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GEORG SIMMEL E A SOCIOLOGIA

Por:   •  19/2/2017  •  Artigo  •  2.303 Palavras (10 Páginas)  •  438 Visualizações

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RESUMO

Trata-se de uma apresentação para mostrar como as cidades grandes podem afetar a vida do indivíduo, especificamente metrópoles, de diversas maneiras, causa transtornos comportamentais das pessoas no dia a dia que se tornam mais comuns, usando como base influência positiva e negativa que a cidade oferece e por ser aplicada também em Campina Grande a compreensão, a visibilidade e a realidade dos fatos que ocorrem no cotidiano. O livro “A Metrópole e a vida mental” que tem como autor Georg Simmel que retrata o comportamento, a maneira de sentir, pensar e agir dos indivíduos. Seguindo a linha de raciocínio de Simmel se identifica certo limite e pressão sobre o racionalismo que de certa forma comanda a vida de cada pessoa como um padrão social, a existência destes padrões influencia em cada vez mais as pessoas serem vistas pelo o que tem ou que fazem, mentalizando querer ser o centro de atenções e tornando-se uma necessidade cada vez mais comum em meio de onde se vive. Diante disso, vamos compreender todas as dificuldades e as vantagens das pessoas nas grandes metrópoles.

PALAVRAS-CHAVES: metrópole; consequências do capitalismo; Georg Simmel; Campina Grande-PB

  1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos houve um aumento do consumismo em todo mundo, provocado pelo crescimento populacional e pela acumulação e geração de capital. O capitalismo tem como princípio a acumulação de capital, ou seja, o dinheiro que influência todas as atividades das pessoas no cotidiano na busca pelo poder por meio dos objetos e, principalmente, os seres.
O mesmo funciona como uma espécie de mercado onde as pessoas são livres para conquistar suas fortunas como quiser e aquelas que trabalharem com mais empenho e produzirem mais riquezas para a sociedade serão as mais bem recompensadas. Sucesso no sistema capitalista depende totalmente de quanta riqueza o individuo possui.

Diante disso, uma alta quantidade de pessoas em um meio urbano sem dúvidas podem interferir na vida de um indivíduo, principalmente no jeito de agir diante do cotidiano de uma cidade. Estas grandes metrópoles possuem uma maior variedade de escolhas, uma vida sempre movimentada, a várias formas de lazer, mercado de trabalho bem amplo o que são alguns dos motivos que levam há vinda das pessoas para os grandes centros urbanos. Porém estes diversos atrativos acarretam a vários fatores desfavoráveis como a falta de privacidade, levando isso há tornar suas casas a ter muros altos, a falta de segurança e a autodefesa que se adquire com o cotidiano se tornando um indivíduo cada vez mais egoísta e ao mesmo tempo dependente um dos outros pelo círculo do capitalismo.

Objetivou-se com esse ensaio apresentar cada ponto explorado no livro Sociologia urbana do autor Ângelo Silva e justapor com a cidade de Campina Grande.

  1. GEORG SIMMEL E A SOCIOLOGIA

Georg Simmel foi um sociólogo alemão que nasceu em Berlim no dia 1 de março de 1858 e acabou falecendo em Estrasburgo no dia 28 de setembro de 1918, sua sociologia é da interação e da relação sujeito e objeto.  Simmel pensou e analisou fenômenos estruturantes da modernidade como o dinheiro, a vida social, mental e cultural nas grandes cidades. Ele foi um sociólogo atento aos movimentos do tempo no cotidiano, principalmente das grandes metrópoles, aos elementos que fundamentam a vida moderna, porem sempre em conexão com a história.

Foi influenciado por sociólogos famosos como: Robert Park, Enest Bloch, Louis Wind, Max Weber, Robert Merton, Georg Lukács, Ernst Bloch, Karl Mannheim, Walter Benjamin, Theodor Adorno, Max Horkheimer. E suas principais obras traduzidas para o português são: Da Diferenciação Social, Introdução à Ciência da Ética, Os Problemas da Filosofia da História, A Filosofia do Dinheiro, A Metrópole e a Vida Mental, Questões Fundamentais da Sociologia.

  1. O QUE É QUE A GRANDE CIDADE TEM DE ESPECIAL?

Um dos trabalhos de Georg Simmel foi a Metrópole e a Vida mental publicado no ano de 1902 onde relaciona os problemas da vida moderna com a luta da individualidade com as forças sociais, históricas, culturais etc. O século XVIII elegeu o homem a que se libertasse de todas as dependências históricas quanto ao Estado e à religião, à moral e à economia.

  1. AUTONOMIA DO INDIVÍDUO E CONTROLE SOCIAL

Os indivíduos têm o desejo de preservar o seu espaço de liberdade individual, porém, no interior das grandes metrópoles as pressões impostas pelas normais sociais e de seus mecanismos de controle criam uma contradição. Como o individuo resolve essa contradição é o que o autor buscou responder em sua obra.

Essa contradição pode ser vista como um paradoxo entre a coletividade e a individualidade. Cada individuo se tornou singular e imprescindível na engrenagem urbana, graças ao conjunto de especializações que ele realiza na sociedade, mas, ao mesmo tempo o torna-se estreitamente dependente dos outros.

Todos pagam um preço muito caro para usufruir da liberdade, mas ao mesmo tempo nos é roubado o conhecimento e os meios para uma vida autônoma e independente.

Para algumas pessoas, liberdade é ter qualidade de vida, trabalhar numa boa empresa, conquistar um cargo gestor, um bom salário. Por outro lado, para outras pessoas a liberdade está em ter horários fixos para entrar e sair, almoçar todos os dias no mesmo horário, morar perto do trabalho, como forma de evitar os grandes congestionamentos, poder chegar em casa cedo e jogar uma partida de videogame com o filho, ou trocar alguns passes de bola com ele na quadra do condomínio, estar de folga em todos os finais de semana. Apesar de alguns abrirem mão por outros benefícios, o que é basicamente uma utopia, para que mora nas grandes metrópoles.

  1. UMA VIDA ESTRESSANTE

A principal característica da sociedade pós-moderna é a pressa generalizada, que atualmente, exige-se pressa em tudo o que se vivencia, seja nas respostas eletrônicas, na expectativa das respostas sociais ou na velocidade do crescimento humano. Outra razão para o desenvolvimento e a manutenção da pressa é o reforço recebido de chefes nas empresas, de professores nas escolas e dos pais, na família. Fazendo com que todos sejam apressados, forçando a concluírem suas tarefas em menos e menos tempo.

Segundo a IPCS (Instituto de Psicologia e Controle do Stress, 2013) em uma cidade grande igual a São Paulo, por exemplo, onde 37% das pessoas se declaram estressadas, por viverem freneticamente, as realizações tornam-se prioridade mesmo que tenha custos, na maioria das vezes, custos muito altos para a saúde, qualidade de vida, e para as relações interpessoais, que ficam enfraquecidas. O homem atual raramente tem contato de verdade com o outro, ele simplesmente é colega, é conhecido, porém não partilha das raízes das amizades profundas. Isto até é desejado, mas sua agenda não o permite. O resultado é a sensação de solidão, de desapego, de menos valia dos outros e, de si mesmo.

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