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Por:   •  24/11/2013  •  Resenha  •  636 Palavras (3 Páginas)  •  311 Visualizações

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O Surdo é uma pessoa com experiências puramente visuais, pessoas com uma visão de mundo muito diferente das que escutam. Tendo esta compreensão de mundo de forma silenciosa e visualmente muito mais perceptiva, é obvio que este também terá uma cultura diferente, a Cultura Surda, bem como uma língua que se identifique com tal cultura, que melhor expresse essa visão de mundo: a Língua de Sinais; que no Brasil se oficializou como Libras – Língua Brasileira de Sinais.

Durante os 80 anos de proibição do uso de Sinais, os insucessos foram notados em todo o mundo. Os Surdos passavam por oito anos de escolaridade com poucas aquisições e saíram das escolas como sapateiros e costureiros.

As pessoas somente estavam interessadas em fazer com que o Surdo fosse “normalizado” e que desenvolvesse a fala para que assim ninguém precisasse mudar ou sair da sua situação confortável. Quem deveria mudar era o Surdo. O que não se entendia é que, para a grande maioria deles, não era organicamente possível.

Na primeira avaliação sistemática do método oral, Binet e Simon (dois psicólogos criadores do teste de quociente de inteligência) concluíram que os Surdos não conseguiam realizar uma conversação, só podiam ser entendidos e entender aqueles a quem estavam acostumados. O uso dos Sinais só voltou a ser aceito como manifestação lingüística a parir e 1970, com a nova metodologia criada, a Comunicação Total, que preconizava o uso de linguagem oral e sinalizada ao mesmo tempo.

Atualmente, o método mais usado em escolas que trabalham com alunos com surdez é o Bilinguismo, que usa como língua materna a Língua Brasileira de Sinais e como a segunda língua, a Língua Portuguesa Escrita.

As línguas de sinais não são universais. Assim como não temos uma língua oral única, também não temos apenas uma língua de sinais. A língua de sinais, assim como a língua oral, é a representação da cultura de um povo. Mesmo países com a mesma língua oral possuem línguas de sinais diferentes. Um exemplo é o caso do Brasil e Portugal. Por mais que estes países possuam a mesma língua oral, possuem línguas de sinais diferentes, com características próprias. O contrário acontece com os Estados Unidos e Canadá, que possuem a mesma língua oral e a mesma língua de sinais.

Entre as recentes conquistas de inclusão social alcançadas pela comunidade surda, destaca-se a oficialização no Brasil, em 2002, da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como meio de comunicação para os surdos e a sua inclusão, em 2005, como disciplina curricular nos cursos de formação de professores em nível médio e superior e nos cursos de fonoaudiologia.

Durante esta trajetória do Movimento Surdo, algumas conquistas legais merecem ser destacadas, principalmente pelo efeito que estas ocasionaram na efetivação da inclusão social dos surdos no meio em que vivem. Destaca-se, também, o fato de ter nestes textos legais claros indicativos da necessidade e da validade de uma educação para surdos que parta dos pressupostos da diferença linguística, servindo assim de base legal para garantir que se considerem as atuais reivindicações da Comunidade Surda no Brasil.

Em decorrência dessas conquistas, torna-se mais comum o ingresso de estudantes surdos nas universidades que, por sua vez, tiveram que se adaptar

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