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INFLUÊNCIA DO ESPAÇAMENTO

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Por:   •  22/5/2013  •  1.132 Palavras (5 Páginas)  •  229 Visualizações

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No Sul do Brasil existe uma grande diversidade de frutíferas nativas, dentre as quais se destacam a pitangueira (RASEIRA, et al., 2004). A pitangueira (Eugenia uniflora L.) é uma fruteira nativa pertencente à família Mirtácea que apresenta grande potencial para exploração econômica (SOUZA et al., 2007). Esta frutífera é uma espécie amplamente distribuída no Brasil, ocorrendo desde o Ceará até o Rio Grande do Sul. Algumas formas silvestres são também encontradas na Argentina e no Uruguai (RASEIRA et al., 2004). Esta Myrtaceae cresce em regiões de clima tropical e subtropical, seu fruto é muito valorizado, caracteriza-se por apresentar uma média de 77% de polpa e 23% de semente e de acordo com Donadio (2007) é do tipo baga, globoso, deprimido nos pólos, com 7 a 10 sulcos, no sentido longitudinal, medindo 1,75 cm de diâmetro, 1,40 cm de altura, peso entre 3 e 4,8 g. É rica em cálcio, fósforo, antocianinas, flavonóides, carotenóides e vitaminas C, indicando seu elevado poder antioxidante (SILVA, 2006). A exploração comercial se dá principalmente, na forma de polpa congelada (BEZERRA et al., 2004).

As características climáticas e exposição da planta e frutos à insolação podem influenciar no crescimento e qualidade do fruto (RASEIRA et al., 2004). No entanto, para a pitangueira o manejo agronômico nas condições do Sul do Rio Grande do Sul ainda é pouco conhecido. A melhoria da insolação no interior da planta pode ser conseguida por técnicas como poda e modificação do espaçamento de plantio. O espaçamento adequado depende do vigor das plantas e deve ser definido na implantação do pomar. Desta forma a escolha de um espaçamento de plantio pode afetar de forma direta a qualidade e também a quantidade de frutos, já que em altas densidades podem ocorrem restrição do desenvolvimento das plantas.

Neste sentido esse trabalho foi realizado com o objetivo quantificar produção e qualidade de frutos de pitangueira, em pomar com diferentes espaçamentos entre as plantas.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido em pomar experimental, na Embrapa Clima Temperado, Pelotas - RS (coordenadas geográficas: 31º40’47”S e 52º26’24”W; 60m de altitude). Analisou-se frutos de pitangueira da seleção PIT 15 do Programa de Melhoramento Genético colhidos em outubro de 2009. Os tratamentos foram constituídos de 4 quatro espaçamentos entre plantas (E1: 1,0 m; E2: 1,5 m; E3: 2,0 m e E4: 2,5 m).Os tratamentos foram constituídos de 4 quatro espaçamentos entre plantas (E1: 1,0 m; E2: 1,5 m; E3: 2,0 m e E4: 2,5 m). O delineamento foi de blocos casualizados, sendo cinco blocos e cada parcela constituída de cinco plantas, sem bordadura.

Avaliou-se: massa total de fruto (g), realizada através da pesagem dos frutos colhidos; diâmetro transversal (mm), diâmetro longitudinal (mm), medido com paquímetro digital; percentagem de polpa percentagem de caroço, calculados a partir da massa média de cada parte; e sólidos solúveis totais do fruto (SST). A análise de SST foi feita por refratometria, realizada com um refratômetro, expressando-se o resultado em °Brix, sendo realizado em frutos em estágios diferentes de maturação, amarelos e vermelhos.

O delineamento utilizado foi em blocos casualizados, sendo cinco blocos e cada parcela constituída de cinco plantas. A análise de variância e o teste de comparação de médias (Tukey 5%) foram executadas através do programa Winstat. (MACHADO; CONCEIÇÃO, 2003).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A massa total de frutos, assim como o número de frutos, diâmetro longitudinal e transversal não diferiram, ou seja, os espaçamentos utilizados não influenciaram significativamente. Entretanto, foi observado que os maiores valores para massa total de frutos assim como para número total de frutos foram respectivamente 370,52g e 155,00g ambos no espaçamento E3. Também pode-se verificar uma tendência de aumento da massa média de frutos de conforme se aumenta o espaçamento de plantio (Tabela 1), comportamento similar ao observado com o diâmetro longitudinal do fruto. De maneira geral o diâmetro do fruto concorda com o verificado por Franzon et al. (2004) os quais relatam o mesmo ser superior a 2 cm. Os diâmetros transversais e longitudinais obtiveram as maiores respostas no espaçamento E2 e seguido respectivamente pelos espaçamentos E1, E3 e E4 (Tabela 1). Embora não exista diferença significativa entre os espaçamentos observa-se que o seu aumento pode ser favorável o desenvolvimento dos frutos. Acredita-se que em espaçamentos como o de três metros entre plantas permita maior insolação no interior da planta aumentando a área folhar capaz de receber a luz, fator importante para o processo fotossintético, o qual é responsável pelos fotoassimilados produzidos e consequentemente aumentando o tamanho dos frutos. Segundo Lira Junior et al. (2007) o espaçamento recomendado para pitangueira em plantio comercial é de 4 x 4

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