio

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