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Fundamentos Do Ensino Fundamental

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Por:   •  21/11/2014  •  1.306 Palavras (6 Páginas)  •  547 Visualizações

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A teoria de desenvolvimento cognitivo proposta por J. Piaget ajuda a compreender que o pensamento matemático não é, em essência, diferente do pensamento humano mais geral, no sentido de que ambos requerem habilidades como intuição, senso comum, apreciação de regularidades, senso estético, representação, abstração e generalização, etc. A diferença que pode ser considerada é no universo de trabalho: na Matemática os objetos são de caráter abstrato e são rigorosos os critérios para o estabelecimento de verdades.

Os estudos de Piaget evidenciam já nos primeiros anos de vida os primórdios destas habilidades. Sua teoria procura explicar o complexo processo através do qual se dá o desenvolvimento das funções cognitivas da inteligência. Através de suas cuidadosas observações e entrevistas clínicas, ‘disseca’ os diversos estágios deste processo, mostrando a contínua evolução das estruturas mentais, e cujo estado mais avançado se caracteriza pelo pensamento formal abstrato.

Para melhor entendimento do processo evolutivo das estruturas cognitivas, Piaget destacada três estágios básicos. Na construção dos primeiros esquemas de natureza lógico-matemática as crianças se apóiam em ações sensório-motoras sobre objetos materiais e através de exercícios de repetição espontânea chegam ao domínio e generalização da ação (estágio pré-operatório). O segundo estágio caracteriza-se pelo aparecimento das operações, as ações em pensamento; mas nesta fase as crianças ainda dependem dos objetos concretos para que as ações se constituam em conceitos (estágio operatório concreto). E finalmente atingem o estágio das operações sobre objetos abstratos, já não dependendo mais de ações concretas ou de objetos concreto; é a constituição do pensamento puramente abstrato.

É esclarecedor o que diz Piaget (1974), particularmente no contexto da Educação Matemática:

“O papel inicial das ações e das experiências lógico matemáticas concretas é precisamente de preparação necessária para chegar-se ao desenvolvimento do espírito dedutivo, e isto por duas razões. A primeira é que as operações mentais ou intelectuais que intervém nestas deduções posteriores derivam justamente das ações: ações interiorizadas, e quando esta interiorização, junto com as coordenações que supõem, são suficientes, as experiências lógico matemáticas enquanto ações materiais resultam já inúteis e a dedução interior se bastará a si mesmo. A segunda razão é que a coordenação de ações e as experiências lógico matemáticas dão lugar, ao interiorizar-se , a um tipo particular de abstração que corresponde precisamente a abstração lógica e matemática”.

Todo o processo é permeado pelo desenvolvimento, concomitante, da função representativa; é a representação mental que permite a transição da ação sensório-motora à ação abstrata. Os esquemas evoluem para conceitos e as ações para operações através da tomada de consciência, definida por Piaget como a reconstituição conceitual do que tem feito a ação. Becker (1997), a luz da teoria de Piaget, diz:

“É fácil vislumbrar o que isto significa para a aprendizagem. O esquema, generalização no plano da ação concreta, poderá mediante progressivas tomadas de consciência, tornar-se conceito, generalização no plano mental ou intelectual. Dos limites do real passa-se ao possível…”

Os desequilíbrios entre experiência e estruturas mentais é que fazem o sujeito avançar no seu desenvolvimento cognitivo e conhecimento, e Piaget procura mostrar o quanto este processo é natural. O novo objeto de conhecimento é assimilado pelo sujeito através das estruturas já constituídas, sendo o objeto percebido de uma certa maneira; o ‘novo’ produz conflitos internos, que são superados pela acomodação das estruturas cognitivas, e o objeto passa a ser percebido de outra forma. Neste processo dialético é construído o conhecimento. O meio social tem papel fundamental na aceleração ou retardação deste desenvolvimento; isto se evidencia na decalagem de estruturas cognitivas que apresentam indivíduos que vivem em meios culturalmente pobres.

Na formação matemática dos alunos, além de pretender-se a construção de uma sólida base de conhecimento na área, deve-se estar atento para a riqueza intelectual que decorre do constante desenvolvimento cognitivo do sujeito quando a ele propicia-se imersão no processo do ‘fazer matemática’, que nada mais é que o processo dinâmico ‘assimilação versus acomodação’ de construção simultânea de conhecimento matemático e de estruturas mentais

Segundo Vygotsky (1994), o lúdico influencia extremamente o desenvolvimento da criança.

É através do uso de objetos, projetando situações, criando e recriando regras

e procedimentos que a criança aprende a agir, adquirindo iniciativa e autoconfiança.

Ao desenvolver a atividade lúdica a criança não só manipula objetos ou ferramentas, estabelece contato com outras crianças e se envolve afetivamente, ela também amplia seus significados.

Trabalhar com a oralidade desenvolve as habilidades linguísticas de falar e escutar, expressando o respeito pelo interlocutor, observando também a argumentação, de seu encadeamento e desenvolvimento de ideias, além de ser valioso instrumento interdisciplinar.

Se as crianças forem encorajadas a se comunicar matematicamente com seus colegas ou com o professor elas terão oportunidade para explorar, organizar e conectar seus pensamentos, fazendo com que se apropriem de novos conhecimentos e diferentes pontos de vista sobre um mesmo assunto.

Neste contexto considera-se que brincando a criança poderá desenvolver a oralidade matemática possibilitando a elas terem mais confiança em si mesmas, sentirem-se mais acolhidas e sem medo de se exporem publicamente.

Supermercado

Planejamento para disciplina de Matemática – 3º Ano do Ensino Fundamental I.

Disciplina: Matemática

Conteúdo: Operações matemáticas

Ano de ensino: 3º ano

Tema: Supermercado

OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM:

Através deste projeto quer se incorporar a aprendizagem do Sistema Monetário |Brasileiro, conteúdo da 3ª série do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, os seguintes objetivos:

1) o conhecimento do dinheiro;

2) a valorização

...

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