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Logistica_Cadeia de Suprimentos

Por:   •  4/3/2016  •  Artigo  •  4.100 Palavras (17 Páginas)  •  253 Visualizações

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ANÁLISE DA MATRIZ DE TRANSPORTE BRASILEIRA: CONSUMO DE ENERGIA E EMISSÃO DE CO2.

Dalton Brito de Melo

E-mail: daltonbrito@fmgrl.edu.br

Aluno do terceiro período em Logística da Faculdade Metropolitana da Grande Recife.  

Antonio Barbosa

E-mail: antonio.barbosa@limatransp.com.br         

Aluno do terceiro período em Logística da Faculdade Metropolitana da Grande Recife.

Eronildo Solon

E-mail: eronsolon@gmail.com

Aluno do terceiro período em Logística da Faculdade Metropolitana da Grande Recife.

Marcelo

E-mail: marceloruhan1205@gmail.com

Aluno do terceiro período em Logística da Faculdade Metropolitana da Grande Recife.

Valdeck

E-mail: valdeck26@gmail.com

Aluno do terceiro período em Logística da Faculdade Metropolitana da Grande Recife.

Adilson

E-mail: sportsouza@gmail.com

Aluno do terceiro período em Logística da Faculdade Metropolitana da Grande Recife.

Resumo

A matriz de transporte brasileira é desbalanceada, devido ao histórico enfoque de investimentos governamentais no modo rodoviário, o que é inadequado ponto de vista econômico e ambiental para um país continental, como o Brasil. Diante disso, o objetivo deste trabalho é estimar o consumo de energia e a emissão de dióxido de carbono (CO2) do setor, com base na matriz de transporte atual. Além disso, foram consideradas alterações nas matrizes individuais de dez produtos que estão entre os de maior volume e representatividade para a economia brasileira. Para tanto, propuseram-se quatro cenários com intuito de verificar o impacto de possíveis alterações na matriz. Ao final, foram sugeridas melhorias, considerando-se ações de transferência modal e/ou alteração de fontes de energia. Os resultados mostram ser possível reduzir em até 21% o consumo de energia e até 75% as emissões de CO2.

Palavras-chave: Matriz de Transporte. Consumo de Energia. Dióxido de Carbono.


1. Introdução

O Ministério dos Transportes, por meio da (Secretária de Política Nacional de Transportes), desenvolveu o Plano Nacional de Logística e Transportes – PNLT,

1. Doutor em Engenharia de Transportes- UFF, RJ, Brasil. iltoncurty@gmail.com

2. Graduado em Administração- UFF, RJ, Brasil. diegovalva@id.uff.br

3. Mestre em Engenharia de Transporte,UFF, RJ, Brasil. vanessaguim@hotmail.com

4. Doutor em Administração- UFF, RJ, Brasil. pitiasteodoro@hotmail.com.br

Revista UNIABEU Belford Roxo V.8 Número 18 janeiro-abril de 2015

De acordo com o relatório final da terceira revisão do PNLT (MT, 2012), o transporte de cargas brasileiro é concentrado no modo rodoviário, representando 52% da matriz de transportes, o que é considerado inadequado, dadas as dimensões continentais do país. Essa configuração da matriz de transportes pode ser explicada pelo histórico de investimento governamental, que direcionou seus recursos para este modo em detrimento dos demais. Dessa forma, o PNLT estipula metas para o setor, até o ano de 2031, tendo em vista a promoção da intermodalidade e do reequilíbrio da matriz de transportes. Embora seja o modo de transporte com maior utilização, o relatório do Balanço Energético Nacional - BEN (2012) destaca que o transporte rodoviário é responsável por 93% do consumo final de energia do setor de transportes, o que influência, diretamente, na quantidade de dióxido de carbono - CO2 emitido. Dessa forma, pode-se afirmar que a matriz brasileira de transportes de carga é ineficiente do ponto de vista ambiental.

Com exceção do duto (que no Brasil, utiliza energia hidroelétrica), as alternativas de transporte de carga empregam combustíveis derivados do petróleo, provenientes de fontes não renováveis, os quais têm maior índice de emissão de Gases de Efeito Estufa – GEE (CO2, N2O e CH4) por tonelada. Km do que combustíveis oriundos de fontes renováveis. Sendo assim, para que se alcancem os percentuais de redução do consumo de energia, de emissão de GEE e CO2 estabelecido em Conferências Internacionais tais como Rio+20 (Figueroa e Ribeiro, 2013) se faz necessárias ações relacionadas à: (1) transferência modal para alternativas de transporte com maior eficiência energética; (2) utilização de fontes renováveis de energia; e, (3) melhoria da infraestrutura de transportes existente e/ou utilização de novas tecnologias veiculares.

Com base neste contexto, levando em conta a atual matriz de transporte brasileira e o seu impacto no consumo de energia e emissões de CO2, têm-se as seguintes perguntas para representar o problema de pesquisa: considerando os produtos com maior representatividade na economia brasileira, quais as ações a serem realizadas no transporte podem reduzir o consumo de energia e a emissão de CO2? Qual seria o impacto quantitativo da implantação dessas ações?

Sendo assim, este estudo tem como objetivo geral estimar o consumo de energia e a emissão de dióxido de carbono (CO2) do setor, com base na matriz de transporte atual. Como objetivos específicos, têm-se: (1) identificar as ações a serem realizadas no transporte de carga que possam trazer benefícios ambientais, considerando consumo de energia e emissão de CO2; e, (2) propor cenários alternativos com as ações identificadas no objetivo 1, a fim de verificar seus impactos na quantidade de energia consumida e de CO2 emitido.

Para analisar a situação geral da matriz, este estudo observou dez produtos dentre aqueles que apresentam maior volume comercial no país, os quais somam cerca de 42% da produção total (em toneladas). Para tanto, tomou-se como referências dadas do ano de 2011.

Além desta introdução, o artigo divide-se em: (1) revisão teórica sobre os modos de transporte, emissões de gases de efeito estufa e consumo de energia; (2) procedimentos metodológicos; (3) apresentação dos dados, análise e discussão dos resultados; e, (4) considerações finais.

2. Transporte de Carga e Consumo de Energia e Emissão de CO2 

O transporte de cargas é realizado por meio de cinco modos de transporte: rodoviário, ferroviário, aquaviário, dutoviário e o aéreo, os quais possuem características próprias que os diferem entre si. Conforme MATTOS (2001), os modos de transporte apresentam diferenças em relação ao uso de energia e, consequente, emissão de GGE.

Além disso, eles também se diferem em capacidade, flexibilidade, distância percorrida, tempo de percurso e velocidade (CNT, 2011). Destaca-se que, além da infraestrutura existente, a escolha do modo a ser utilizado deve levar em conta também o custo, o nível de serviço e as características do produto a ser transportado (FLEURY, 2002).

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