Maias- a vida de Carlos

Vida de Carlos em Lisboa[pic 1]

Capítulos da obra	Acontecimentos mais relevantes
IV	No outono de 1875, Carlos regressa a Lisboa e instala-se no Ramalhete, onde habita o seu avô, Afonso. Carlos pretende montar um laboratório no Largo das Necessidades e um consultório no Rossio. Ega muda-se para Lisboa e planeia escrever um livro.
V	Carlos trata a sua primeira doença grave – a pneumonia da esposa de Marcelino, dono de uma padaria. O caso de Ega com Raquel Cohen começa a tornar-se público. O laboratório é concluído, mas Carlos afirma não ter tempo para se dedicar a ele. Carlos escreve dois artigos para a Gazeta Médica e pondera escrever um livro. Carlos frequenta o Teatro S. Carlos e é apresentado aos condes de Gouvarinho.
VI	Carlos visita Ega na sua casa, a “Vila Balzac”, e conversam sobre a sua soirée em casa dos Gouvarinhos. Ega apresenta Carlos e Craft. Ega organiza um jantar no Hotel Central em honra de Cohen, onde Carlos é apresentado a Dâmaso, Alencar e Cohen. Antes do jantar, no peristilo do Hotel, o protagonista vê uma bela mulher que Dâmaso identifica.
VII	Craft visita frequentemente o Ramalhete e torna-se íntimo de Carlos. Dâmaso, admirando Carlos, procura constantemente a sua companhia. Ega pede um empréstimo a Carlos. Falando sobre os Gouvarinhos, Ega informa Carlos da paixão que a condessa nutre por ele. Enquanto passeia com Steinbroken no Aterro, Carlos revê a mulher que o encantara à porta do Hotel. No dia seguinte, volta ao Aterro procurando vê-la e encontra-a com o marido, Castro Gomes. Nas visitas seguintes não a vislumbra. A condessa de Gouvarinho, a pretexto de uma doença do seu filho Charlie, visita o consultório de Carlos. Dâmaso convive com os Castro Gomes. Ega publica um artigo sobre Cohen.
VIII	Carlos visita Sintra com Cruges, procurando ver a senhora Castro Gomes. No Nunes, encontra Eusebiozinho a almoçar com um amigo, Palma, e com duas espanholas (Lola e Concha). Carlos e Cruges percorrem Sintra e encontram Alencar. Na Lawrence, Carlos questiona um empregado sobre os Castro Gomes, sendo informado que eles tinham partido, na véspera, para Mafra, com Dâmaso e que, posteriormente, retornariam a Lisboa. Carlos, Cruges e Alencar jantam na Lawrence.
IX	O conde de Gouvarinho convida Carlos para jantar. Na ausência dos Castro Gomes, Dâmaso pede a Carlos que trate Rosa, a filha destes. Dâmaso, que planeia seduzir a esposa de Castro Gomes, informa Carlos que dentro de dias aquele partirá para o Brasil em negócios, durante dois ou três meses, mas que a sua esposa ficará com a filha e as criadas. Carlos prepara-se para o baile dos Cohen, quando Ega chega e lhe conta que foi expulso por Jacob Cohen, que descobrira o que se passava entre este e sua esposa. Ega e Carlos dirigem-se à casa de Craft nos Olivais. Ega parte para Celorico. Dâmaso informa Carlos que Castro Gomes está doente e pensa chamá-lo. Carlos passa muito tempo com os Gouvarinhos. Numa tarde, depois do chá, beija a condessa.
X	Carlos encontra-se com a condessa de Gouvarinho na casa de uma tia desta. Enquanto desce a Rua de S. Roque, Carlos encontra o marquês e avistam a Madame Castro Gomes. Carlos solicita a Dâmaso que o apresente ao Castro Gomes. Craft e Carlos dirigem-se ao hipódromo para assistir às corridas. A condessa de Gouvarinho propõe um encontro a Carlos, mas este recusa. Carlos encontra Dâmaso, que o informa que Castro Gomes partira para o Brasil e lhe indica onde mora agora Madame Castro Gomes (no mesmo prédio que Cruges). Carlos cede ao encontro com a Gouvarinho, combinando encontrar-se com ela na estação, no dia seguinte. Depois de sair do hipódromo, Carlos dirige-se a casa de Cruges, na esperança de ver Madame Castro Gomes. Contudo, o seu amigo não se encontra em casa. Carlos recebe um bilhete de Madame Castro Gomes pedindo-lhe que, na manhã seguinte, se dirija a sua casa para tratar um familiar doente.
XI	Carlos dirige-se à casa de Madame Castro Gomes (identificada por Domingos como Maria Eduarda), conversa com esta e trata a sua governanta, Miss Sara. No Ramalhete, Carlos recebe um bilhete da Gouvarinho e decide não a acompanhar a Santarém. Na estação, Carlos encontra-se com Dâmaso, que parte para Penafiel devido ao falecimento do seu tio. O marido da condessa de Gouvarinho acompanha a sua esposa na viagem. O pai da condessa de Gouvarinho adoece e esta permanece no Porto, a cuidar dele. Carlos visita diariamente a governanta inglesa, em casa de Maria Eduarda, acabando por tornar-se íntimo desta. Ao regressar de Penafiel, Dâmaso encontra-se com Carlos em casa de Maria Eduarda. À noite, Dâmaso dirige-se ao Ramalhete e questiona Carlos sobre a forma como conheceu Maria Eduarda.
