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Cultura:um conceito antropológico

Por:   •  7/4/2016  •  Resenha  •  1.286 Palavras (6 Páginas)  •  354 Visualizações

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Cultura: Um conceito antropológico, é um livro escrito por Roque Laraia em  1 de janeiro de 1986, que nos trás em toda a sua visão, uma grande amplitude relacionada a cultura, e quais os princípios e pontos principais que fazem deste, um assunto muito abordado e complexo.

Logo no início do livro, vemos a ênfase dada por estudiosos e antropólogos ao modo de vida de outros povos e outras culturas, mostrando de vários ângulos, a linha de pensamento formada por estes pioneiros na pesquisa e estudiosos de épocas distintas, mesmo sendo concreta a afirmação de que não há fundamento nas teorias relacionadas ao determinismo biológico e geográfico para comprovar a forma de vivências de tais grupos, como era tido como certo por muitos pesquisadores..

A questão de surgimento e caracterização da cultura foi, com o passar de vários séculos sendo discutido de formas muito diferentes, com pensamentos de princípios muito avessos, como vemos logo a princípio do livro, porém, mesmo com pensamentos diferentes, ao reunirmos todo o trabalho e seuspensamentos, podemos seguir diversas linhas de raciocínio que nos leva a uma forma de pensar totalmente totalmente nova. Partindo de teorias passadas para a criação de novas, abrangentes e complexas, que envolvem muito mais do que questões científicas ou sociais.

No primeiro capítulo do livro, nos deparamos com o conceito de Determinismo biológico, que foi muito defendido como um fator principal e determinante de como surge a cultura de um ser. E ao percorrermos ele, temos como certo que o determinismo biológico não influencia o aprendizado e o engendramento de determinada cultura, processo denominado pelo autor como endoculturação.


Essas teorias que embasam este conceito, foram reforçadas uma vez que denominava uma classificação de um grupo de pessoas, as rotulando de acordo com sua genética. Essas teorias eram repletas de etnocentrismo e do próprio racismo em si, o que tirava a imparcialidade e credibilidade que pudessem ter essas ideias, pois a partir do momento em que um pensamento etnocêntrico, ou seja, um pensamento idealista que coloca sua cultura em grau de comparatividade com outra, julgando uma dessas melhor que a outra, assim perdendo força com o tempo.

O conceito de determinismo biológico, embora seja descartável, tem muitas implicações que nos levam a considerá-la em alguns ângulos, como o fato de a criança ao ser gerada, mesmo podendo crescer em diversas culturas diferentes, podendo absorver o máximo destas, carrega traços gênicos de seus pais, o que pode ser considerado como um modo de cultura passado por um grupo de familiares. A implicação que todo conceito relacionado a cultura é imenso, ainda mais levando em consideração, que no mundo no tempo atual, tem se mostrado com uma mesclagem ainda maior e transmissão de culturas diversas.

Temos por descartada essa teoria, com uma citação de Félix Keesing: “Não existe correlação significativa entre a distribuição dos caracteres genéticos e a distribuição dos

comportamentos culturais. Qualquer criança humana normal pode ser educada em qualquer cultura, se for colocada desde o início em situação conveniente de aprendizado”. Esse pensamento, apesar de atualmente mostrar-se óbvio abriu uma porta para discussões e para a saída da ilusão de restrição por parte gênica, como por exemplo, de que todos os judeus, sem exceção, seriam avarentos.

Seguindo a mesma trilha do primeiro capítulo, podemos descartar teorias criadas a partir do conceito de determinismo geográfico, que tinha como ideia principal de que grupos que encontravam-se em espaços geográficos semelhantes, com clima, relevo e vegatação semelhantes, deveriam comportar-se de formas parecidas. A partir deste raciocínio, grupos diversos que vivessem em um ambiente próximo, em um memso território, em mesmas condições, deveriam compartilhar de culturas no mínimo semelhantes

 A afirmação mais tarde foi completamente descartadas no próprio capítulo como por exemplo o modo de vida e cultura dos lapônios e esquimós, que vivem em uma área com uma temperatura baixíssima, e muitas limitações no modo de vida, e embora ambos os povos sejam nômades, estes constituem sua cultura, seu modo de vida de forma bem distinta, sendo possível acompanhar essa diferença mesmo no modo como suas moradias são constituídas até a relação com os animais e seus modos de locomoção.
Já em um exemplo mais próximo, podemos considerar os estados do Brasil, no qual a única semelhança gritante seja o compartilhamento do mesmo território, pois em cada estado que se passa a cultura é diferente, desde a alimentação, até a forma de falar, suas vestimentas e etc.

Considerações finais

  A obra até onde pudemos ver é totalmente contrária aos conceitos de determinismo biológico e geográfico, não tendo mais como certezas, e sim reduzindo a teorias subjetivas, não sendo como determinantes da cultura de um povo, e aparecendo no máximo como uma simples característica comum que ocasionalmente ocorre. Temos a certeza partindo de análises históricas e científicas mostrados pelo autor de que a cultura pode se desenvolver das mais diversas e parecidas formas possíveis em qualquer lugar do mundo, sejam eles próximos ou longínquos, não levando consideração, raça, etnia, ou localização geográfica.

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