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DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL

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Por:   •  7/10/2013  •  6.109 Palavras (25 Páginas)  •  292 Visualizações

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DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL: Elementar, meu caro Administrador!

Resumo

Este texto introduz uma discussão sobre Diagnóstico Organizacional, buscando reafirmar a competência técnica do Administrador e tentando justificar ou argumentar em favor do estudo tal assunto em nível de um Curso de Graduação Universitária em Administração, autonomamente. A importância para o administrador de tal matéria e alguns fundamentos do conceito em si, dos princípios e das práticas vigentes, foram abordados com o intuito de tornar o conteúdo interessante para um disciplina no currículo.

Foi elaborado a partir de revisão da literatura tanto sobre modelos de intervenção quanto sobre diagnóstico organizacional mais especificamente, além da vivência de um dos autores em processos de consultoria organizacional e em ensino da matéria ao longo de alguns anos. Os dois autores, de posse de uma série de informações sobre o assunto, proveniente de investigações de campo e de documentos, procederam uma sistematização conceitual, de forma a apresentá-lo, didaticamente.

De forma parcial, a partir das análises efetuadas sobre a matéria – fundamentos do diagnóstico organizacional, modos em que eles são desenvolvidos e orientações para construção de um esquema – foi possível concluir ser imprescindível à formação do Administrador o estudo de tal assunto, pois que, é indispensável para o entendimento da realidade organizacional. Em vista disto, é apresentada uma proposta de um curso sobre a matéria, para formandos em Administração.

Área temática: Matérias Básicas, Profissionalizantes e Concentrações em Habilitações

Considerações Iniciais

Em verdade, a partir da Reformulação do Curso de Administração, no Brasil, normalizada pelo Conselho Federal de Educação, estudiosos sobre o assunto passaram a preocupar-se mais incisivamente com o processo de formação do Administrador, preocupação esta, traduzida nas diversas tentativas de mudanças curriculares, que vem sendo procedida pela Escolas de Administração – exemplos disto podem ser observados em textos contidos nos Anais dos ENANGRAD – Encontro Nacional dos Cursos de Graduação em Administração/Encontros da Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração. Abriram-se novas perspectivas no trato do assunto; está claro que os preceitos anteriores não eram mais válidos – os quais estavam associados a formação de umTécnico de Administração. Entretanto, não se tem muito claro quais novos preceitos deverão dominar. Cada instituição universitária, nos vários pontos do país, está tentando encontrar caminhos que possam expressar um ideal de muito desejado – há tempo já se defendia a idéia de formação de um Administrador.

Nesse contexto, indubitavelmente, a ANGRAD – Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração – tem tido o papel de agregar as diversas idéias a respeito, através dos seus encontros anuais, assim como outras formas de comunicação interinstitucional – mais ainda, agora, em que a ANPAD – Associação Nacional dos Cursos de Pós-Graduação em Administração – extinguiu de seus encontros a área temática de Treinamento e Desenvolvimento de Administradores. Enfim, quais disciplinas devem estar contidas neste ou naquele projeto pedagógico – ou que devem constituir o conteúdo de formação do administrador – não é uma questão fechada, mesmo porque, nem acreditamos que algum dia será!

Com o novo projeto pedagógico do Curso de Administração da Universidade Estadual de Maringá, iniciado em 1991, resolveu-se discutir em separado o assunto Diagnóstico Organizacional, apesar de já haver propostas em andamento para integrar tal assunto à disciplina Diretrizes e Práticas Administrativas ou até mesmo no início da disciplina Estágio Supervisionado. Mas, temos lutado pela independência na discussão de tal assunto, o que tentaremos justificar. Buscando levar alguns esclarecimentos a comunidade de estudiosos de Administração, em particular, da Universidade Estadual de Maringá, é que nos propomos, neste texto, ensaiar um discurso sobre a matéria, caracterizando o que seria um diagnóstico organizacional e seus elementos essenciais na perspectiva de quem administra; seus modos possíveis, alternativos e complementares de desenvolvimento, e os resultados, as amplitudes e as limitações que se pode esperar do processo, assim como uma proposta, a partir de vivência educativa, para uma disciplina autônoma.

Após estas poucas considerações que demonstram parte de uma preocupação mais acentuada com a matéria, é que sugerimos, então, discutir o assunto, aqui neste texto, através de três itens: (1) Fundamentos do diagnóstico organizacional: do significado geral ao significado que interessa ao administrador; (2)Desenvolvimento do diagnóstico organizacional: dos diversos modos possíveis à tendência de cada um; e (3) Modelo organizacional e aspectos de um modo de diagnóstico: do modo de pensar a organização ao modo de intervir/diagnosticar. Além disto, nas considerações finais, pretendemos, a partir de uma experiência que está sendo vivenciada, indicar uma estrutura disciplinar para o assunto.

Em tempo, como pudemos observar pela bibliografia indicada, diversos textos já foram desenvolvidos por pensadores de diversas linhas de pensamento administrativo. O texto que ora colocamos para a comunidade destacada diferencia-se dos mesmos no sentido de que ele procura não só apresentar um método de desenvolver um diagnóstico, como trazer a baila algumas reflexões importantes que facilitaria ao administrador encontrar um modo que lhe fosse próprio, e não, torná-lo apenas um replicador de esquemas de outros.

Não pretendemos, por ora, esgotar o assunto, nem mesmo aprofundarmo-nos em todas as particularidades, mas sim, abrir um novo espaço de debate, permitindo que avancemos no instrumental inerente a quem administra. Ainda, a limitação de nosso discurso se prende ao fato de apenas tratarmos o assunto de uma forma geral. Todavia, isto não nos parece uma restrição para esclarecer o mesmo; muito pelo contrário, apresenta-se com a vantagem de introduzir a questão, além de provocar uma angústia necessária a quem está envolvido – seja como estudioso, seja como praticante – neste processo que tentamos demonstrar como inerente ao próprio ato de administrar organizações com ou sem fins lucrativos, de grande a micro empresas, e em contextos de natureza diversa.

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