XII	Ega retorna a Lisboa, pedindo abrigo no Ramalhete e referindo que se encontrara com a condessa de Gouvarinho, que também voltava à capital. Ega e Carlos jantam com os Gouvarinhos. A condessa de Gouvarinho reconcilia-se com Carlos e combinam um encontro para o dia seguinte. Após o encontro com a condessa, Carlos dirige-se à casa de Maria Eduarda e declara-lhe o seu amor. Esta corresponde-lhe e beijam-se. Carlos compra as coleções de bricabraque a Craft e arrenda-lhe a Quinta dos Olivais para aí instalar Maria Eduarda, durante o verão. Afonso aprova a compra das coleções. Carlos confidencia a Ega a sua paixão por Maria Eduarda.
XIII	Carlos recebe uma carta da condessa de Gouvarinho, reclamando das suas ausências. Ega confidencia a Carlos que Dâmaso difama o seu nome e o de Maria Eduarda, constantemente.  Carlos dirige-se à Quinta dos Olivais para verificar se todos os preparativos para a visita de Maria Eduarda, no dia seguinte, foram feitos. Em Lisboa, na Travessa da Parreirinha, Carlos encontra-se com Alencar e Ega, que acabam por se cruzar com Gouvarinho, Cohen e Dâmaso; Carlos ameaça Dâmaso. O Sr. Teles da Gama dirige-se ao Ramalhete, solicitando explicações da parte de Dâmaso sobre o objetivo da ameaça de Carlos. Carlos encontra-se com Maria Eduarda na Quinta dos Olivais; juntos, batizam-na com o nome de “Toca”. O jantar de aniversário de Afonso decorre no dia seguinte, com a presença de todos os amigos íntimos. Durante a celebração, um criado avisa Carlos de que uma senhora lhe deseja falar. Trata-se da condessa de Gouvarinho, que lhe pede explicações sobre o seu comportamento. Carlos termina com esta relação.
XIV	Afonso da Maia parte para Santa Olávia. Maria Eduarda instala-se, no dia em que isso acontece, na quinta dos Olivais. No dia seguinte, Ega vai para Sintra para uma curta jornada. Taveira conta a Carlos que Dâmaso continua a difamá-lo. Carlos encontra Alencar, que está acompanhado por Guimarães, tio de Dâmaso. Contudo, este não é apresentado ao Maia. Carlos e Maria decidem partir para Itália em finais de outubro, uma vez que Castro Gomes informara, na sua última carta, que voltaria em novembro a Lisboa. Carlos e Maria Eduarda vivem momentos idílicos na quinta dos Olivais. Craft volta de Santa Olávia e Carlos visita-o no Hotel Central para conhecer as novidades. Eusebiozinho informa que Palma tem um jornal: A Corneta do Diabo. À saída do Hotel Central, Carlos encontra Melanie. Maria Eduarda janta no Ramalhete e conhece Ega. Carlos parte para Santa Olávia. Afonso decide ficar em Santa Olávia até ao fim do outono. Carlos regressa a Lisboa e planeia a partida com Maria Eduarda. Castro Gomes apresenta-se no Ramalhete e revela a Carlos que Maria Eduarda não é sua esposa. Carlos pretende terminar a relação e dirige-se à quinta dos Olivais com esse objetivo. No entanto, Maria Eduarda conta-lhe a sua história, Carlos perdoa-a e pede-a em casamento.
XV	Maria Eduarda conta a Carlos como foi a sua infância e adolescência. Carlos pensa casar-se com Maria mas, temendo magoar Afonso, a conselho de Ega, decide adiar o casamento até à morte deste. Carlos, Maria Eduarda e Ega jantam na “Toca”. Outros amigos de Carlos, como Cruges e o Marquês, começam a frequentar esta casa. A Corneta do Diabo publica um texto onde expõe a relação de Carlos e Maria Eduarda. Ega conta a Carlos que Palma Cavalão foi pago, provavelmente por Dâmaso, para escrever esse artigo. Palma Cavalão confirma, depois de receber um suborno, que o artigo fora encomendado por Dâmaso e que Eusebiozinho também interviera. Ega e Cruges dirigem-se a casa de Dâmaso e desafiam-no para um duelo com Carlos. Apresentam-lhe como única alternativa a redação de uma carta retratária. Dâmaso acede a assinar um documento redigido por Ega. Afonso regressa a Lisboa e Carlos volta ao Ramalhete. Maria Eduarda volta à Rua de S. Francisco. Ega vê Dâmaso com Raquel Cohen numa festa de beneficência e, ressentido, manda publicar no jornal A Tarde a carta de Dâmaso.
XVI	Ega, Carlos e Maria Eduarda jantam na casa da Rua de S. Francisco. À porta do Teatro da Trindade, veem Guimarães, tio de Dâmaso. No Teatro da Trindade, assistem a um sarau onde atuam Rufino, Alencar e Cruges. Alencar apresenta Ega a Guimarães e falam sobre a carta de Dâmaso. Carlos ameaça Eusebiozinho. Guimarães revela a Ega que possui um cofre que pertenceu à mãe de Carlos e solicita-lhe que o entregue a este ou à sua irmã, Maria Eduarda, revelando assim o parentesco que os une. No Hotel Paris, Guimarães entrega o cofre a Ega.
XVII	Ega não consegue contar a verdade a Carlos e encarrega Vilaça de o fazer. Carlos revela ao seu avô a existência de Maria Eduarda. Após o jantar com amigos, Carlos dirige-se à Rua de S. Francisco para revelar a Maria Eduarda a relação de parentesco que os une. Contudo não o consegue fazer e continua a cometer incesto conscientemente. Afonso morre. Carlos incumbe Ega de contar a verdade a Maria Eduarda e informa-o de que pretende partir para Santa Olávia e viajar depois, pedindo-lhe que o acompanhe. Carlos viaja e Ega revela a Maria Eduarda as suas origens. Esta parte para Paris.

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