TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

ESCOLA E DIVERSIDADE CULTURAL

Artigo: ESCOLA E DIVERSIDADE CULTURAL. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  14/10/2013  •  2.685 Palavras (11 Páginas)  •  490 Visualizações

Página 1 de 11

Introdução

Este trabalho tem por objetivo a construção parcial de minha infância, no ensino fundamental, no ensino médio e em minhas expectativas em fazer o ensino superior. Momentos que eu vivi, e que contribuíram para a formação da minha identidade pessoal. É de fundamental importância que a Educação seja o alvo principal do aluno e que haja uma estrutura familiar exemplar em sua vida. Em fim a pedagogia é responsável pelo ensino não só de escolas mais em ambientes não escolares.

As memórias de sua infância e das experiências vivenciadas na escola

Entrar na escola foi algo tão marcante que ainda lembro-me das primeiras aulas, da primeira professora, da escola e tudo mais que dela fazia parte. Quando fiz sete anos de idade meus pais me colocaram na escola de ensino fundamental "Maria Isabel Falcheto”, entrei na primeira série, eu adorava aquela escola. Gostava tanto de lá, da tia dos meus amiguinhos, o que eu mais queria era aprender logo a ler e a escrever.

Fazia todas as minhas atividades com capricho e quando trazia as lições de casa minha mãe exigia que eu fizesse muito bem, do contrário, arrancava as folhas e fazia com fizesse tudo de novo, tenho certeza que de certa forma, apesar de rígida, me fez mais atenciosa e organizada, tendo responsabilidade com minhas coisas. Aprendi a ler e escrever no ensino fundamental era um estudo delineado por cartilhas. Para mim, era interessante e prazerosa, mesmo sendo uma cartilha. Os professores faziam com que memorizássemos as combinações relação letra fonema, famílias silábicas, etc. Não havia a necessária relação À cartilha era prazerosa porque cada sílaba que aprendia a ler era algo recompensador, era mais uma descoberta, para mim havia um significado, o que aprendia ali na escola conseguia identificar em minha realidade conseguia ler as letras sílabas que via em anúncios, placas, rótulos, revistas, entre outros com o conteúdo. Acredito que naquela época essa era uma maneira de ensinar muito boa, aprendíamos, tornávamos-¬nos capazes de redigir corretamente no que se refere ao padrão ortográfico. O mais interessante da época dos meus primeiros anos de escola é que, mesmo quando estava em casa, à brincadeira predileta passou a ser a imitação do que ocorria na sala de aula. Não demorou muito para que meus pais me arrumasse uma tábua grande e larga que serviria de quadro negro ,o que tornaria completa a simulação diária realizada com minhas irmãs e amigos da rua: criávamos nossa sala de aula, eu dava ¬lhes lições, atividades, era uma delícia, quanta coisa aprendemos juntos, foi uma fase muito boa! Até uma de minhas irmãs, que não gostava de estudar, se divertia. Da 2ª a 4ª série não me lembro das provas e testes que eram dados, acredito que não foram tão marcantes para mim. Mas havia ênfase novamente na memorização, a professora passava o conteúdo ao aluno, não havia debates e reflexões sobre os temas estudados, havia uma centração na figura do professor. Enfim, todo esse ensino foi marcado por atividades de instrução, baseadas no ensino de leitura, escrita e aritmética, nas ciências naturais e sociais e outras atividades ligadas ao currículo formal para cada série. Naquela época era proibida qualquer desatenção ou conversa em sala de aula, o silêncio era a principal regra que deveríamos obedecer depois de ordenados em fileiras nas salas de aula. As rotinas de trabalho na sala de aula passavam pela leitura individual e em voz alta das lições do livro de Português. Estudar matemática assustava um pouco, os alunos tinham que ter decorado a tabuada. Cometer um erro, no momento em que a professora perguntava individualmente, era fatal. Tenho fortes recordações da separação da turma entre fileiras dos sabidos e fileiras dos burros. Dedicar se aos estudos, naquele momento representava, em primeiro lugar, a chance de ficar isento da vergonha de não saber, depois, a busca da valorização atribuída pelo professor aos alunos que tivessem os melhores desempenhos e, por fim, significava entrar no jogo da competição entre colegas pelas melhores notas. Um dos momentos mais esperados era o resultado final e a aprovação para a série seguinte Aprendi a ler e escrever, porém, nem tudo eu sabia interpretar. Percebi isso quando comecei a cursar a 3ª série, para a professora era importante não apenas decorar memorizar o conteúdo a ser discutido, mas ainda saber explicá-lo. Essa professora tinha como proposta fazer com que seus alunos pesquisassem artigos de jornais e os trouxessem para a escola, a fim de explicálos. Quando chegou o dia de minha apresentação para a classe, levei uma reportagem sobre levei uma reportagem sobre Aeromodelismo, o mais importante eu não consegui explicar: o que era aeromodelismo. Havia decorado a reportagem, não a interpretava. Nesse dia, a professora me falou mal, falou que eu levava uma reportagem, mas não sabia explicá-¬La, que aquilo estava errado, falou muito e a conclusão foi que me decepcionei tanto, que nunca mais quis apresentar nenhum trabalho ou mesmo me apresentar em público.

Ela me expôs ao ridículo e isso carreguei a vida inteira comigo, como um trauma; sentia ¬me incapaz. Nessa época, nem todos os professores eram flexíveis a ponto de nos instruir e fazer intervenções. Depois dessa apresentação me retrai tanto que o erro passou a ser algo terrível pra mim. Comparando esse fato com minha prática, sempre me vigio para que, pelo menos, eu tente não cometer os mesmos erros que algumas de minhas professoras cometeram. Passei a adquirir hábitos de observação, a desenvolver minha capacidade de imaginar e ter ideias, a projetar ¬me para o futuro. Da 4ª série tenho vagas lembranças do ensino: gostava muito da professora, ela era dinâmica, alegre e brincava muito com os alunos, porém, adepta do livro didático seguiu ao do começo ao fim. Ter sido aluna dessa escola significou o fortalecimento de minha habilidade em sonhar, em produzir novos sentidos para a vida, para o estudo. Sei que fui muito feliz naquele espaço ao aprender, brincar com os amigos no intervalo, cair, melar, estudar, memorizar, decorar, namorar, brigar, crescer. Portanto, nesse período, a escola não me chamava à atenção no sentido relacionado ao ensino, gostava de ir para me divertir, estar com amigos, para aprender junto com eles o que na verdade a escola as aulas não ofereciam. Adorava as professoras de ciências,matemática,história elas conseguiram me mostrar¬ a importância dessas matérias. Buscava

...

Baixar como (para membros premium)  txt (15.6 Kb)  
Continuar por mais 10 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com