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Meio ambiente

Por:   •  11/9/2015  •  Artigo  •  483 Palavras (2 Páginas)  •  252 Visualizações

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 MEIO AMBIENTE

Empresa do Estado obtém patente para reaproveitamento de resíduo de gesso

Uma empresa de reciclagem de gesso situada em Ribeirão Preto acaba de obter o registro de patente do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) para executar o reaproveitamento dos resíduos sólidos deste material na construção civil. A JP Reciclagem de Gesso, de propriedade do empresário Joel Panhoce , é responsável por receber o resíduo de gesso e fabricar blocos de baixo custo utilizados na construção de casas 100% sustentáveis.

“Temos mais de 20 anos de trabalho e pesquisas para executar o reaproveitamento do resíduo de gesso. A nossa alegria foi imensa quando recebemos o comunicado de que a patente tinha sido deferida pelo INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) para nós”, disse Panhoce.

O empresário destacou que diversos países europeus, da Ásia e de outros continentes estavam há mais de 30 anos pesquisando uma saída para retirar os resíduos de gesso de circulações indevidas. “Até então, o gesso era tido como poluente e contaminador. Aqui no Brasil mesmo, mais de 100 faculdades estão envolvidas em pesquisas para encontrar uma saída. Os resíduos começaram a perturbar os pesquisadores por não saberem o que fazer”, explicou o empresário.

Segundo ele, por um período, o gesso era encaminhado para os aterros sanitários e descobriram que o material contaminava os lençóis freáticos. “Construíram piscinões, mas não funcionou. Mudaram as leis de resíduos sólidos e estipularam prazos para que as prefeituras se adequassem, porém o problema continuou”, disse.

O objetivo da empresa agora é compartilhar o conhecimento para que as prefeituras tenham condições de montar usinas para reciclar o resíduo de gesso. “O grande benefício desta patente é ambiental. Por meio do reaproveitamento dos resíduos de gesso, estamos retirando grande quantidade de poluentes no meio ambiente. O benefício da construção de casas com custos reduzidos ao menos favorecidos é extremamente positivo, mas chega a ser secundário perto da quantidade de material poluente que deixa de ser jogado na natureza”, defendeu Panhoce.

Segundo o empresário, a construção das casas com os blocos feitos a partir do resíduo do gesso custam cerca de 30% menos e contam com qualidade superior a de blocos cerâmicos.

O empresário afirma que a patente obtida pela JP Reciclagem de Gesso é válida em 146 países. “A nossa patente agora faz parte de um tratado internacional. Esta pesquisa foi realizada com recursos próprios , pois ninguém ousou nos dar crédito. Procurei apoio, mas todos desacreditaram que seria possível, mas ao fim posso dizer que valeu a pena”, comemorou.

CÁLCULO

Para entender a dimensão do impacto ambiental causado pelo resíduo de gesso, Panhoce sugere um breve cálculo. “Em uma cidade com 500 mil habitantes são jogados nos lixões 15 toneladas de resíduo de gesso por dia. Isso é equivalente a duas casas de 45 metros quadrados. O Estado de São Paulo, com aproximadamente 45 milhões de habitantes, esta tendo dificuldade em aproveitar 180 casas por dia ou 54 mil casas por ano”, defendeu.

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