Ensino De Matemática No EJA

Introdução

Estudar a educação de jovens e adultos (EJA) não é apenas ter a curiosidade ou a pretensão de caracterizar o público atendido nesta modalidade. Muito mais que isso, é tentar enxergar onde se pode melhorar e, onde pode- se contribuir para um efetivo processo de ensino- aprendizagem.

Sabe-se que a maioria dos alunos da EJA vem de classes que deixaram de frequentar o ensino regular por motivos dos mais variados desde a sua reprovação por número de faltas até aqueles que tiveram de escolher um tempo para trabalho e sobrevivência ao invés do estudo.

Quando se trata de educação de jovens e adultos, o que primeiro vem em nossas mentes é o aluno marginalizado, excluído da mesma sociedade que deixou de acolhe-lo e incentivá-lo quando o insucesso escolar o englobou.

Em muito, vê-se o educando da EJA como um trabalhador e, muitos estudos baseiam-se nesta temática. Em se tratando de evasão ou repetência muitos autores afirmam que isso deve-se à inadequação das condições de estudo e dos modelos pedagógicos.

Aluno matriculado na EJA, busca dentre muitas conquistas, uma melhor integração no contexto social dominante. Este almeja fazer parte das discussões que envolvem os eu cotidiano, uma vez que é parte integrante do mundo à sua volta.

A educação de Jovens e Adultos vem sendo escrita na história da Educação brasileira em capítulos nos quais estão narradas várias faces dessa modalidade de ensino. Faces estas, ora vistas por políticos e governantes, ora vistas por educadores.

Sob o olhar dos governantes, essa massa de pessoas inaptas de seus direitos e deveres de cidadãos brasileiros tornam-se pontos de referência quando o assunto é modernidade. Outra questão é a violência que se alastra principalmente pelo não acesso ao progresso, uma vez que novamente é sinônimo de improdutividade e consequentemente gera desordem e facilidade para o tráfico e outros meios ilícitos de sobrevivência.