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Gestão Escolar

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Por:   •  20/3/2015  •  1.092 Palavras (5 Páginas)  •  293 Visualizações

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Quando pensamos na história da administração escolar no Brasil entendemos porque ainda não alcançamos as características de educação moderna e nem tivemos êxito na formação do aluno em seu papel de cidadão ativo na sociedade que vive. Historicamente a educação brasileira vem sendo privilégio de uma burguesia que com o objetivo de se manter no poder elitiza cada vez mais o saber. As influências foram sempre com o intuito de ensinar, porém impondo conceitos de imposição de cultura como os jesuítas faziam com os índios, obediência como na época da república destacando o sucesso ou fracasso escolar dos alunos através de métodos de provas, exames, ditados e sabatinas, ou ainda exercendo a educação sob forma de assistencialismo. Diante disso, entendemos que historicamente a educação produz indivíduos de acordo com os interesses das classes dominantes, não sendo primordial formar cidadãos bem informados e autônomos. A administração escolar, nos dias de hoje, deve ser voltada a suprir essa deficiência histórica e trabalhar no seu cotidiano a participação dos alunos e de toda comunidade escolar nas decisões importantes que a envolvem. Só assim a educação poderá ser realmente formadora de pessoas capazes e ativas no seu meio.

Na minha opinião a gestão escolar não deve ser baseada na gestão empresarial, porque a escola é uma instituição com características peculiares e especiais, onde inserir técnicas empresariais de gestão não alcançam o objetivo maior da escola que é formar o cidadão participativo. O diretor da escola precisa ser dotado de conhecimentos pedagógicos para compreender o processo educacional, compreender a função da escola, articular políticas de formação com a política de gestão, visão estratégica e possuir um novo olhar quanto à construção do projeto político pedagógico que é uma ferramenta que possibilita gestão democrática. A definição de Luck para as atribuições do diretor nos remete à verdadeira essência da gestão democrática.

Um diretor de escola é um gestor da dinâmica social, um mobilizador e orquestrador de atores, um articulador da diversidade para dar-lhe unidade e consistência na construção do ambiente educacional e promoção segura da formação de seus alunos, suas ações tenha em mente o conjunto todo da escola e seu papel educacional. Não apenas imediato, mas de repercussão no futuro, em acordo com visão estratégica e com amplas políticas educacionais. (LUCK, 2000).

Portanto, estar à frente de uma escola é muito mais do que administrá-la é integrar as ações, as idéias de todos que estão envolvidos no processo escolar incluindo professores, funcionários da escola, pais, comunidade e os próprios alunos. E através desta participação nos assuntos da escola que cada um, principalmente os alunos se sentirão sujeitos do seu crescimento e da unidade escolar e conhecedores do seu papel, não só na escola, mas também na sociedade. Por isso, a gestão empresarial não é o modelo de gestão mais indicado, principalmente por não satisfazer as necessidades da escola e de seus alunos.

“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo. Os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”.

Paulo Freire

Os desafios da educação estão se tornando cada vez mais complexos diante do mundo globalizado e dos dilemas que esta globalização traz. Com a gestão escolar não foi diferente, novos paradigmas estão surgindo diante de uma necessidade de mudança na visão da escola e da sociedade. A ênfase no trabalho deixou de ser da prática manual para a valorização do conhecimento. Essa mudança de visão acarretou uma nova forma de gerir estes trabalhadores e conseqüentemente a prática escolar. A escola deve preparar seus alunos para conquistar um lugar nesta sociedade conectada com o mundo e com necessidade de profissionais capazes de interligar o conhecimento com seu ponto de vista criando uma identidade própria. O aluno deve ser preparado para se colocar diante do conteúdo e pensar sobre ele, e a partir daí criar sua própria teoria a partir dos seus conhecimentos.

O gestor-educador deve se posicionar

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