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Evasão Escolar

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Por:   •  9/5/2013  •  2.757 Palavras (12 Páginas)  •  613 Visualizações

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ALVES. Maria Flávia Oliveira. Evasão Escolar. 2009. 09 páginasl, Arapiraca – AL, 2009.

EVASÃO ESCOLAR

RESUMO

A evasão escolar que, não é um problema restrito apenas a algumas unidades escolares, mas é uma questão nacional que vem ocupando relevante papel nas discussões e pesquisas educacionais no cenário brasileiro, assim como as questões do analfabetismo e da não valorização dos profissionais da educação expressa na baixa remuneração e nas precárias condições de trabalho. Devido a isto, educadores brasileiros, cada vez mais, vêm preocupando-se com as crianças que chegam à escola, mas, que nela não permanecem.

A evasão escolar é um problema complexo e se relacionam com outros importantes temas da pedagogia, como formas de avaliação, reprovação escolar, curriculum e disciplinas escolares. Para combater a evasão escolar, portanto, é preciso atacar em duas frentes: uma de ação imediata que busca resgatar o aluno "evadido", e outra de reestruturação interna que implica na discussão e avaliação das diversas questões enumeradas acima. Além disso, em parceria com o poder judiciário, é importante realizar campanha de esclarecimento, mostrando que o estudo formal é um direito da criança e do adolescente e que, o responsável pode inclusive responder "processos por abandono intelectual" quando seus filhos evadem dos bancos escolares. Com os Conselhos Tutelares, é importante realizar projetos de complementação de renda e acompanhamento psicológico.

Palavras chaves: Evasão Escolar. Educação. Fatores. Conseqüências.

EVASÃO ESCOLAR

Dentre os temas que historicamente fazem parte dos debates e reflexões no âmbito educacional a Evasão escolar ainda ocupa nos dias atuais espaço de importante relevância no cenário das políticas publicas e da educação em particular, tendo como ponto central de partida do debate, a importância do papel da família, quanto da escola em relação a vida escolar da criança.

Assim, no que diz respeito à educação a legislação brasileira determina a responsabilidade da família e do Estado no dever de orientar à criança em sua formação sócio-educacional.

A esse respeito à Lei de Diretrizes – LDB é bastante clara.

Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Mesmo diante disto, o que se tem observado é que a educação não está plenamente ao alcance de todos, assim como também no que se refere á conclusão de todos os níveis de escolaridade

Alguns aspectos sociais têm sido apontados como fatores determinantes da evasão escolar, são eles:

• Desestruturação familiar;

• As políticas de governo;

• O desemprego;

• A desnutrição;

• A escola e a própria criança.

Analisando a questão do fracasso escolar no Brasil, nas décadas de 1960 e 1970, FREITAG (1980:61) destacou que:

"Dos 1000 alunos iniciais de 1960, somente 56 conseguiram alcançar o primeiro

ano universitário em 1973. Isso significa taxas de evasão 44% no ano primário, 22% no segundo, 17% no terceiro. A elas se associam taxas de reprovação que

entre 1967 e 1971 oscilavam em torno de 63,5%”.

Sobre esta questão, porém, numa perspectiva mais recente, LAHÓZ (in Revista Exame, 2000) afirma que de cada 100 crianças que iniciaram os estudos em 1997, só 66 chegarão à oitava série.

EVASÃO ESCOLAR E OS FATORES INTERNOS E EXTERNOS

A evasão escolar que, não é um problema restrito apenas a algumas unidades escolares, mas é uma questão nacional que vem ocupando relevante papel nas discussões e pesquisas educacionais no cenário brasileiro, assim como as questões do analfabetismo e da não valorização dos profissionais da educação expressa na baixa remuneração e nas precárias condições de trabalho. Devido a isto, educadores brasileiros, cada vez mais, vêm preocupando-se com as crianças que chegam à escola, mas, que nela não permanecem.

Evasão escolar, de modo geral tem sido analisada a partir de diferentes abordagens: a primeira vai buscar explicações a partir dos fatores externos á escola, e a segunda, a partir de fatores internos. Dentre os fatores externos relacionados à questão do fracasso escolar são apontados o trabalho, as desigualdades sociais, a criança e a família. E dentre os fatores intra-escolares são apontados a própria escola, a linguagem e o professor.

Explicações a partir dos fatores externos à escola

Na abordagem que busca explicar o fracasso escolar a partir de fatores externos, encontram-se os trabalhos realizados por MEKSENAS (1998), ARROYO (1991), GATTI et al (in BRANDÃO,1983), e outros.

Nos estudos de BRANDÃO et al. (1983), são apresentados os resultados de uma pesquisa desenvolvida pelo Programa de Estudos Conjuntos de Integração Econômica da América Latina (ECIEL), o qual baseou-se em um uma amostra de cinco países latino-americanos, e concluiu que "o fator mais importante para compreender os determinantes do rendimento escolar é a família do aluno, sendo que, quanto mais elevado o nível da escolaridade da mãe, mais tempo a criança permanece na escola e maior é o seu rendimento”.

Assim, a família foi apontada como um dos determinantes do fracasso escolar da criança, seja pelas suas condições de vida, seja por não acompanhar o aluno em suas atividades escolares.

Essas desigualdades sociais também presentes na sociedade brasileira, segundo ARROYO (1991:21), são resultantes das "diferenças de classe", e são elas que " marcam" o fracasso escolar nas camadas populares.

"É essa escola das classes trabalhadoras que vem fracassando em todo lugar. Não são as diferenças de clima ou de região que marcam as grandes diferenças

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