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MEMÓRIA DA INFÂNCIA E EXPERIÊNCIA NA ESCOLA

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Por:   •  9/11/2014  •  Relatório de pesquisa  •  2.717 Palavras (11 Páginas)  •  319 Visualizações

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AS MEMÓRIAS DA INFÂNCIA E DAS EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NA ESCOLA

Ivanete Jesus Lemos, assim que estava escrito no meu boletim. Lembro-me de algumas experiênciasboas e outras um pouco traumáticas e irreparáveis minha professora da primeira a quarta série chamava-se Valdete, tinha cerca de 50 anos, pele morena, os cabelos curtos e a casa dela era junto à escola. Tinha muita curiosidade para conhecer a casa dela, mas ela não nos permitiacomecei estudar aos 03 anos de a idade, hoje tenho39 anos, lembro-me perfeitamente que tínhamos todas às sextas-feiras para memorizamos as quatro operações da matemática, verdadeiras seções de terrorismo. Ela tinha um utensílio de madeira, na época chamava-se (palmatória) acho que este era o nome. Eram feitas sabatinas e a cada erro na resposta a sucessão de pancadaria acontecia. No inicio doía muito, tinha a pele bem clara ficava bem rosada, mas apesar do trauma aprendi muito com ela. Ás vezes sentia raiva, mas ao mesmo tempo gratidão, pois aprendi as quatro operações perfeitamente, ela também nos obrigava a fazer caligrafia, detalhe: ‘’Meu pai queria a perfeição, assim fiquei com a letra bem desenhada, após longas horas de pancadaria’’, ele acreditava que educação e pancadaria estavam inteiramente ligadas.Outra coisa interessante eram os desenhos que eu precisava aprender com meu pai, aqueles conjuntos da matemática tinha que desenhar estrelas, dados e botões; era um verdadeiro desafio, apanhava tanto para desenhar esses objetos que agora sei fazê-los,não gostava de apanhar para aprender, decidir que não faria isso quando tivesse filhos, nãoprecisei fazê-lo, pois decidi que não faria ainda cedo na vida, lembro que não possuo fotos da minha infância, meus pais não costumava tirá-las, meu pai possuía 40 anos de diferença da minha mãe, era bem mais velho que ela.

Algo que aprendi quando era ainda bem criança, foi à honestidade, infelizmente também foi apanhando muito. Um belo dia de sol, após uma linda manhã, cheguei em casa bem feliz, quando fui fazer o dever da escola, meu pai notou que eu estava com o caderno de um coleguinha na bolsa. A minha querida professora trocou na hora de guardá-lo, e o resultado é que fui surrada durante todo o percurso da escola apanhei muito, fui muito agredida, que vergonha! Ah e quando a professora chamava meu pai, para falar que eu gostava muito de conversar! Prefiro nem comentar, na casa morávamos eu, meu irmão mais novocom uma diferença de idade de seis anos, seu nome é Edmilson Jesus Lemos e Maria José de Jesus esse é o nome da guerreira da minha mãe. Essa também possuía pouca instrução, mas me ensinava pelo seu exemplo, fico muito emocionada quando falo de minha infância, pois foi muito difícil. Nãoaproveitei muito!

Agora aos trinta e nove anos quando tenho oportunidade de brincar, meu esposo ás vezes fala: “você não teve infância”, realmente não tive o suficiente não me lembro de gestos de carinho, nem do meu pai, nem da minha professora, nem mesmo da minha mãe. Ela não tinha tempo, precisava trabalhar muito para nos sustentar, não frequentava os aniversários dos meus coleguinhas, e também não festejava o meu. Não me lembro de nenhuma festa de aniversário infantil.Também tínhamos que ser impecáveis com a farda, eu usava um “quixute” preto horroroso, meus cabelos eram longos e isto me criava problemas com os piolhos, que me amavam. O grande desafio foi me tornar uma pessoa melhor em meio às dificuldades.

Por isso sei que além da educação escolar, a educação religiosa me ajudou muito. Conhecer um pouquinho o nosso Mestre, o Salvador Jesus cristo me ensinou: A perdoar a quem me maltrata, e me ensinou que você decide quem quer se tornar! E eu decidir que quero ser alguém melhor, a vida me ensinou a lutar, perseverar, acreditar que o que desejamos, podemos nos tornar!A Professora Valdete, se preocupava extremamente com a educação, ela me preparou à sua maneira para a vida, esta não é a maneira correta, mas era a maneira que ela conhecia.

Já o período do ensino intitulado na época de primeiro grau, ensinou-me grandes lições que até hoje fazem parte da minha vida, ao mesmo tempo em que deixei de aprender muito também. Havia uma matéria que se chamava “Educação para o lar e para a vida”, era uma das minhas matérias preferidas. Aprendi sobre coisas fundamentais como levantar-me quando vejo um idoso ou uma gestante no ônibus, esse aprendizado reforçou a educação que recebia em casa. Essas lições, transmiti para meus filhos, acredito que eles irão transmitir para os meus netos, o grande problema foi que não tive as matérias denominadas “química e física”, pois não havia professores. Isso foi péssimo para o meu aprendizado, fez muita diferença na minha vida escolar. Interessante que até hoje noto que ainda existe a dificuldade para encontrar professores dessas matérias. Aprendi também a trabalhar em equipe.

O grande desafio foi me tornar uma pessoa melhor em meio às dificuldades, sei que apesar de tudo por pior que as coisas possam parecer, as pessoas sempre nos ensinam algo e as dificuldades existem para nos tornar melhores que somos.

AS EXPECTATIVAS QUANTO À PASSAGEM DO ENSINO MÉDIO PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR NO CURSO DE PEDAGOGIA

Sempre gostei de ler. Lia até bulas de medicamentos assim me qualifiquei, fazendo também um curso e agora trabalho em farmácia, mas acho que a educação pode transformar vidas. Sempre quis ser professora, apesar de meu pai achar e falar para todos que ele conhecia que eu seria médica. De alguma maneira serei, ajudando algumas pessoas a serem curadas de seus medos, seus traumas, de suas feridas, etc. Além desse desejo, tenho uma amiga, mais velha, mais experiente que é uma pedagoga admirável, eu sempre a admirei, ela é tão inteligente, bonita, o nome dela é Solange, ela é uma excelente professora, eu a admiro muito porque o trabalho dela começa na escola e termina na casa do aluno, ela conhece seus alunos, ensina na rede publica, mas faz a diferença, faz seu trabalho com uma palavra mágica: amor. Quando a conheci ficava pensando um dia quero ser parecida com ela, apesar desse desejo, o deixei dormindo, durante alguns longos anos, ela sempre me incentivou a estudar e meu esposo também sempre falava: Você precisa estudar, é tão inteligente, precisa voltar a estudar, fiz alguns cursos, mas meu trabalho me deixava cansada. E me acomodei durante anos. Concluí o Ensino médio com 16 anos, fiz o ginásio sem muita qualidade, estudei em escola pública, faltavam muitos professores, em especial de química, física e matemática.

Iniciei o então denominado segundo grau. Também faltavam muitos professores, fiz o curso técnico de Administração de Empresas,

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