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ESTUDO DE CASO: AVALIAÇÃO DOS CONHECIMENTOS DOS PORTEIROS DE EDIFICAÇÕES MULTIFAMILIARES DE ÁGUAS CLARAS SOBRE OS SISTEMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

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Por:   •  15/6/2014  •  2.905 Palavras (12 Páginas)  •  818 Visualizações

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ESTUDO DE CASO: AVALIAÇÃO DOS CONHECIMENTOS DOS PORTEIROS DE EDIFICAÇÕES MULTIFAMILIARES DE ÁGUAS CLARAS SOBRE OS SISTEMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

PÉRSIO MOREIRA DE ATAIDE RAMOS

Resumo:

Esta pesquisa investigou se os porteiros de edificações multifamiliares da Região Administrativa de Águas Claras (RA XX) conhecem e sabem utilizar os Sistemas de Segurança Contra Incêndio e Pânico do lugar onde trabalham. A pesquisa teve caráter quantitativo e verificou por meio de questionários esses conhecimentos. Por força de lei, essas edificações são obrigadas a contar com esses dispositivos de segurança, mas além de fiscalizar a existência desses sistemas, é importante saber se eles serão utilizados da maneira adequada caso ocorra algum incêndio. Apesar de uma boa parte da amostra ter recebido treinamento, isso não se comprovou em perguntas e testes que avaliavam seus conhecimentos. Os resultados obtidos poderão ajudar o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) no desenvolvimento de atividades, que possam conscientizar a população para minimizar os danos causados pelos incêndios.

Palavras-chave: Bombeiros. Edificações. Incêndio. Porteiros. Prevenção. Sistemas.

1 INTRODUÇÃO

Os Sistemas de Segurança contra Incêndio e Pânico foram desenvolvidos para melhorar a segurança das pessoas e das edificações. Esses dispositivos podem ser automáticos ou necessitar de pessoas para operá-los. Por se tratarem de equipamentos destinados a população em geral, existe a necessidade de avaliar se as pessoas conhecem e sabem utilizar esses sistemas.

Nessa pesquisa, essa avaliação se restringiu aos porteiros de edifícios multifamiliares da Região Administrativa de Águas Claras, mas seus resultados podem servir de parâmetro para pesquisas posteriores sobre o assunto.

Os dados obtidos poderão auxiliar o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) na adoção de medidas que visem aprimorar o conhecimento da população acerca da segurança contra incêndio, pois pessoas mais preparadas podem ajudar o CBMDF na preservação da vida e do patrimônio alheio.

Ao CBMDF compete, por meio da Diretoria de Serviços Técnicos: estudar, elaborar normas técnicas, analisar, planejar, fiscalizar e fazer cumprir as atividades atinentes a segurança contra incêndio e pânico (DISTRITO FEDERAL, 2000). De nada adianta

essas atividades serem realizadas, se as pessoas não utilizarem os Sistemas de Segurança contra Incêndio e Pânico, seja por desconhecimento ou por falta de segurança nos equipamentos.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Segundo GDF (2006) o território do Distrito Federal foi dividido em 29 Regiões Administrativas (RA) com a finalidade de facilitar sua administração.

GDF (2006) relata que o bairro de Águas Claras surgiu em 1984 como forma de atender à crescente procura por novas habitações e em 1989 foi regularizado a partir da invasão denominada Vila Areal, configurando as quadras pares do referido bairro, como parte da Região Administrativa III – Taguatinga. Em 2003 Águas Claras foi transformada em uma RA por desmembramento da área de Taguatinga.

Por ser uma RA que conta com edificações altas, sistemas de segurança contra incêndio e pânico de acordo com as normas vigentes e pelo fato de suas edificações terem sido recentemente vistoriadas pelo CBMDF, essa RA foi escolhida para ser alvo da pesquisa.

Existem atualmente 415 edifícios multifamiliares habitados em Águas Claras segundo a sua Administração Regional. Considerando que os porteiros trabalham em uma escala de 12hX36h, devem existir quatro porteiros por edificação, totalizando uma amostra de 1660 porteiros. Para definir o tamanho da amostra foi utilizada a proposta de cálculo de amostra para população finita, expressa em Gil (1999). Para o cálculo foi adotado um erro máximo permitido de 13%. O tamanho da amostra calculada foi de 48 porteiros.

Foram realizados questionários com porteiros de 50 edificações multifamiliares da Região Administrativa de Águas Claras (RA XX) durante o mês de abril de 2010.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

A criação dos Sistemas de Segurança contra Incêndio e Pânico no Brasil e no mundo se deu a partir de grandes desastres. Incêndios como os dos edifícios Andraus – São Paulo, 1972, 16 mortos – e Joelma – São Paulo, 1974, 179 mortos – motivaram as pessoas a desenvolverem dispositivos que tornassem as edificações mais seguras, e que auxiliassem os bombeiros nas ações de evacuação e de combate a incêndios.

Telmo Brentano disserta sobre esse fato:

Nas décadas de 70 e 80 do século passado houve grandes incêndios em edifícios altos e lojas de departamentos no Brasil, como nos edifícios Andraus – 31 andares (1972), Joelma – 25 andares (1974) [...] Esses eventos demarcaram sobremaneira um novo período com a preocupação com a segurança contra incêndios nas edificações. Foram incêndios que centenas de pessoas perderam a vida, danos materiais incalculáveis, perdas de documentos importantes e geraram uma fobia coletiva do fogo nas grandes edificações. Por sua vez, geraram também uma preocupação, embora tardiamente, por parte dos governos federal, estaduais, municipais, [...] com a segurança nas edificações de uma forma geral. (BRENTANO, 2007, p.35).

Devido a essas grandes tragédias que causaram muitas mortes e elevados danos materiais, as autoridades passaram a cobrar e fiscalizar a existência desses sistemas de segurança contra incêndio e pânico (BRENTANO, 2007).

As proteções contra incêndio e pânico são divididas em dois grupos: as de proteção passiva ou preventivas e as de proteção ativa ou de combate. O engenheiro Telmo Brentano explica a diferença entre as duas:

As medidas de proteção passivas ou preventivas têm por objetivo minimizar as possibilidades da eclosão de um princípio de fogo, bem como reduzir a probabilidade de seu alastramento e as medidas de proteção ativas e de combate visam agir sobre o fogo já existente, para extingui-lo ou, então, controlá-lo até a chegada do corpo de bombeiros ao local, criando facilidades para que este combate seja o mais eficaz possível. (BRENTANO, 2007, p. 39).

O Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Distrito Federal (RSIP-DF), aprovado pelo Decreto do Governo do Distrito

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