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Eja E A Dificuldade De Ensino

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Por:   •  4/11/2014  •  2.768 Palavras (12 Páginas)  •  507 Visualizações

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1 O EDUCANDO DO EJA, REALIDADE QUE O CERCA E SUAS NECESSIDADES.

Na vida cotidiana há vários investimentos, ou escolhas, que nos deparamos todos os dias precisando tomar algumas decisões; o trabalho é a decisão mais obrigatória que acontece na vida do ser humano. Em conjunto está o conhecimento que também se obriga na trajetória da vida. Porém o trabalho é um investimento de consequência imediata: trabalha-se hoje, se gasta os rendimentos amanhã. Já o conhecimento é um investimento de longo prazo: o que se aprende se detém por toda a vida.

“Os jovens e adultos trabalhadores lutam para superar suas condições de vida (moradia, saúde, alimentação, transporte, emprego, etc.) que estão na raiz do problema do analfabetismo. O desemprego, os baixos salários e as péssimas condições de vida comprometem os seus processos de alfabetização... O analfabetismo é a expressão de pobreza, consequência inevitável de uma estrutura social injusta”. (GADOTTI, 2008).

Um número muito elevado de alunos é daqueles que não puderam estudar na idade regular por terem que trabalhar para ajudar em casa, muito novos largaram os estudos por não terem tempo disponível, pois passavam a maior parte do seu dia trabalhando, alguns porque tinha que ajudar os pais e outros que não tinham pais ajudar a mãe a sustentar a casa.

Muitos desses alunos da Educação de Jovens e Adultos trabalhavam em lugares que não era exigida escolaridade, por isso muitos não aprenderam nem a escrever o seu próprio nome, já outro perfil de aluno é daqueles os quais os pais preocupados com a educação colocaram na escola e lhe proporcionaram todo o material e apoio necessário para que o educando se formasse mas por não se interessarem e outros por terem dificuldade no aprendizado acabaram repetindo muito de ano e ficando com a idade desregular a de seu ano, e por conta própria decidem parar os estudos e quando a idade fica muito desproporcional a própria escola passa o aluno para a noite, onde isso muitas vezes ajuda o aluno a parar com os estudos.

Um grande motivo para esses alunos voltarem a estudar mais tarde, com a intenção de realmente aprender e terminar os estudos, é o fato de muitos precisarem ter um grau de escolaridade para serem aceitos em devidos empregos que tem essa exigência, na maioria das vezes isso acontece com o cidadão jovem que parou de estudar por que quis, e que depois de um tempo percebe que precisa estudar e volta com seus estudos. Mas também existe o educando que não precisou dos estudos para trabalhar devido ao fato de que na sua época as crianças começavam a trabalhar desde muito novas e não tinham tempo para os estudos e isso sendo normal naquela situação deixaram os estudos de lado e hoje já com experiência de vida, vontade de aprender, muitos aposentados e outros que ainda seguem trabalhando voltam as salas de aulas com dedicação e responsabilidade.

A Educação de Jovens e Adultos é de grande importância para a sociedade que ganha cidadãos mais críticos e reflexivos independente da sua idade e condição social além de proporcionar ao educando autonomia e autoestima, a Educação de Jovens e Adultos lhe dá possibilidades de entrar no mercado de trabalho ou até mesmo de trabalhos melhores remunerados pelo fato de ter estudado e ser escolarizado.

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EJA

Os jovens e adultos já possuem alguns conhecimentos sobre o mundo letrado, que adquiriram em breves passagens pela escola ou na realização de atividades cotidianas. Apesar de as pessoas pouco letradas possuírem muitos conhecimentos válidos e úteis, elas são excluídas de outras muitas possibilidades que a nossa cultura oferece. Com base na experiência ou em pesquisas sobre o tema, sabemos que motivos que levam os jovens e adultos a escola referem-se predominantemente as suas expectativas de conseguir um emprego melhor. Com relação aos educandos o papel do educador é ampliar seus interesses, mostrando que uma verdadeira aprendizagem depende de muito mais que atenção às exposições do professor e as atividades mecânicas de memorização.

A alfabetização tem que ver com a identidade individual e de classe, que ela tem que ver com a formação da cidadania, tem. É preciso, porém, sabermos, primeiro que ela não é a alavanca de uma tal formação – ler e escrever não são suficientes para perfilar a plenitude da cidadania – segundo, é necessário que a tomemos e a façamos como um ato político, jamais como um que fazer neutro (FREIRE, 1987, p. 58).

Assim, podemos considerar que a alfabetização é um processo que envolve a identidade social, como um ato político e um ato de conhecimento, e com isso, um ato criador. Sendo assim, é necessário que compreendamos que o analfabetismo não pode ser conferido a problemas relacionados ao sujeito, decorrência de suas limitações ou incapacidades, sendo resultado de questões socioeconômicas e políticas.

Nesta lógica, é necessário propor e desenvolver uma proposta de alfabetização, constituindo-se na preparação dos educadores para a investigação do campo e por onde irão começar.

Concebendo assim o estudo com base nos princípios de uma educação libertadora e na prática da leitura de mundo, considerando-se a realidade do educando. A prática pedagógica, desse modo pressupõe uma construção coletiva, a participação do educando e do educador como sujeitos do processo, numa relação dialógica, dinâmica, contínua e principalmente crítica, que tenta resgatar a cultura e a cidadania desses sujeitos.

Assim, podemos perceber que, pela diversidade regional e cultural dos alunos, é necessário dialogar informalmente para conhecê-los e posteriormente realizar um trabalho voltado para essa diversificação - é o primeiro passo para um processo de alfabetização.

Alguns objetivos que consiste na elaboração do trabalho com a EJA são:

• Dominar instrumentos básicos da cultura letrada, que lhes permitam melhor compreender e atuar no mundo em que vivem;

• Ter acesso a outros graus ou modalidades de ensino básico e profissionalizantes, assim como a outras oportunidades de desenvolvimento cultural;

• Incorporara ao mundo do trabalho com melhores condições de desempenho e participação na distribuição da riqueza produzida;

• Valorizar a democracia, conhecer direitos e deveres da cidadania;

• Conhecer e valorizar a diversidade cultural brasileira;

• Aumentar a

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