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Gestão Escolar

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Por:   •  7/5/2014  •  673 Palavras (3 Páginas)  •  247 Visualizações

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O Ensino de Jovens e Adultos no Brasil (EJA) está inserido na meta do Estado brasileiro de erradicar o analfabetismo juntamente com a de proporcionar à população, cuja faixa etária não se adéqua mais ao ensino fundamental, Ensino Médio a complementação de sua formação escolar. Embora as cartilhas do governo enfatizem a necessidade de promover entre os sujeitos da EJA o aprendizado para a formação escolar, também está enfatizada a formação de sujeitos sociais críticos e aptos a lidar com as exigências de um mundo em transformação. Mas o que se observa, na prática, são pessoas voltando aos bancos das salas de aula em busca de uma certificação básica, a fim de, em sua maioria, estarem mais aptos ao mundo do trabalho.

Considera-se o ingresso a EJA a partir dos 15 anos, quando se estabelece um marco. Para a UNESCO, essa idade é a fronteira para o cumprimento ou não do mínimo de escolaridade. Inicialmente, ao longo da trajetória de ensino de adultos no Brasil, a proposta seria suprir, preencher a escolaridade faltante com o objetivo tanto de alfabetizar como o de cumprir metas relativas à escolarização da população.

Com o desenvolvimento acelerado do capitalismo em nível mundial nas décadas finais do século XX através do neoliberalismo, o enfoque para o ensino de jovens e adultos é acrescido da necessária “reciclagem” de pessoas com vistas ao mercado de trabalho, ou seja, somado ao objetivo de alfabetizar pessoas ainda iletradas, ganha um destaque maior à necessidade de formação básica complementar para jovens e adultos, objetivando a formação de mão de obra também básica.

Escolarização, no entanto, não se traduz necessariamente em educação.

Segundo o último censo (2010), o Brasil registra aproximadamente 9 milhões de analfabetos. Fonte IBGE, PNLD EJA– Plano Nacional do Livro Didático para a EJA de 2010, distribuído no ano de 2011.

Em qualquer caso, objetiva-se suprir uma situação de carência, ou seja, compensar de alguma forma uma qualidade de instrução, ainda que essa compensação se estruture muitas vezes de forma meramente burocrática. Considerando os ideais presentes nos receituários da EJA, tanto por parte do Estado, como parte das propostas iniciais centradas em Paulo Freire sobre essa modalidade de ensino, há uma distância considerável entre esses ideais e o que ocorre na prática. Paulo Freire é considerado o precursor de um ensino efetivamente consistente para jovens e adultos. Trabalhou com a proposta de instrumentalizar o adulto a partir dele próprio, ou seja, um sujeito que, através da educação aprendida a partir do próprio ambiente e condições de vida, estaria apto a uma percepção crítica da realidade e a consequentemente à transformação social.

Em 1961, no estado do Rio Grande do Norte, a campanha “De pé no chão também se aprende a ler” tendo Paulo Freire como mentor, instituiu o método de alfabetização de adultos em 40 horas, com resultados consistentes. De cinco alunos, dois evadiram-se e três se capacitaram para a escrita de sentenças curtas. A aplicação do método em Angicos alfabetizou 300 trabalhadores em 45 dias.

Assim surgiu o Método Paulo Freire de Alfabetização que se disseminou pelo país com a esperança de erradicar o analfabetismo. A aplicação do método sofreu um revés com o Golpe de 1964. Atualmente, no entanto,

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