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Introdução a Saúde e Segurança do Trabalho

Por:   •  2/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  5.837 Palavras (24 Páginas)  •  670 Visualizações

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CURSO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

 JULHO/2012

COMPONENTE CURRICULAR: SEGURANÇA DO TRABALHO I

PROFESSOR: IBANEZ GUTERRES

 TURMA: 2012-2

ALUNO(A):

                                           

                                                      SEGURANÇA NO TRABALHO É UM DEVER DA EMPRESA E UM DIREITO DO TRABALHADOR 

   

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Uma revisão nos documentos históricos relacionados à SEGURANÇA DO TRABALHO permitirá observar muitas referências a riscos do tipo profissional mesclados aos propósitos do homem de lograr a sua subsistência.[pic 3]

O homem pré-histórico procurava proteção contra animais ferozes adestrando-se na caça e vivendo em cavernas. Inicialmente, a maneira com a qual subsistia e enfrentava os perigos era devida à sua astúcia, sua inteligência superior e o uso de suas mãos.

Com a descoberta do fogo e das armas e a própria organização tribal com maior planejamento e ação grupal, o homem evoluiu cientificamente e obteve maior proteção, porém, novos riscos foram introduzidos. A invenção do machado de pedra, um avanço para assegurar alimentação para si e sua família, incorria em graves acidentes devido às práticas inseguras em seu manejo.

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Portanto, tanto o homem pré-histórico quanto o da Idade da Pedra já estavam constantemente expostos a perigos na vida diária, em sua luta pela existência.

Desde o seu aparecimento na Terra o homem convive com o risco. As atividades laborativas nasceram com o homem e sempre ocorreram condições e atos inseguros. O problema dos acidentes e doenças profissionais acompanha o desenvolvimento das atividades do homem através dos séculos. E por não ter controle sobre os riscos o homem esteve sempre sujeito a todo tipo de acidente.

Partindo da atividade predatória, evoluiu para a agricultura e o pastoreio, alcançou a fase do artesanato e atingiu a era industrial, sempre acompanhado de novos e diferentes riscos que afetavam e ainda afetam sua vida e saúde.

Com o passar do tempo e o desenvolvimento da tecnologia o ser humano conheceu a roda d’água, os teares mecânicos, as máquinas movidas a vapor, a eletricidade até chegar a era dos computadores. Foi efetivamente um longo aprendizado.

Se por um lado os inúmeros progressos científicos e tecnológicos facilitaram o processo de trabalho em vários aspectos, por outro acabaram gerando novos riscos e aumentando conseqüentemente tanto a freqüência como principalmente a gravidade dos acidentes e das doenças do trabalho.

Com o início da revolução industrial o aldeão começou a agrupar-se nas cidades, substituindo o risco de ser apanhado pelas garras de uma fera, para aceitar o risco de poder ser apanhado pelas garras de uma máquina.

Até 300 anos atrás, praticamente inexistiam as relações entre atividades laborativas e as doenças ocupacionais. Em meados do século XVI, mais precisamente em 1556 foi publicado o primeiro livro com o título de “De Re Metallica”, descrevendo problemas relacionados com a extração de minerais argentíferos e auríferos e a fundição da prata e do ouro. Seu autor George Bauer mais conhecido pelo seu nome latino Georgius Agrícola, discute os acidentes do trabalho e as doenças mais comuns entre os mineiros, em destaque a "asma dos mineiros", que segundo ele era provocada por poeiras corrosivas, cuja descrição dos sintomas e rápida evolução da doença demonstraram tratar-se de silicose.

Em 1697, onze anos após a publicação do livro de Giorgius Agrícola, aparece a primeira monografia sobre as relações entre trabalho e doença, de autoria de autoria de Alvéolos Theophrastus Bembastus Von Hohenheim - o famoso Paracelso. O trabalho denominado "Von Der Birgsucht Und Anderen Heiten" (que em português recebeu o nome de "Dos Ofícios e Doenças da Montanha") faz numerosas citações relacionando métodos de trabalho e substâncias manuseadas com doenças. Destaca-se que em relação à intoxicação pelo mercúrio, os principais sintomas dessa doença profissional foram por ele assinalados. Apesar da importância destes estudos, os mesmos permaneceram ignorados por mais de um século, não sendo feito nada a respeito da proteção e saúde do trabalhador.

Foi apenas em 1700, com a publicação da obra "De Morbis Artificum Diatriba" do médico italiano Bernardino Ramazzini que o assunto de doenças do trabalho começou a ter maior repercussão. O livro do Dr. Ramazzini pela primeira vez descrevia uma série de doenças que atacavam os trabalhadores de 50 diferentes profissões. Um fato importante é que muitas dessas descrições eram baseadas nas próprias observações clínicas do autor que nunca esquecia de perguntar aos seus pacientes: “Qual é a sua profissão?” Esta sua obra, considerada um verdadeiro marco na história da saúde em pleno século 18, foi traduzida mais tarde para o português com o título “As Doenças dos Trabalhadores”. [pic 5]

O Dr. Bernardini Ramazzini é chamado até hoje de O Pai da Medicina do Ocupacional e a Itália é considerada o Berço da Medicina do Trabalho.

A partir de 1760 começa na Inglaterra a chamada Revolução Industrial que se constituiu na substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico pelo sistema fabril. Essa revolução ocorreu em função do enorme impacto sobre a estrutura da sociedade, num processo de transformação acompanhado por notável evolução tecnológica.

Os historiadores registram que a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra na segunda metade do século XVIII, encerrou a transição entre feudalismo e capitalismo, a fase de acumulação primitiva de capitais e de preponderância do capital mercantil sobre a produção. Completou ainda o movimento da revolução burguesa iniciada na Inglaterra no século XVII.

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Entre 1760 e 1850 a Revolução Industrial se restringe à Inglaterra que por esse motivo recebeu a denominação de "OFICINA DO MUNDO". Neste período Preponderaram a produção de bens de consumo, especialmente têxteis e a energia a vapor. A Inglaterra adianta sua industrialização em 50 anos em relação ao continente europeu e sai na frente na expansão colonial.

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