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Consorcio Modular

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Por:   •  2/11/2014  •  1.349 Palavras (6 Páginas)  •  209 Visualizações

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CONSÓRCIO MODULAR: O NOVO PARADIGMA DO MODELO DE PRODUÇÃO

DEPRO / Escola de Minas / UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto

RESUMO: Recentemente, automotiva fabrica têm vindo a tentar transferir parte das suas atribuições para os fornecedores, que objetivo de garantir maior produtividade e ganhos em

dessa forma, para obter vantagem competitiva. Neste sentido, o Consórcio Modular representou um radical caso de transferência de atribuições, sendo considerado um sistema revolucionário no mundo. A fábrica de caminhões e ônibus da Volkswagen em Resende (RJ), inaugurado em 1996, é baseado no Consórcio Modular e, desse modo, ele integrou os fornecedores finto a linha de montagem. Neste texto são apresentados conceitos básicos do Consórcio Modular e uma pequena descrição da planta de Resende.

• Introdução

A indústria automobilística sempre foi considerada como inovadora dos padrões de produção em todo o mundo, responsável pelas principais mudanças na forma de organizar a produção e o trabalho.

Podemos citar como exemplos as inovações introduzidas por Henry Ford com a produção,

em massa, a criação de grandes corporações industriais verticalizadas com Slogan na General Motors, a produção enxuta desenvolvida por Olmo na Toyota, os Grupos Semi-autônomos implementados na Volvo e, mais recentemente, o Consórcio Modular implementado na fábrica da Volkswagen em Resende-RJ.

O Consórcio Modular é uma forma radical de outsourcing, constituindo-se na transferência de diversas atividades, que, antes, faziam parte das atribuições da empresa, entre esta e seus fornecedores. Pode-se supor que, caso a experiência continue se mostrando bem sucedida como parece ser, poderá, no futuro, tomar-se um novo paradigma do modelo de organização da produção e da organização do trabalho em diversos setores da economia mundial. No inicio da década de 90, deu-se o início da abertura econômica brasileira. Anteriormente o mercado brasileiro era altamente protecionista, onde nossos produtos eram protegidos com altas taxas de importação favorecendo o mercado local.

Com o surgimento de um novo ambiente econômico mundial, os defensores da globalização e do neoliberalismo acreditavam que em um mercado global não deveria existir barreira comercial, o que poderia melhorar consideravelmente a distribuição de produtos e riquezas.

No Brasil não foi diferente. A abertura promovida pelo presidente Fernando Collor de Melo em 1990 provocou um choque nas indústrias nacionais. A maior parte das empresas brasileiras não estava preparada para a abertura econômica e seus produtos não eram competitivos em relação aos importados.

Podemos citar como principal exemplo a indústria automobilística brasileira na qual tanto as montadoras e as indústrias de autopeças se encontravam totalmente atrasadas tecnologicamente eorganizacionalmente para competir com a indústria mundial. (Abiq & Zilboviqius; 1994) Outra mudança foi o surgimento do MERCOSUL, mercado comum do cone sul, que permitiria no futuro a comercialização de produtos entre os países membros com taxas de importação menores e em alguns casos nulas, ampliando o mercado de comercialização dos produtos fabricados pelos países membros

Logo, a abertura econômica e o surgimento do MERCOSUL promoveram uma oxigenação na indústria automobilística brasileira através de investimentos em tecnologia, novos mix de produtos, ganhos de produção e novas formas de gestão. Como conseqüência, podemos assistir, nesta década, o grande crescimento da nossa indústria, com o estabelecimento de diversas montadoras no país e maiores investimentos das montadoras já instaladas, tornando o setor automobilístico brasileiro

Um dos mais competitivos do mundo.

• Estrutura Modular

A abertura econômica provocou também, uma total reformulação das empresas de autopeças. A grande parte das empresas eram empresas familiares e de pequeno e médio porte, e devido ao atraso tecnológico e condições financeiras, não foram capazes de realizar investimentos em tecnologia, necessários às novas exigências do mercado.

Conseqüentemente podemos observar dois fatos importantes. O primeiro foi à redução do número de empresas do setor. Em 1990 existiam cerca de 2000 empresas e atualmente existem cerca de 250 empresas. (www.automotivebusiness. com). O segundo fato foi o processo de aquisição de empresas antes familiares por empresas multinacionais do setor, a fusão entre empresas e joint venture (investimento de risco compartilhado entre duas ou mais empresas) entre algumas empresas nacionais com multinacionais a fim de possibilitar uma transferência de tecnologia.

Neste contexto, podemos apresentar como a principal inovação ocorrida, o surgimento de a Estrutura Modular. Nesta nova forma de gestão da cadeia produtiva, o sentido de Parceira significa um forte elo de associação entre as montadoras e seus fornecedores. Todos são responsáveis pelos investimentos e riscos do empreendimento em busca de um resultado comum.

Este tipo de organização surgiu da necessidade de garantir maiores ganhos de produtividade como vantagem competitiva.

As montadoras buscavam simplificar a cadeia produtiva com a diminuição do número de fornecedores, com o estabelecimento do Mtourcing, definindo-se um novo conjunto unto de necessidades a serem atendidas pelos fornecedores, como no Global Sourcing, onde os fornecedores são chamados a participar no projeto e desenvolvimento do produto e a fornecer sistemas e módulos

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