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Da Rotina à Flexibilidade: Análise Das Características Do Fordismo Fora Da Indústria

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Por:   •  28/3/2015  •  498 Palavras (2 Páginas)  •  2.931 Visualizações

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FORDISMO E PÓS-FORDISMO

Dizem que o novo sempre vem, eu mesmo já testemunhei a sua chegada várias vezes, mas, no caso da Organização da Produção e de Gestão de Pessoas, ainda aguardo ansioso a sua chegada. Muitos profetas continuam, ainda, a proferir seus sermões da montanha, mas, como diria Olavo Bilac: “Ai! Quem há de dizer as ânsias infinitas / Do sonho”.

Não se pode afirmar que Henry Ford (1863-1947) inventou a roda, mas, o que se sabe é que ele precisava fabricar carros bons e baratos e para tanto tinha à necessidade de criar um sistema que lhe permitisse realizar o seu sonho.

O sistema de produção denominado de fordismo é característico da organização da produção capitalista até meados dos anos 70 do século passado. Suas características foram bem explicitadas por Zygmunt Bauman: "Entre os principais ícones dessa modernidade estavam à fábrica fordista, que reduzia as atividades humanas a movimentos simples, rotineiros e predeterminados, destinados a serem obediente e mecanicamente seguidos, sem envolver as faculdades mentais e excluindo toda espontaneidade e iniciativa individual" (Bauman, 2001: 33/34).

A partir da década de 70 em diante, houve uma transformação organizacional da produção, como forma de se proteger das mudanças econômicas que estavam em ritmo cada vez mais veloz, como conseqüência do fim do padrão ouro e do acordo de Breton Woods, o que por sua vez tem muito a ver com a guerra do Vietnã e com a crise do petróleo. Os mercados eram cada vez mais diversificados e as transformações tecnológicas faziam com que os equipamentos de produção que tinham apenas um objetivo se tornassem obsoletos. "O sistema de produção em massa ficou muito rígido e dispendioso para as características da nova economia. O sistema produtivo flexível surgiu como uma possível resposta para superar essa rigidez" (Castells, 1999a: 176). O fordismo se enfraqueceu, a partir do final do século XX, com a introdução de novos métodos de trabalho.

Nesse contexto, surge um modo original e novo de gerenciamento do processo de trabalho: o toyotismo. Nele os trabalhadores tornam-se especialistas multifuncionais. Ele elevou a produtividade das companhias automobilísticas japonesas e passou a ser considerado um modelo adaptado ao sistema produtivo flexível. Dentre as suas características temos: a existência de um relacionamento cooperativo entre os gerentes e os trabalhadores, ou seja, uma hierarquia administrativa horizontal; controle rígido de qualidade; e "desintegração vertical da produção em uma rede de empresas, processo que substitui a integração vertical de departamentos dentro da mesma estrutura empresarial" (Castells, 1999a: 179). Não há mais uma rígida separação entre a direção (que pensa) e o operário (que executa).

FONTES: FRAGA, Alexandre. Da rotina à flexibilidade: análise das características do Fordismo fora da indústria. Revista habitus: revista eletrônica dos alunos de graduação em Ciências Sociais – IFCS/UFRJ, Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, p.36-43, 30 mar. 2006. Anual. Disponível em: .

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.

CASTELLS, M. A Sociedade em Rede, Vol. I de A Era da informação: Economia,

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